A juventude e a literatura
Sabemos o quão desanimador é para os pais a desmotivação dos filhos. Alguns não exercem o pensamento crítico e se tornam meras máquinas de repetir palavras, ações e hábitos. Contrapartida, há sempre um rastro de esperança quando o assunto é juventude.
O avanço tecnológico é visto como vilão, mas aproxima os adolescentes da paixão pela leitura. Sites e aplicativos como Wattpad trazem ao jovem a sensação de lugar no mundo. Mesmo aqueles que não possuem prática ou interesse em produção textual, sentem liberdade para expor suas criatividades.
Após o contato gratuito e cômodo, estudantes que não liam uma página por dia, passam a ler constantemente, talvez por horas.
Tal faixa etária precisa não só de incentivo, mas sentir que pode fazer algo de significativo, mesmo que por um instante.
Alguns influenciadores digitais são benéficos e positivos neste sentido, pois passam suas experiências juvenis na linguagem que eles necessitam escutar. É cada vez mais comum encontrarmos livros considerados bobos, mas que servem como uma âncora aos que ainda não encontraram sua missão como seres pensantes.
Mídias sociais são cruciais no cotidiano atual. Contudo, continuam vilãs na mente do adulto nostálgico. Precisamos compreender que cada época tem seus pontos principais que ajudam no crescimento intelectual e pessoal. A nova geração carrega uma vantagem: evolução.
A rede social Instagram, por exemplo, costuma transformar o ato de ler num glamour, o que não é tão ruim se pensarmos que existem bibliotecas, sebos e obras digitais. Ler nunca será de elite, e a escrita se inova a cada dia.
O importante é deixar claro que não há livro certo ou errado, pois, cada jovem é único. É fácil encontrar adolescentes que leem Clarice Lispector e adultos que preferem Harry Potter. Desde que haja incentivo, educação e prazer, toda leitura é válida!
Letícia Mariana
leticiamariana2017@gmail.com
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Letícia Mariana é escritora com 5 livros publicados, palestrante, criadora de conteúdo, estudante e jornalista em formação. Diagnosticada com autismo nível 1 de suporte e ativista na causa autista. Já debateu em rádios cariocas e participou de encontros virtuais internacionais.