Jinn ou Djinn
A origem da crença nos Jinn ou Djinn (singular e plural) é do Oriente Médio, onde acreditam que são espíritos feitos do “fogo sem fumaça”, que habitam os desertos. Muitas vezes podem tomar a forma de humanos ou animais, como serpentes, e interagir com os humanos. Cobras negras são consideradas como um Jinn maléfico e cobras brancas como um Jinn bondoso e prestativo. Muitos muçulmanos evitam matar uma cobra, pois temem uma vingança por parte de um Jinn. Existe uma corrente no Islã que acredita que o Jinn, quando foi criado, não era nem bom nem mal e que tem, como os humanos, o livre arbítrio para escolher ir para o caminho do bem ou do mal. O Jinn pode ser encontrado em várias histórias das Mil e Um Noites, como por exemplo, “O Pescador e o Jinn” e “Aladinn e a Lâmpada Maravilhosa”. Jinn são mencionados perto de 30 vezes no Alcorão e o capítulo 72 se intitula Al-Jinn (O Jinn). Também o Alcorão cita casos de árabes pagãos, pedindo ajuda a Jinn ao invés de Deus. De acordo com a fé islâmica, existem os Anjos e os Jinn. Eles se assemelham aos humanos, que comem, bebem, procriam e, quando morrem, são julgados pelos seus atos, sendo enviados para o céu ou para o inferno. Acreditam inclusive que o Jinn pode ter relações sexuais com humanos. O Jinn, na sua forma feminina, é chamado de Jiniri e habitam a Terra desde muito antes dos humanos serem criados. Especialmente no Marrocos, acreditam que uma pessoa pode ficar possessa pela ação de um Jinn e possuem rituais de exorcismo para afastá-lo. Em algumas histórias, um Jinn pode levar uma pessoa de um local para outro instantaneamente, bem como satisfazer seus desejos, sempre por um preço. Diz a lenda que, o próprio Rei Salomão, tinha alguns Jinn ao seu lado, que o ajudaram a erguer o famoso templo de Salomão e eram responsáveis por sua imensa riqueza e poderio militar. Entre os árabes, fenômenos, como a paralisia do sono, são atribuídos aos Jinn e a melhor forma de combater esse mal é recitando sem parar alguns versos do Alcorão. Na Arábia Saudita, existe pena de morte para uma pessoa que diz ter alguma relação de amizade com um Jinn, para evitar a prática da feitiçaria e bruxaria. Uma pesquisa realizada em 2012 pelo Pew Research Institute, revelou que grande parte dos muçulmanos do Marrocos, Turquia, Iraque, Indonésia, etc., acreditam na existência dos Jinn e são respeitados e temidos. Eles também podem aparecer em névoas e tempestades de areia. Praticamente não existem representações visuais de Jinn na arte islâmica, pois, são como uma sombra na parede ou um fogo sem fumaça, na sua forma original.
Célio Pezza
celiopezza@yahoo.com.br
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Natural de Teresópolis (RJ), é poetisa, escritora e Educadora Infantil. É Acadêmica da ACILBRAS, da AIL e da FEBACLA; é Acadêmica Correspondente da Academia Caxambuense de Letras e da Academia de Letras de Teófilo Otoni, e Membro Efetivo da Sociedade Brasileira dos Poetas Aldravianistas (SBPA). Também pertence à ALB e a ABC, ambas virtuais. Recebeu Menção Honrosa no I Concurso de Poesia Junina e obteve o 9º lugar no XXXIV Concurso de Poesia Brasil dos Reis, (Ateneu Angrense de Letras e Artes). Foi homenageada com a Comenda Acadêmica Láurea Qualidade Ouro, a mais alta comenda da FEBACLA – Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes e com o Prêmio Cidade São Pedro de Aldeia de Literatura. Participou de dezenas de Antologias Poéticas. No início de 2019 lançou seu primeiro livro solo, ‘Alma de Poeta’ (Editora Areia Dourada), que recebeu o Troféu Monteiro Lobato como o melhor livro de poesia, no evento ‘Melhores do ano 2019’ (LITERARTE), e recentemente, lançou seu segundo , ‘Simplesmente Poemas’, com o selo AIL.