Jorge Paunovic: ‘Somos todos iguais?’
Em princípio sim; de acordo com a constituição federal, somos todos iguais perante a lei, vale dizer que a lei deve tratar todos os seres humanos igualitariamente. Entretanto há muita diferença entre nós.
A lei maior refere que todos devemos ter o mesmo tratamento, as mesmas oportunidades, mas no entanto nem todos têm sucesso nas suas empreitadas.
Cada um de nós nasce com um dom e através desse dom nos colocamos nas diversas atividades humanas ou profissões pelas quais temos mais facilidade para aprender e se desenvolver como ser humano.
Há um comentário que diz que se distribuíssemos a riqueza do mundo igualitariamente a todas as pessoas, no decorrer do tempo teríamos novamente uma parcela da população na miséria novamente. É uma demonstração de que não somos todos iguais e que cada um desenvolve algumas faculdades em detrimento de outras.
Alguns nascem e no decorrer da vida transformam-se em poetas, escritores e se dedicam a colocar no papel as emoções, dramas que muitas vezes acabam se transformando em peças teatrais ou filmes.
Alguns com facilidade nas ciências humanas dedicam sua vida na descoberta de novas drogas para amenizar o sofrimento humano ou curar determinadas doenças.
O dom a que me refiro é algo nato que cada pessoa carrega dentro de si e torna para ele algumas atividades de extrema facilidade como se já tivessem esse conhecimento ao nascer. Algumas pessoas tem muita facilidade com números, outras com a língua materna e outras então com a ciência. Essas facilidades é algo que a pessoa traz consigo e que a diferencia uma das outras.
Vemos muitos profissionais como os jogadores de futebol que fazem carreira e ganham ótimos salários exatamente por ter facilidade em jogar bola. Em outros esportes vemos a mesma coisa, no entanto nem todos tem o mesmo destino pela simples razão de não terem esse dom e passam pela vida.
Muitas vezes a mídia noticia certas pessoas que criaram seus negócios e estão se dando bem com a atividade chegando a ter sucesso. Vejam por exemplo, os poucos que tiveram sucesso na criação dos microprocessadores e se tornam famosos no Vale do Silício. Outros por criarem páginas como o Facebook e tantos outros.
Um grande exemplo foi Henry Ford, que além de construir um carro passou pela história como o criador da fabricação em série de veículos numa época em que os veículos eram feitos artesanalmente. O império que construiu foi grande, assim como o foi o do Conde Francisco Matarazzo, que criou no início do século passado um império chamado Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo.
Nesse aspecto não somos iguais em aptidão. Há pessoas que nascem para o comércio, quando outras para serem empregadas por simplesmente não terem o dom de empreender.
Quando há referência em igualdade de fato, todos merecemos as mesmas oportunidades, as mesmas chances, o mesmo tratamento e não deve haver diferenciação de acordo com a lei. Entretanto, cada qual segue um caminho de acordo com o seu dom e a facilidade, habilidade para determinadas atividades humanas.
O que é fácil para alguns pode ser difícil para outras é da natureza humana e por essa razão os homens podem nascer iguais, entretanto no decorrer da vida haverá uma diferenciação pelo dom que cada ser carrega dentro de si essa é a diferença.
Jorge Paunovic
É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI - Instituto Histórico,Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS - Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS - Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL - Academia Itapetiningana de Letras.
É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.