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Artigo de Celso Lungaretti: 'O PT NA ENCRUZILHADA: SE TOMAR O CAMINHO DA ESQUERDA, SOBREVIVERÁ PARA CONTINUAR LUTANDO; SE FOR PELA DIREITA, MORRERÁ ABRAÇADO COM DILMA'

LULISTAS DISPARAM CHUMBO GROSSO CONTRA A
POLÍTICA ECONÔMICA DE DILMA. EU OS APOIO.

Celso Lungaretti, no blogue Náufrago da Utopia

Como não me alinho automaticamente com personagem nenhum da política oficial, já fiz sérias restrições ao Lula. Fui, p. ex., um dos poucos a protestar na imprensa contra a expulsão de Paulo de Tarso Venceslau por haver denunciado o primeiro esquema profissional de desvio de recursos públicos para os cofres do partido.

Mas, é inescapável a constatação de que o ex-sindicalista e seu grupo hoje estão certíssimos em abrirem fogo contra a política econômica de Dilma e o ministro neoliberal que já não merece sequer ser chamado apenas de estranho no ninho; está mais para excrescência no ninho.

O governo Dilma tem os dias contados, será levado de roldão pelo tsunami econômico, mas o PT não precisa morrer abraçado com ele. Já passou da hora de dar uma guinada de 180º à esquerda, preservando-se para lutas futuras, enquanto o Titanic dilmista continuará, pela direita, a navegar inexoravelmente em direção ao iceberg.

 

 

 

 

É a atitude que se impõe após Dilma, no recente bate-boca com Rui Falcão, ter repetido pela enésima vez que não recuará de sua conversão ao neoliberalismo; hoje, o padrinho que faz sua cabeça é o Luís Carlos Trabuco, do Bradesco, e não mais aquele cujo beijo a transformou de rã em rainha. Então, como disse o Cristo, “deixai os mortos sepultarem seus mortos”.

De resto, que ninguém ouse criticar o meu posicionamento atual! Também neste caso saí na frente e foram os companheiros que convergiram para onde eu já estava.

Há mais de um ano comecei a alertar que, dos três candidatos com chances de vitória na eleição presidencial, nenhum deles ousaria confrontar o poder econômico, ainda mais quando o grande capital dava murros na mesa exigindo um arrocho fiscal. Adverti a esquerda que o PT se destruiria se aceitasse cumprir papel tão repulsivo e incompatível com seus valores e sua história.

 

 

Infelizmente, hoje  são raros, em nossas fileiras, os que ousam pensar com a própria cabeça. Seguiram os líderes então, quando a ordem era ignorar alertas como o meu, e continuam seguindo agora, quando quem não se tornou chapa branca até a medula pede, finalmente, a exoneração de Joaquim Levy.

Antes tarde do que nunca. Então, como nunca fui adepto do quanto pior, melhor, estarei sempre dando a maior força aos lulistas que, como André SingerRicardo KotschoGuilherme BoulosMarcio Pochmann e o próprio Rui Falcão, tentam salvar algo do desastre que se avizinha.

Pois precisaremos muito desses salvados do incêndio para reconstruir a esquerda a partir do day after.

 

 

RICARDO KOTSCHO: “CRESCE O ABISMO ENTRE BRASÍLIA E O RESTO DO BRASIL”. SÃO MAIS 670 MIL EM BUSCA DE TRABALHO, DIZ IBGE.

 
Por Ricardo Kotscho

Pense em dez estádios do Maracanã lotados. É esta a multidão de gente que está neste momento procurando trabalho: são 670 mil desempregados a mais do que em setembro do ano passado.

A taxa de desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas do país manteve-se estável em 7,6%, pelo terceiro mês seguido, mas cresceu 56,6% nos últimos 12 meses, com a população desocupada atingindo agora um total de 1,9 milhões, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE divulgada nesta quinta-feira.

É o pior resultado para um mês de setembro desde 2009. “Temos uma população desocupada que aumenta e uma ocupação que cai. Ou seja, temos mais pessoas procurando trabalho, pressionando o mercado, e não está tendo geração de postos de trabalho, que na comparação anual vem caindo”, avalia Adriana Araújo Beringuy, técnica da Coordenação de Trabalho e Renda do IBGE.

