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Pedro Novaes: 'Refugiados'

colunista do ROL

Pedro Israel Novaes de Almeida – ‘REFUGIADOS’

 

 

Milhões de refugiados constituem a tragédia do século.

Fogem de perseguições políticas, fome, violência ou desastres naturais, dentre tantas outras causas. São homens, mulheres, crianças ou idosos, que buscam algum porto seguro, na esperança de serem acolhidos em terras distantes.

Partem em condições precárias, não raro clandestinas e perigosas, e muitos morrem sem chegar ao almejado destino. Deixam trabalho, estudos, convivência, casa e parte da família, rumo ao incerto.

Levam muitas saudades e indignação, como pássaros que perderam o ninho, e chegam quase sempre clandestinos, na esperança de serem recebidos como seres humanos em busca de teto e dignidade.

A maioria foge das ditaduras, sedenta por liberdade e algum conforto. Cuba, Venezuela, Congo e Síria são apenas alguns dos pontos de partida.

Governos e populações dos países onde aportam não costumam festejar – lhes a chegada, não sendo raras as negativas de asilo e regularização da nova vida. Existe a noção, real, de que os refugiados tornam precários os  empregos, e congestionam as estruturas de segurança, saúde, educação e moradia, sempre adaptadas à população nativa.

No Brasil, a questão é tratada, inicialmente, como problema municipal, até que governos estaduais e federal entendam e assumam a responsabilidade solidária por eventual solução.

Os preconceitos são os mais diversos, de religiosos a políticos, sendo, muitos, tratados como potenciais terroristas ou simples criminosos famélicos. O choque entre culturas tão distantes enseja reafirmações e conflitos.

O acolhimento de refugiados não pode ficar confinado a um ou outro país, sob pena de desestruturação e conflitos. O esforço humanitário do acolhimento deve ser rateado entre grande número de nações.

Refugiados são profissionais de todos os ramos, e muitos sequer conseguem carregar diplomas e documentos, na desesperada fuga. Muitos países conseguem o aproveitamento das capacidades, suprindo déficits  internos.

Aos governos compete exercer o mister humanitário, sem descurar de prevenir e acautelar potenciais desestruturações sociais, que podem diminuir o bem estar e comprometer a paz entre pessoas.

O esforço em prol dos refugiados deve ser estendido a todas as nações, seja buscando resolver, a nível internacional, as questões que geraram tamanha migração, seja instituindo fundos para acudir os países que acolhem.

pedroinovaes@uol.com.br

O autor é engenheiro agrônomo e advogado, aposentado.

Helio Rubens
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