novembro 22, 2024
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Jorge Facury: 'A força da oração e a força de quem a tem'

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Jorge Facury:

‘A força da oração e a força de quem a tem’

 

Na interiorana Itaporanga viveu um personagem que fez história e se eu morasse lá teria buscado resgatar sua história de vida através de testemunhos. Chamava-se Joaquim Vaz, era um homem muito simples, filho de agricultores e que andava a cavalo.

Vaz nasceu com o dom da oração que traz efeito imediato. Se havia uma criança com vermes, a família chamava e ele vinha orar. No mesmo momento da oração a criança botava os vermes para fora.

Um velho amigo, o professor e doutor Célio Fagundes é testemunha disso, pois foi curado por força de oração do velho Joaquim.

Qualquer coisa, ele simplesmente resolvia assim, picada de cobra, moléstias várias… e nunca cobrou nada de ninguém, no máximo aceitava um prato de comida, sentava-se à mesa dos que o chamavam, depois montava no cavalo e seguia embora pelas estradas poeirentas dos sítios.

Curava animais também, quer dizer, ele mesmo dizia que não curava ninguém, que apenas pedia a Graça. Quando havia doença em rebanhos ele se sentava num banquinho e ficava tempo orando, e os animais saravam. Célio conta e há muitos outros testemunhos disso: que quando uma vaca tinha muitos bernes, estes caíam todos no chão durante a oração, ficava aquele monte de bichos acumulados; dava nojo.

Quando raramente havia alguém descrente, que supunha ser a cura uma indução psicológica do doente pela presença de Joaquim, efeito placebo etc., o caso dos bichos desfazia as dúvidas, afinal, quem poderá psicologicamente induzir uma vaca? Depois de uma vida de absoluta caridade, um dia Joaquim sentou na poltrona de sua sala, cochilou e não acordou mais…

Itaporanga perdeu uma querida alma. Isso foi pelos anos 60, 70…

Pra terminar: os filhos do valoroso Joaquim lhe davam sérios aborrecimentos: bebiam, brigavam em bares, faziam arruaça. Certo dia ele passava em seu cavalo e alguém lhe disse: – Seu Joaquim, seus filhos brigaram no meio da rua ontem!

Resposta dele, que encerrou o assunto: “Quem briga na rua é cachorro!”.

Sergio Diniz da Costa
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