outubro 06, 2024
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Artigo de Celso Lungaretti: 'A saída, onde está a saída?'

Por Celso Lungaretti, no blogue Náufrago da Utopia.: A ÚNICA PROPOSTA CAPAZ DE UNIR O POVO BRASILEIRO: UMA NOVA ELEIÇÃO!!!

 

Cálculos mesquinhos e falta de grandeza de parte a parte deverão causar sofrimentos terríveis ao povo brasileiro em 2016 e sabe-se lá até mais quando.

De um lado temos um governo totalmente sem propostas, semeando ilusões como a de que ainda se possa fazer ajuste fiscal sem grandes sacrifícios, quando até as pedras da rua sabem que eles serão imensos e resta decidirmos quem pagará a parte maior da conta, se os explorados e excluídos ou os exploradores e parasitas. Joaquim Levy ia na primeira direção e nada do que foi dito nos últimos dias indica intenção de adotar-se  postura oposta, qual fosse a de ir atrás dos favorecidos de sempre.

A presidente está exaurida e desmoralizada, praticamente já não governa mas obstina-se em não ser derrubada, mesmo que para tanto recorra às práticas mais constrangedoras da politicalha fisiológica e arraste para a avacalhação total os outros poderes da República.

Do outro lado encontramos uma oposição que, discurseira à parte, está mais para outra face da mesma moeda (os antigos rivais hoje são ingredientes da mesmíssima geleia geral ou partes do mesmo saco de farinha, descaracterizados e cínicos). E só não dá o xeque-mate no governo agonizante porque está preocupada demais com os ganhos que obterá no day after.

Se esquecesse o impeachment e centrasse fogo na cassação da chapa presidencial pela Justiça Eleitoral, uniria o Brasil, criando uma onda irresistível em favor da alternância no poder.

Boa parte dos que votaram em Dilma está ciente de haver sido lograda. Também, pudera! Foi o pior estelionato eleitoral da democracia brasileira em todos os tempos…

Detesta Dilma, adoraria vê-la pelas costas, mas desconfia muito de Temer; com inteira razão, nos dois casos. Daí a disparidade chocante entre o percentual de brasileiros que a rejeitam e o número dos que vão à rua protestar contra ela.

Isto e a tradicional passividade do nosso povo. Já propus certa vez que, na bandeira, o lema Ordem e progresso fosse substituído por Manda quem pode e obedece quem tem juízo

Noves fora, a melhor solução para virarmos está página deplorável da nossa História e termos uma chance de começar a sair da recessão em 2017 (o ano que vem está além de qualquer possibilidade de salvação, lamento!) seria uma nova eleição, caso Dilma e Temer perdessem o mandato.

Na qual o PT, tendo Lula como provável candidato, ficaria sabendo se ainda está na vanguarda do processo de transformação da sociedade brasileira ou dissociou-se do Brasil pujante. A última eleição fez suspeitar que esteja em franca decadência, encabrestando os grotões do atraso como fazia a ditadura militar em seus estertores.

Na qual o PSDB teria a sonhada chance de voltar ao poder e herdar… a inglória tarefa de ajustar as contas públicas, conforme exige o poder econômico. Tudo leva a crer que, assim procedendo, chegaria tão desgastado a 2018 como Dilma está agora. Com tendência a não voltar a ganhar eleições presidenciais por um bom tempo, como deverá acontecer doravante com o PT.

Na qual a Marina poderia fazer campanha sem ser falsamente acusada de cúmplice dos banqueiros, pois a promiscuidade de Dilma com Luís Carlos Trabuco, o presidente do Bradesco, foi simplesmente pornográfica para qualquer esquerdista. Se tiverem o mínimo de simancol, os propagandistas do PT doravante não voltarão a bater nessa tecla, nem com Marina, nem com ninguém…

Na qual, e isto é o mais importante, as políticas de direita tenderiam a ser defendidas pela direita, enquanto a esquerda teria de reassumir-se como esquerda, até por uma questão de sobrevivência.

Nós, os revolucionários, temos de reaprender a dar o justo peso à política oficial: a Presidência da República, sob a democracia burguesa, para nós tem eventualmente serventia tática, mas não é, nem de longe, nosso objetivo estratégico.

Se ajudar a alavancar a revolução, vale, sim, a pena obtê-la e tentar conservá-la… enquanto nos estiver sendo útil.

Se, pelo contrário, nos atrapalha em nossos objetivos maiores e coloca o povo contra nós, como está acontecendo neste instante, devemos abrir mão dela sem nenhum remorso, recuando para nos reagrupar. O velho um passo atrás para poder dar dois adiante do Lênin.

Precisamos, isto sim, ter sempre povo ao nosso lado, pois nada seremos se estivermos representando apenas interesses mesquinhos, como fazem os políticos profissionais. Quanto aos palácios do governo, podemos sobreviver tranquilamente fora deles!

