Após o sucesso no Brasil, a exposição “David Bowie is”, que ficou em cartaz no MIS (Museu da Imagem e do Som), também chega a Paris.
São mais de 300 objetos, como figurinos, instrumentos, desenhos e fotografias referentes ao artista, apresentados numa cenografia inspirada pelas quase cinco décadas da carreira do artista inglês.
Para quem não conseguiu ver a exposição no Brasil, a editora Nossa Cultura apresenta um livro sobre o rico legado deste ícone: David Bowie e os anos 70 – O homem que vendeu o mundo.
A biografia escrita por Peter Doggett (autor de A batalha pela alma dos Beatles) faz um exame detalhado do extraordinário processo criativo de Bowie. Na obra, Peter traz uma análise – música a música, disco a disco – musical, lírica, biográfico e cultural, ao lado de pequenos ensaios sobre os temas que influenciaram o trabalho do cantor britânico.
David Bowie e os anos 70
O maior livro já escrito sobre o artista que mudou uma geração
“As pessoas olham para mim a fim de
constatar o espírito dos anos 70, aos menos
50% delas procedem assim – os críticos eu
não entendo. São demasiado intelectuais.”
David Bowie, 1973
David Bowie e os anos 70 – O homem que vendeu o mundo explora o rico legado da década mais produtiva e inspirada de Bowie. O livro é um relato intenso sobre como a música dele refletia e influenciava o mundo que o cercava. Mais do que isto: como o mundo que o cercava influenciava no seu processo de criação como artista. Foi durante a década de 1970 que David Bowie se tornou a lenda que é hoje, após uma série de discos incríveis, acompanhados de grandes revoluções no modo de se vestir e de incorporar diferentes personagens nos palcos – e fora deles – o que o levou a ser conhecido como o ‘camaleão do rock’.
“Entre 1974 e 1980, Bowie afastou-se
do mundo que o cercava e criou uma
microcultura toda sua, uma paisagem atordoante
na qual nada se mantinha fixo e tudo o que havia
de familiar mudava de forma diante
dos olhos do observador.”
A biografia tem a autoria de Peter Doggett (autor de A batalha pela alma dos Beatles) que faz um exame detalhado do extraordinário processo criativo de Bowie. Na obra, Peter traz uma análise – música a música, disco a disco –musical, lírica, biográfico e cultural, ao lado de pequenos ensaios sobre os temas que influenciaram o trabalho do cantor britânico.
“Bowie era masculino e feminino,
rei e rainha, alienígena e humano, transcendental e
sublime; era capaz de inspirar e se entregar ao
público, em última instância era capaz de ser o
público, de tornar-se a encarnação dos seus
sonhos, desejos e medos.”
O livro começa com o primeiro grande sucesso do cantor, Space Oddity (1969) e termina em 1980, com o lançamento de Scary Monsters. Peter Doggett fez questão de apresentar cada momento de Bowie em detalhes, explicando como as roupas e atitudes dele, tiveram um impacto na música e no comportamento da época. O livro também fala da relação do artista com outras personalidades da época, como Andy Warhol, Iggy Pop e Lou Reed. Diferente de outros livros já escritos, Peter Doggett se concentrou em falar de David Bowie como um artista produtivo, polêmico e com grande tino para se autopromover, e não como uma celebridade e seus escândalos. O livro ainda destaca a criação do personagem alienígena Ziggy Stardust, o mito máximo de astro de rock e que rendeu ao Bowie notoriedade.
“O rock’n’roll tem sido um tédio, a não ser pelo trabalho do David.”
Lou Reed
Por ser organizada cronologicamente em músicas, essa biografia ajuda o leitor a ter uma ideia da mutação do cantor, desde sua figura andrógena do início da década, que abusava de psicodelia e maquiagem para compor seus personagens, até o sujeito de cara lavada mais depressivo, e que queria ser apenas o ‘verdadeiro David Bowie’ do início dos anos 80. Além da música, o escritor Peter Doggett ainda dá pinceladas da participação de Bowie em filmes daquela época.
David Bowie e os anos 70 – O homem que vendeu o mundo chega ao publico brasileiro pela editora Nossa Cultura.
Ficha Técnica
Editora Nossa Cultura
ISBN: 978-85-8066-139-2
Preço: R$ 59,90
Sobre o autor: Peter Doggett escreve sobre música pop, indústria do entretenimento e história social e cultural, desde 1980. Jornalista e colaborador dos periódicos ingleses Mojo, Q e GQ. Mais recentemente, publicou uma enciclopédia história da contracultura e seus protagonistas na década de 1960: There’s a Riot Goig On.
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.