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Com direção de Cris Lozano e dramaturgia e atuação de Flávia Bertinelli, monólogo trata da angústia do autor diante da entrada da Itália na Primeira Guerra Mundial, impossibilitando-o de organizar seu universo criador
Com mais de 150 anos de seu nascimento, a obra de Pirandello continua a nos colocar em cheque sobre um tema cada vez menos abordado: a humanística. As teorias humanistas centram o seu estudo na particularidade de cada ser humano, na complexidade e singularidade de cada pessoa, nos seus motivos e interesses. O foco desta abordagem não está no ensino em si mesmo, mas na aprendizagem numa perspectiva de desenvolvimento da pessoa humana.
Nesta obra em particular, Colóquio com Personagens I, o que chama a atenção é a questão da abordagem da autocensura na criação, mais particularmente a voz do autor em relação às suas criaturas-personagens, por respeito a um momento particular da sua vida pessoal, que envolve a reflexão sobre a guerra em que a Itália estava comprometida.
Pirandello se permite fazer uma divisão entre seu eu e os seus outros eus que ganham vida como interlocutores de si mesmo. Há neste Colóquio a intenção de calar suas vozes criativas em detrimento de um momento trágico onde não é possível colocar a arte em primeiro plano.
A personagem usando de sua autonomia cria um discurso metafórico desmontando a ideia de separação do autor e faz uma ode à liberdade de criação artística.
Este monólogo ganha múltiplas representatividades, na medida em que a atriz Flávia Bertinelli se utiliza das máscaras, elemento cênico usado como recurso para realizar o diálogo entre autor e personagem, multiplicando as várias possibilidades de vozes propostas pela dramaturgia.
A construção da encenação se deu a partir do espaço utilizado na casa da atriz que possibilitou ressignificar um cômodo do ambiente doméstico. Tudo é construído de forma realista aproveitando os objetos já existentes, apenas deixando para a interpretação e para a imaginação criarem uma atmosfera para além das 4 paredes.
Workshop de máscaras ministrado por Flávia Bertinelli
No dia 24 de abril haverá um workshop de máscaras com a premissa de constituir um espaço de troca de saberes sobre o teatro de máscaras em uma de suas mais intrigantes manifestações teatrais: o fenômeno da commedia dell’arte, atualizando-o em outras formas de uso e utilização, refletindo na cena teatral atual.
O foco será a máscara como um potente instrumento em processos criativos, seja no treinamento do ator, da atriz, assim como, na formação da construção de espetáculos teatrais, independente da linguagem ou estética. O conteúdo abordado passará pela:
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Utilização da máscara como instrumento pedagógico: neutra-inteira; meia máscara-neutra e meia máscara expressiva/arquetípica;
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Conceito de corpo-máscara, tendo como um dos elementos disparadores, a commedia dell’arte;
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“Corpo-máscara – um corpo em Revolução” na pandemia, dialoga com possíveis mascaramentos da cena teatral atual, diante dos deslocamentos, traços possíveis e atualizações.
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Traços possíveis, atualizações e deslocamentos. possíveis, atualizações e
Sinopse
Colóquio com Personagens I, trata da angústia do autor diante da entrada da Itália na Primeira Guerra Mundial, impossibilitando-o de organizar seu universo criador. A presença e teimosia de uma das personagens, impedem-no de fugir à própria verdade e a escritura Pirandelliana, longe de ser um tipo de fuga, torna-se uma reflexão sobre seu próprio processo criativo.
Serviço:
Temporada: Dias 16, 17 e 18 | 23, 24 e 25 de abril às 20h – exibição online + bate-papo
workshop de máscaras ministrado por Flávia Bertinelli – 24 de abril às 15h
Duração: 30 minutos
Classificação etária: livre
Plataforma de transmissão:
https://www.youtube.com/
Ficha Técnica
Texto: Luigi Pirandello
Dramaturgia e Atuação: Flávia Bertinelli
Direção: Cris Lozano
Assessoria de Som, Luz e Vídeo : Gil Almeida
Marketing Digital: Gil Almeida
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30.06.1981, Brasília/DF, Brasil. Formado em Direito pela Upis. Pós-graduação lato sensu em Globalização, Justiça e Segurança Humana pela ESMPU em parceria com a Ruhr Universitat de Bochum/Alemanha. Assessor Jurídico de 2ª Instância do MPU. Escritor. Poeta. Comendador. Ativista Cultural. Ex-Presidente da Academia Cruzeirense de Letras (2018-2020, 2020-2022). Membro de Academias Literárias e Entidades Culturais no Brasil e no exterior. Membro da Literarte. Membro VIP da Rede Sem Fronteiras. Membro do IICEM. Chancellor of the Arts – International Arts Committee. Membro da ALSPA. Preceptor do Instituto Baronesa de Ensino e Desenvolvimento Humano. Embaixador da Paz da OMDDH. Dr. Honoris Causa em Literatura, Ciências Jurídicas, Direitos Humanos e Humanidades. Autor de 8 obras literárias (Entre a Caneta e o Papel, 2018; A Rosa dos Ventos, 2019; Juras de Poesia Eterna, 2020; Urbanos, 2020; Lua a Pino, 2021; Autopoiesis, 2022; Nos Labirintos da Palavra, 2022; Sol Ridente, 2023). Coautor de mais de 300 coletâneas. Várias honrarias, prêmios e títulos.
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