“Preciso de (mais) tempo livre. Para mim. Para nós. Para viver. Que urgências me impedem de sentar à mesa e apreciar o meu vinho favorito e ouvir suas histórias tão pitorescas e singelas?“
Preciso de (mais) tempo livre. Para mim. Para nós. Para viver. Que urgências me impedem de sentar à mesa e apreciar o meu vinho favorito e ouvir suas histórias tão pitorescas e singelas? Resposta: minhas escolhas. Reconheço que não tenho domínio do tempo e tampouco estou no centro do universo (que quer conspirar a meu favor, eu sei).
Percebo minhas limitações de espaço e de ideias. Finjo que estou no controle porque não suporto imaginar-me dependente, transferindo o que me cabe a outrem. Confuso, eu sei, mas preciso pensar sobre a finitude. Minha lista 100 não para de gerar filhotes. A cada quicada (missão cumprida) aparecem outros compromissos novos. A lista não diminui, acho que sofre da síndrome de Hydra, mas insisto em atualizá-la como forma de me convencer que sou organizada.
“Ando devagar porque já tive pressa” é apenas uma canção, uma utopia, mas a adotei como mantra e fico cantarolando e me acalmando ao longo das esperas em filas, diante dos sistemas inoperantes, da tecnologia travada e de outros aborrecimentos cotidianos e então… “me acalma a alma”…
Preciso de vida livre e penso no Ser que sou e que não aceita controle externo, que acredita que “o Espírito é vento incessante que nada há de prender, ele sopra até no absurdo que a gente não quer ver”, mas que precisa de mais ociosidade, do “dolce far niente”, criativo, simbólico. Relaxante.
Então, escrevo. Dialogo com minhas crenças e dúvidas. Enfrento a contradição da contestação e da réplica (meros argumentos). Respiro.
O sopro de vida inflou meus pulmões de ar etéreo e eterno. Agora, recomposta, íntegra e inteira, fecho os olhos e me entrego aos braços de Morfeu… “Deus criou o Infinito prá a vida ser sempre mais…” é muito mais que o verso da canção: é a essência da plenitude! Sem pressa!! Eu mereço. Você merece. Merecemos todos!
Amém!
Adriana da Rocha Leite – lexmediare@gmail.com.br
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola – NALA, e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre vários titulos: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos, Pesquisador em Artes e Literatura; Pela Academia de Letras de São Pedro da Aldeia, o Título Imortal Monumento Cultural e Título Honra Acadêmica, pela categoria Cultura Nacional e Belas Artes; Prêmio Cidadão de Ouro 2024, concedido por Laude Kämpos. Pelo Movimento Cultivista Brasileiro, o Prêmio Incentivador da Arte e da Cultura,


