O que tem acontecido amiúde na história da humanidade é que para se combater um sistema que não está dando certo o que se faz é substituí-lo por outro diametralmente oposto. Ocorre nessa prática o desprezo de possíveis virtudes do sistema criticado. Dito isso podemos nos adentrar ao tema do presente artigo: as relações igreja/estado, religião/sociedade civil. No antigo regime monárquico absolutista francês existiu, por exemplo, a união igreja/estado ou, como a chamamos hoje, de denominacionalismo. Para substituir o antigo regime surgiu então o arreligiosismo estatal, secularismo ou laicismo. Percebe-se hoje então que as duas formas não funcionam: nem o denominacionalismo nem o civilismo. Ambas tendem à intolerância. O que percebemos em nossas reflexões é que chegou a hora então de implementarmos o transdenominacionalismo ou equiparação de todas as igrejas; para que isso ocorra, para que se supere o secularismo da revolução francesa, precisamos então alterar o artigo 19/I da Constituição Federal e permitir ao Estado gastar com atividades catequética das igrejas regularmente em funcionamento no país. Uma das consequências de tal nova legislação seria o aparecimento da necessidade das secretarias de assuntos religiosos nos três níveis da administração, onde, além de outras prerrogativas, poder-se-ia credenciar capelães acólitos.
José Coutinho de Oliveira
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.