“Discussões e opiniões à parte, o certo é que história de vida para contar, qualquer pessoa pode ter. Na verdade, todo mudo tem muito o que dizer do que viveu!”
Em minhas andanças e trabalhos literários, já ouvi dizer que a Bíblia cristã é a autobiografia de Deus. Se esta afirmação for aceita, então, quer dizer que o próprio Criador escreveu a seu respeito.
Discussões e opiniões à parte, o certo é que história de vida para contar, qualquer pessoa pode ter. Na verdade, todo mudo tem muito o que dizer do que viveu!
Lembro-me das crianças da família Rocha Leite, de Itapetininga, quando lancei o livro “A Fonte”, em Iguape, no ano de 2014, me dizendo:
– Agora, escreva sobre as crianças, tá?
Elas também diziam que tinham muito a contar para as pessoas.
Aí, passei por Blumenau e lá ouvi Célio dizer do pipoqueiro que trabalhava em frente à faculdade. O homem, conforme relatava meu amigo, era um poço de conhecimentos, de vivências e de sentimentos.
Pensando nessas histórias todas, eu também escrevi minha própria história. Fiz a autobiografia destacando os anos de vida como seminarista na então, Diocese de Sorocaba, hoje, Arquidiocese. E foi com esse material, em 850 páginas, que me apresentei à LINC – Lei de Incentivo à Cultura – da Secretaria Municipal de Cultura, Prefeitura de Sorocaba, para o ano de 2017.
Mais uma vez, à parte os conflitos envolvendo até uma decisão judicial que acabou alterando as datas previstas no edital, o processo todo retomou seu caminho, para nossa alegria. Mas, alegria que durou pouco!
Quando recebi a avaliação da equipe de peritos, o choque não podia ser maior e pior: a autobiografia foi reprovada! As pessoas especialistas alegaram muitas coisas, inclusive, que um trabalho assim, para ser publicado como livro, só poderia acontecer se a pessoa fosse famosa, o que não era o meu caso. Interessante destacar que de todas as pessoas entrevistadas para o conjunto do conteúdo que eu apresentava, somente o Prof. Aldo Vannucchi recebeu elogios das pessoas especialistas.
Como previa o edital, recorri e a decisão da comissão manteve a avaliação das especialistas em julgar. Nada mais me restava, a não ser socorrer-me com o Judiciário. Se o fizesse e ganhasse, mais uma vez, todo o processo da LINC seria travado com o agravante de que as verbas já estavam distribuídas. E eu, por não querer inimizade com ninguém, recuei.
Do que foi escrito pelas especialistas, uma coisa me atingiu: quer dizer então, que um pipoqueiro não pode escrever a autobiografia só porque não é pessoa de fama e renome?
Mas, eis que o ROL lança: “Os Melhores do Ano”. Um projeto de votação aberta para que as pessoas escolham os melhores em cada cidade. Em quais categorias? Em todas, é claro!
Quer dizer que gente sem fama e sem renome pode participar? Mas é claro! E pode ser escolhida!
Estou feliz com o ROL e mais ainda com a autobiografia, que lançarei, como livro, em 01/09/2018, dia do meu aniversário, em Angatuba-SP, minha terra natal: “POR QUE NÃO FUI PADRE!”
ÉLCIO MÁRIO PINTO
19-05-2018
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente o título de Conde; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Doutor Honoris Causa em Literatura, Ciências Sociais e Comunicação Social. Prêmio Cidadão de Ouro 2024