Poema de amor
Se te pedirem, meu amor,
Que tu contes a trajetória
Do soberbo navegador,
Se não amas esta memória,
Ah! Não contes, mais, não contes;
Se te indagarem do viajor
Que ultrapassou as mil pontes
A procura do grande amor,
Ah! Não fales, mais, não fales;
Que já sabem os confins do mundo
Que és tu essa flor dos vales
Que busquei com amor profundo.
Se plantaste a flor da sorte
Para esperar a minha volta,
E não crês no amor mais forte
Do que a onda do mar, revolta,
Ah! Não plantes mais, não plantes;
Pois tu sabes que voltarei
Como voltei nos tempos dantes,
Porque em ti sempre estarei.
Fiz-te poemas tão gentis,
Se se do amor duvidarás,
Rasga os versos que te fiz,
E de mim não lembres mais.
Antônio Fernandes do Rêgo
aferego@yahoo.com
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