O palhaço
Sempre sonhou desde menino,
Ser palhaço, pois tinha tino,
De fazer rir, esconder a dor,
Por um momento, ilidir o temor.
Consagrada arte de fazer graça,
Debaixo da lona, em meio à praça,
Riso solto irrompe do palhaço afável,
Que incendeia o público respeitável.
Profissão por destino desde petiz,
Da sua vocação, eterno aprendiz,
No circo a alegria nunca se encerra,
Naquele maior espetáculo da terra.
Contudo, eles não se dão conta,
Do sofrimento de tamanha monta,
Que permeia a alma do Arlequim,
Lágrima verte, trajando roupa de cetim.
Marcus Hemerly
marcushemerly@hotmail.com
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Nasceu em Cachoeiro de Itapemirim/ES, em 1989. Formado em Direito, é servidor do Poder Judiciário do Estado do Espírito Santo. Autor da obra “Verso e Prosa: Excertos de Acertos”, originalmente publicada em formato físico, coautor em antologias poéticas e de contos. Membro de Academias Literárias, recebeu prêmios e comendas, tais como: “Prêmio Monteiro Lobato”, “Prêmio Cidade de São Pedro da Aldeia de Literatura”, “Grande Prêmio Internacional de Literatura Machado de Assis”, “Medalha Patrono das Letras e das Ciências, Dom Pedro II”, “Medalha Notório Saber Cultura” e foi um dos vencedores do concurso internacional de poesias “Covid Times Poetry” promovido pela ONG “WHD – World Humanitarian Drive”. Foi agraciado com o Título de Doutor Honoris Causa em Literatura, pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Históricos e Filosóficos, com a Comenda Olavo Bilac Príncipe dos Poetas, pela Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes (FEBACLA), o título de Cavaleiro Comendador da Ordem de Gotland, pela Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente, dentre outras honrarias. É colunista de cinema e literatura, contribuindo para sites e jornais eletrônicos