Os limites e potenciais da educação EAD
A EAD-Educação a Distancia e suas possibilidades são colossais como nosso país, o qual tem um território grandioso, com dificuldades para garimpar todos os suas riquezas e mazelas sociais-financeiras-educacionais, onde a criatividade e trabalho árduo são suas marcas e tendo apenas 517 anos, nos faz refletir sobre essa modalidade EAD que também é “jovem” e está inserida neste contexto, necessitando de ação-reflexão-ação para o desenvolvimento de políticas públicas educacionais que abracem a totalidade e contribua para a construção de um ensino de qualidade no Brasil.
Segundo o Censo EAD-2015, produzido pela Associação Brasileira de Educação a Distância que ouviu 368 instituições formadoras privadas com ou sem fins lucrativos e instituições públicas federias, registra se um aumento considerável de instituições e alunos, principalmente no sudoeste com 42% , em destaque São Paulo (22%). Sobre o perfil de alunos são 53% mulheres, 49,78% homens entre 31 a 40 anos e 70% dos alunos entrevistados estudam e trabalham. São 148.222 alunos matriculados em licenciaturas propriamente ditas, 134.262 em habilitações mistas (licenciatura e bacharel) e 410.470 em licenciaturas semipresenciais. Com 26.380 tutores e 18.769 professores (no período da pesquisa), tendo faixa salarial para ambos R$ 31, 00 a R$ 45,00 (hora-aula). O Senso contabilizou 5.048.912 alunos.
Como vemos o ensino a distância possibilitou a entrada de milhares de brasileiros no ensino técnico e superior, trazendo uma nova forma de aprender e interagir on-line. E apesar das fortes críticas o futuro do ensino poderá ser cada vez mais á distância.
Enfim, não é fácil para muitos entender que o aluno é sujeito de seu próprio processo de ensino-aprendizagem, e que este é focado no aluno, sendo este tipo de ensino mais democrático, todavia não podemos ignorar que o nosso país segue em escala avançada no movimento mundial em tirar da sala de aula tradicional o centro de todo o processo de ensino e aprendizagem, e explorando todos os avanços e limites do meio digital e seus inovadores recursos, sendo ainda os desafios das instituições: a inovação tecnologia e administrativa, infraestrutura tecnologia e de apoio, a organização e valorização empregatícia, avaliações e dados precisos e atuais para continuar avançando e sonhando com uma educação de qualidade e acessível a todos.
Fonte: http://www.abed.org.br/site/pt/midiateca/censo_ead/
Alexandre Mendes, pós graduando em Gestão da Educação Pública pela Universidade Federal de São Paulo.
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.