Sobre acreditar no ser humano
Vejo súplicas de misericórdia a Deus,
que Ele tenha compaixão da humanidade.
Vejo clamores diversos…
Sei também que existem inúmeros credos
nas várias nações.
Mas todas acreditam na proteção
de um ser superior.
Sim… Frágeis criaturas somos,
sedentos por amparo.
Entretanto,
tem algo muito errado…
Penso que o ser supremo
é até misericordioso demais para conosco.
O homem que se corrompeu por poder,
por ganância,
por falta de amor ao próximo,
pelo egoísmo fétido
interessado em acumular.
Se pensarmos bem,
encontraremos vários motivos
para nos entristecer
e perder a confiança no homem.
Se olharmos para toda atrocidade
que a criação foi e é capaz de fazer,
perdemos as esperanças
na nossa condição humana.
Mas… Perder a esperança é perder
o que nos mantêm vivos.
Isso é uma lástima.
Olhar tudo isso no “apesar de”,
está sendo o maior desafio a se fazer.
Devemos crer Nele e na sua criação,
senão estaremos desacreditando
daquilo que temos de bom e eterno em nós.
De tudo que carregamos de belo,
digno e nobre na nossa frágil condição.
Estaríamos perdendo a fé
na nossa própria humanidade.
Enquanto sei da existência dela em mim,
então eu tenho e devo,
de alguma forma
acreditar no ser humano.
O Criador acredita em nós.
Gabriela Lopes
gabils3377@gmail.com
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Formada em Direito, escritora, mentora literária e artista plástica. Palestrante da Feira Virtual do Livro da França e dos Estados Unidos. Já participou das feiras do livro do Perú e do Uruguai. Ela é Dra. Honoris Causa em Comunicação Social pela OMDDH, signatária do Pacto Global da ONU; Dra. Honoris Causa em Intercâmbio Cultural Brasil-África; Certificação da Academy do Pacto Global da ONU sobre Igualdade de Gênero; Pós em Direitos Humanos; Direito Constitucional; Bacharela em Direitos Humanos com ênfase em ciências sociais pela OMDDH. Bacharela em Direito pela Faculdade UNIPAC, Campus de Teófilo Otoni. Experiência no Ministério Público de Minas Gerais em estágio de pós-graduação na Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente da Bacia do Rio Doce (Governador Valadares), atendendo 140 municípios. Membro de academias de letras nacionais e internacionais; Presidente do Instituto AMMAR MINAS; Diretora da Editions Cultive de Genebra; Autora de 6 livros literários, Coordenadora da Revista Cientifíca Multidisciplicar do Instituto Nelson Mandela de Angola- África; Participação do V Simpósio de Português como língua de herança do Japão- Realizado pelo Consulado Geral do Brasil em Hamamatsu no Japão e pelo Internacional Institute of Education and Culture; ganhadora de 34 premiações nas esferas literárias, acadêmicas e artísticas no Brasil e no exterior.