Isto, claro, no caso dos que ainda colocamos a revolução como prioridade suprema. Dos que estão aburguesados e hoje se agarram com furor desmedido aos privilégios e boquinhas, nada mais podemos esperar. Passaram para o outro lado, tenham ou não autocrítica suficiente para admitirem isto.

 

 

 

 

O NATAL COMO CELEBRAÇÃO DO TEMPLO E DE SEUS VENDILHÕES. E A ALTERNATIVA.

 

Por Celso Lungaretti, no blogue Náufrago da Utopia.

O que o mundo realmente celebra no Natal? A saga de um carpinteiro que trouxe esperança a pescadores e outras pessoas simples de um país subjugado ao maior império da época.

Os primeiros cristãos eram triplamente injustiçados: economicamente, porque pobres; socialmente, porque insignificantes; e politicamente, porque tiranizados.

Jesus Cristo nasceu três décadas depois da maior revolta de escravos enfrentada pelo Império Romano em toda a sua existência.

As mais de seis mil cruzes fincadas ao longo da Via Ápia foram o desfecho da epopeia de Spartacus, que, à sua maneira rústica, acenou com a única possibilidade então existente de revitalização do império: o fim da escravidão. Roma ganharia novo impulso caso passasse a alicerçar-se sobre o trabalho de homens livres, não sobre a conquista e o chicote.

Vencido Spartacus, não havia mais quem encarnasse (ou pudesse encarnar) a promessa de igualdade na Terra.

 
Spartacus morto, Roma decaiu.

Jesus Cristo a transferiu, portanto, para o plano místico: todos os seres humanos seriam iguais aos olhos de Deus, devendo receber a compensação por seus infortúnios num reino para além deste mundo.

Este foi o cristianismo das catacumbas: a resistência dos espíritos a uma realidade dilacerante, avivando o ideal da fraternidade entre os homens.

Hoje há enormes diferenças e uma grande semelhança com os tempos bíblicos: o império igualmente conseguiu neutralizar as forças que poderiam conduzir a humanidade a um estágio superior de civilização.

A revolução é mais necessária do que nunca, mas inexiste uma classe capaz de assumi-la e concretizá-la, como o fez a burguesia, ao estabelecer o capitalismo; e como se supunha que o proletariado industrial fizesse, edificando o socialismo.

AS AMEAÇAS DE CATÁSTROFES 

E O FANTASMA DO RETROCESSO

O fantasma a nos assombrar é o do fim do Império Romano: ou seja, o de que tal impasse nos faça retroceder a um estágio há muito superado em nosso processo evolutivo.

O capitalismo hoje produz legiões de excluídos que fazem lembrar os bárbaros que deram fim a Roma; não só os que vivem na periferia do progresso, mas também os miseráveis existentes nos próprios países abastados, vítimas do desemprego crônico.

E as agressões ao meio ambiente, decorrentes da ganância exacerbada, estão atraindo sobre nós a fúria dos elementos, com conseqüências avassaladoras. Décadas de catástrofes serão o preço de nossa incúria.

No entanto, como disse o grande jornalista Alberto Dines, “criaturas e nações cometem muitos desatinos, mas na beira do abismo recuam e escolhem viver”.

Se a combinação do progresso material com a influência mesmerizante da indústria cultural tornou o capitalismo avançado praticamente imune ao pensamento crítico e à gestação/concretização de projetos alternativos de organização da vida econômica, política e social, tudo muda durante as grandes crises, quando abrem-se brechas para evoluções históricas diferentes.

Temos pela frente não só a contagem regressiva até que as contradições insolúveis do capitalismo acabem desembocando numa depressão tão terrível como a da década de 1930, como a sucessão de emergências e mazelas que decorrerão das alterações climáticas.

O sofrimento e a devastação serão infinitamente maiores se os homens enfrentarem desunidos esses desafios. Caso as nações e os indivíduos prósperos venham a priorizar a si próprios, voltando as costas aos excluídos, estes morrerão como moscas.

O desprendimento, em lugar da ganância; a cooperação, substituindo a competição; e a solidariedade, ao invés do egoísmo, terão de dar a tônica do comportamento humano nas próximas décadas, se as criaturas e nações escolherem viver.

E há sempre a esperança de que os mutirões criados ao sabor dos acontecimentos acabem apontando um novo caminho para os cidadãos, com a constatação de que, mobilizando-se e organizando-se para o bem comum, eles aproveitam muito melhor as suas próprias potencialidades e os recursos finitos do planeta.

Então, para além deste Natal mercantilizado, que se tornou a própria celebração do templo e de seus vendilhões, vislumbra-se a possibilidade de outro. O verdadeiro: o Natal cristão, dos explorados, dos humilhados e ofendidos.

Se frutificarem os esforços dos homens de boa vontade.

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Helio Rubens
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