Marcelo Paiva Pereira: ‘VIDA ALÉM DA TERRA’
As sondas espaciais e o telescópio Hubble têm encaminhado aos pesquisadores da NASA e de outros institutos, americanos e europeus, informações inimagináveis sobre detalhes do cosmos e das galáxias, próximas e distantes do nosso sistema solar. As revelações obtidas pelos cientistas trouxeram à tona a antiga – mas insistente – discussão sobre a existência de vida fora de nosso planeta.
As análises realizadas no material recebido (a maior parte sob a forma de relatórios e fotografias), revelam que os compostos químicos mais elementares – C, H, O e N –, necessários às proteínas e aos aminoácidos produtores da vida no nosso planeta, também estão presentes em grande quantidade de corpos celestes, entre os quais os asteroides.
As pesquisas concluíram que esses corpos espaciais são formados em parte por gelo e em parte matéria sólida (como rocha ou ferro) ou gases. As porções de gelo seriam o lugar para se abrigar, ao menos, soluções de aminoácidos ou proteínas para gerarem alguma forma de vida (mesmo microscópica ou apenas unicelular).
Outras pesquisas, realizadas por sondas em Marte, revelam alguns dos muitos mistérios, dos quais estão os canais escavados no solo do vizinho planeta. Os cientistas que os examinaram concluíram ser leitos secos de rios de água anteriormente existentes e extintos há milhões (ou bilhões) de anos. Outras teses, entretanto, apontam para leitos secos de rios de lava, procedentes de antigos vulcanismos.
Além dessas revelações, o satélite espacial Hubble tem agitado as comunidades científicas com fotos de galáxias, supernovas, poeiras e sistemas estelares, planetas e outras espécies siderais cujas estruturas eram tidas como improváveis ou, ao menos, pouco prováveis de existir. Planetas com dois ou três sóis ou luas, ou com composição gasosa semelhante ao nosso, sistemas solares similares ao nosso e abundantes elementos químicos em nebulosas são novidades surpreendentes.
Sem óbice das várias teorias, desenvolvidas sob o manto de revelações do cosmos, nenhum dos seus autores nega a hipótese de haver vida fora da Terra. Com maior ou menor grau de profundidade, todos a admitem, porque não há mais como negar a existência dos compostos químicos elementares à sua formação: carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio estão presentes em mais espécies de corpos e sistemas espaciais do que antes se imaginava. A questão em voga, todavia, é identificar qual a mais provável: molecular, unicelular ou pluricelular (micro ou macroscópica).
Ao identificarem alguma forma de vida no cosmos, com a certeza de que tal espécie não resulte de nenhuma contaminação pelas sondas terráqueas, à tão insistente dúvida a ciência terá a resposta: não mais estaremos sós no universo. Tendo Deus criado os céus e a terra (Gên, 1, 1), está Ele em todo lugar; como há vida onde Deus estiver, haverá vida em todos os céus (o universo). Nada a mais.
Marcelo Augusto Paiva Pereira.
(o autor é advogado)
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.