Élcio Mário Pinto: ‘OUVIR PARA DECIDIR’
Em palestras e cursos pelas escolas de nossa região, já ouvi: “É verdade que não existe receita para os problemas? E as ideias novas, as sugestões, as vontades e os interesses em defesa da escola?”
Creio que esta máxima faça algum sentido: tratando-se de relações humanas, as receitas nem sempre são aplicáveis.
O que é que isto quer dizer?
Quer dizer que, para a convivência e sua multiplicidade de conflitos, os modelos de relacionamentos e de ações dos gestores – administração e convivência – da direção aos docentes, podem encontrar-se com obstáculos, muitos obstáculos, apesar de toda boa vontade. Não porque na prática a teoria é diferente. Ambas precisam de ambas, isto é, as ideias das ações e as ações das ideias. Separá-las não é boa indicação para enfrentar os conflitos.
Já que as vontades e as decisões têm interesse na defesa da melhor convivência para toda a escola, então, eis algumas dicas que. longe de serem receitas, podem ajudar:
– ouvir e anotar as ideias dos alunos, de todas as idades, para todos os problemas da convivência que os envolve;
– ouvir os funcionários sobre a melhor forma de realizar o trabalho, começando pelos detalhes do que fazem, sem cobrança, mas com espaço para que falem sem receio de represálias;
– ouvir os professores, ainda que ideias já experimentadas não tenham rendido bons resultados. Valorizá-los dentro da formação acadêmica trilhada e das experiências acumuladas, mesmo que em outros tempos e lugares, é boa condução de relações para os gestores, responsáveis últimos por toda a escola;
– ouvir as famílias, afinal, são a parceria social, imprescindível, para os trabalhos escolares.
Depois de tanta disposição para ouvir, com a decisão firme de retornar em resultados quantificados as informações e sugestões recebidas, é certo que boas novidades surgirão, sejam aquelas concluindo pelo não fazer tal ou tal coisa, sejam aquelas orientando uma ação imediata: É POR AQUI!
Posso dizer confiante: foi o que fiz como Diretor de Escola.
ÉLCIO MÁRIO PINTO
24/07/2017
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente o título de Conde; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Doutor Honoris Causa em Literatura, Ciências Sociais e Comunicação Social. Prêmio Cidadão de Ouro 2024