Esta deveria ser a maior preocupação de todos os brasileiros neste momento de crise econômica aguda, a prioridade absoluta dos líderes do governo e das oposições, mas não é.

A agenda do Brasil oficial continua sendo dominada pela luta política que chega aos tribunais, mais um pedido de impeachment, o bate-boca Dilma x Cunha, as denúncias da Lava Jato, a CPI da Petrobras, o rombo no orçamento, o ajuste fiscal encalhado no Congresso e os rachas nos principais partidos, enquanto no Brasil real a vida vai ficando cada vez mais difícil. Cresce o abismo entre Brasília e o resto do Brasil [os grifos são meus], ou seja, todos nós.

Os novos e cada vez mais preocupantes números do IBGE sobre o emprego, é importante registrar, referem-se apenas às áreas metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Porto Alegre, mas o problema vai se alastrando por todo o país.

Para se ter uma ideia do clima em Brasília, nota publicada na coluna de Ilimar Franco, em O Globo, informa que o ministro Joaquim Levy, da Fazenda, alertou o ministro Jacques Wagner, da Casa Civil, que o quadro econômico está ficando dramático. Ameaçado no cargo, Levy aponta como principal causa a paralisia e letargia do Congresso.

O pior é que não temos no horizonte próximo nenhum sinal de que esta situação possa mudar tão cedo. Estão todos preocupados apenas em salvar a própria pele. E quem vai nos devolver pelo menos a esperança de dias melhores em 2016?

Vida que segue.

ANDRÉ SINGER: AO DEFENDER MUDANÇAS NA ECONOMIA,
RUI FALCÃO RECOLOCA O PT NO CAMPO DA ESQUERDA.

PRIMEIRO PASSO

.

Por André Singer

A entrevista do presidente do PT, Rui Falcão, à Folha (18/10), significou importante movimento no sentido de reposicionar o partido em meio à mais grave crise de sua história e, também, requalificar a relação com a Presidência da República.

Ao defender mudanças na economia, o ex-deputado permite que a legenda volte a habitar o campo da esquerda, fazendo o necessário contraponto às teses em favor de mais cortes e recessão. Sem afrontar Dilma, mostrou que a agremiação tem vida própria e precisa ser ouvida.

Se não houver oposição consistente ao austericídio, a política brasileira ficará manca. A ideologia, os interesses e mesmo os argumentos que sustentam a necessidade de dar prioridade absoluta ao problema fiscal são respeitáveis, embora eu discorde.

A visão conservadora de que é preciso rever o sistema previdenciário e os direitos garantidos na Constituição para debelar o rombo das contas deve ser debatida com racionalidade. Mas não pode virar, por decreto, pensamento único. Na realidade, não só há quem raciocine diferente, como três quartos da sociedade (ao menos) ficam objetivamente excluídos desse horizonte neoliberal.

Reduzir os juros e incentivar o consumo por meio do crédito, propostos por Falcão, permitiriam ao governo começar a sair da armadilha em que se meteu, arrastando junto o país. Só a reativação da atividade econômica e a diminuição dos juros que o Tesouro precisa honrar podem interromper o processo atual antes que uma débâcle social generalizada se abata sobre a população.

A manutenção do desemprego em 7,6% pelo segundo mês seguido (agosto e setembro) talvez indique que a primeira onda recessiva, embora tenha ceifado quase 600 mil postos de trabalho até agosto, ainda não destruiu todo o colchão de melhorias da última década. Mas se Dilma for levada, na atual discussão sobre o orçamento de 2016, a continuar no “corta corta”, o pior virá.

Infelizmente, para os petistas, o reposicionamento da agremiação ainda precisa enfrentar um óbice tão ou mais complicado que desatar o nó econômico: o problema ético. As acusações que emanam da Lava Jato não podem continuar sem resposta. O PT deveria constituir uma comissão pública especial para acompanhar e esclarecer o assunto.

Se as ilações, delações e condenações são falsas, cabe demonstrá-lo perante o tribunal da opinião pública.

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