Se as possibilidades históricas multiplicaram-se oferecendo atrativos melhores e maiores por custo menor, praças e espaços públicos poderiam oferecer ambientes saudáveis para as pessoas que querem olhar para a Natureza, deixando, por pouco tempo que seja, a tela acesa da tecnologia viciante
Ontem, 21 de outubro de 2017, o Jornal ROL publicou – “Osvaldo de Souza Filho: uma viagem ao passado de Itapetininga em 05 fotos”. Chamou-me a atenção a terceira imagem com o destaque: “492 – Cine São Pedro – R. Dr. Campos Sales Fundação – 1928”.
Junto dos cumprimentos ao Osvaldo por nos oferecer essas e outras preciosidades da “Atenas do Sul” – a terra das escolas, cabe uma reflexão: em 1895, na França, com os irmãos Louis e Auguste Lumière, o CINEMA começava. Já, em 1910, funcionava o Cine Votorantim (foto ao lado), na cidade com o mesmo nome, até 1946 fechando em 1973, como destacou o programa “Nossa História Nossa Gente”, em 2016, com o jornalista César Silva.
Lembro-me, que em minha infância e minha adolescência, Angatuba contava com o Cine Vera Cruz, do conhecido Miguel do cinema.
Pois bem, para encurtar os exemplos, vamos à atualidade: qual é a cidade pequena que conta com cinema? Seria problema com, valores, ingressos, maquinário, pessoal qualificado, autorizações, impostos e licenças? Enfim, o que é que acontecia para que as cidades do passado tivessem cinema e hoje não mais? Serão os concorrentes pela TV aberta, TV a cabo, celular e outras opções?
Do cinema, poderíamos perguntar à gestão pública das pequenas cidades: e a biblioteca pública, como está? E o espaço para teatro, banda, desfile, saraus literários e outros? A cidade conta com academia literária? E os espaços turísticos: são atraentes, limpos e cuidados?
Se as possibilidades históricas multiplicaram-se oferecendo atrativos melhores e maiores por custo menor, praças e espaços públicos poderiam oferecer ambientes saudáveis para as pessoas que querem olhar para a Natureza deixando, por pouco tempo que seja, a tela acesa da tecnologia viciante. Pois é! Quem é que se sente viciado em apreciar a Natureza? Quem consegue não ficar viciado frente à tela do celular ou do computador?
Seja cinema, literatura, performances ou simples espaço para um passeio, cabe-nos cuidar do ambiente público. E, ao mesmo tempo, cobrar da Administração Municipal e fazer por mantê-los assim, a começar, pelo lixo não espalhado pelas calçadas, praças e lugares coletivos. O espaço que é de todos não pode ser só meu ou só seu e por isso, você, eu e os outros temos que cuidar do que nos é comum.
Para você que está lendo: qual é o espaço público mais próximo pelo qual sente orgulho e faz questão de divulgá-lo? Se pensou em algum e, infelizmente, as condições não são apresentáveis, procure pelo endereço da gestão responsável e faça contato. Se o ambiente está pronto, faça contato com sua administração e apresente uma ideia para valorizá-lo. Junto de sua reclamação, ofereça sempre, sua colaboração, demonstrando uma postura de quem não é “reclamão”, mas cidadão.
Aproveito para dizer que no próximo dia 11/11/2017, sábado, às 10h00, com o apoio cultural do Jornal ROL, lançarei o livro “Votorantim: cascata branca em cachos de água doce”, na Cachoeira da Chave. O mesmo local onde D. Pedro II esteve por 4 vezes. A última aconteceu em 11/11/1886, portanto, 131 anos atrás. Que os leitores, especialmente, os votorantinenses, voltem-se para aquele belíssimo espaço que deve ser cuidado. E como disse, se não estiver em boas condições, vamos ajudar, começando com uma visita à Cachoeira da Chave e, depois, contato com a administração municipal.
VAMOS CUIDAR DO QUE É DE TODOS? EU AJUDO!
ÉLCIO MÁRIO PINTO
22/10/2017
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente o título de Conde; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Doutor Honoris Causa em Literatura, Ciências Sociais e Comunicação Social. Prêmio Cidadão de Ouro 2024