“Entendo que a filosofia nos dá parâmetros de entendimento das sutilizas da vida cotidiana. Entendendo isso podemos viver melhor, porque sabemos que tudo ao nosso redor é construção humana.” (Prof. Dr. Osvaldo Dalberio Dal Bello)
OSVALDO DALBERIO DAL BELLO é doutor em Serviço Social pela Universidade Estadual Paulista, Júlio de Mesquita Filho, (UNESP), campus de Franca, SP, Brasil, (2008). Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1990). Filósofo pela PUC Campinas (1986).
Realizou estágio doutorando em Trieste na Itália no período de março a setembro de 2008, com bolsa “estágio doutorando” pela CAPES.
Professor aposentado da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM); atuou como Docente do Programa de Mestrado em Educação na UFTM ministrando a disciplina de Ética de Filosofia da Educação.
Foi Membro pesquisador do grupo de Pesquisa Prática de Pesquisa (PRAPES), vinculado à Universidade Estadual Paulista, campus de Franca. Liderou por 9 anos o grupo e estudos e pesquisa sobre Formação Ética do Professor (FEP) – vinculado ao Programa de Pós-graduação – Mestrado em Educação na Universidade Federal do Triângulo Mineiro.
Publicou vários artigos em periódicos especializados (inter) nacionais.
Publicou vários livros e capítulos de livros.
Participou como orientador e avaliador de vários trabalhos de conclusão de curso de graduação e de pós-graduação (lato sensu e stricto sensu) e banca de mestrado e doutorado, nas áreas de Educação, Filosofia e Ética.
Atuou na área de Educação. Em seu currículo Lattes os termos mais frequentes na contextualização da produção científica, tecnológica e artístico-cultural são: Metodologia Científica, Projeto de Pesquisa, Filosofia da Educação, Ensino-aprendizagem, filosofia, fenomenologia e ética.
Foi agraciado com o título de Philospphos immortalem consagrando-se pelo Mérito Ph.I, outorgado pela Academia de Letras do Brasil.
Professor Homenageado especial da 1.ª turma de Formandos em Enfermagem da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro (UFTM). Professor Homenageado especial da 10.ª turma de Formando em Pedagogia, Universidade de Uberaba (Uniube). Professor homenageado especial-Patrono da XVII Turma de Enfermagem da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM).
Abaixo, a entrevista concedida pelo professor e doutor Osvaldo Dalberio Dal Bello:
1- Sua trajetória de vida, perpassa por várias vertentes, uma delas é o início de sua formação docente. Conte-nos como se deu essa formação até chegar ao doutorado.
Minha trajetória educacional foi acontecendo paulatinamente. Passei por várias escolas até terminar o ensino médio e entrar na faculdade. Na educação básica tive bons professores, mas também tive alguns não tão bons, mas fizeram parte do meu processo de aprendizado.
Na faculdade de filosofia, na PUC-CAMPINAS tive oportunidade de aprender com muitos doutores, que na ocasião lecionavam na UNICAMP e na PUC.
Com eles pude ter contato com grandes pensadores da filosofia. Desde a Idade Antiga especificamente na Grécia Antiga estudando os pré-socráticos, Sócrates, Platão, Aristóteles e muitos outros. Passando pela Idade Média estudando Santo Agostinho e tantos outros, Santo Tomás de Aquino e tantos outros.
Passei também pela Idade Moderna estudando as características desse período: Antropocentrismo e Humanismo, Cientificismo, Valorização da natureza, Racionalismo (razão), Empirismo (experiências), Liberdade e idealismo, Renascimento e iluminismo, Filosofia laica (não religiosa).
Para isso tive contato com vários pensadores, Michel de Montaigne (1523-1592), Nicolau Maquiavel (1469-1527), Jean Bodin (1530-1596), Francis Bacon (1561-1626), Galileu Galilei (1564-1642), René Descartes (1596-1650), Baruch Espinosa (1632-1677), Blaise Pascal (1623-1662), Thomas Hobbes (1588-1679), dentre tantos outros.
Na Idade Contemporânea estudei muitos pensadores importantes para entender o mundo, o outro e a mim mesmo. As principais características desse momento foram: Marxismo, Positivismo, Racionalismo, Utilitarismo, Pragmatismo, Cientificismo, Niilismo, Idealismo, Liberdade, Existencialismo, Fenomenologia, Subjetividade, Sistema Hegeliano, Materialismo dialético. Dentre os pensadores mais importantes destacam-se: Friedrich Hegel (1770-1831), Ludwig Feuerbach (1804-1872), Arthur Schopenhauer (1788-1860), Soren Kierkegaard (1813-1855), Auguste Comte (1798-1857), Karl Marx (1818-1883), Georg Lukács (1885-1971), Friedrich Nietzsche (1844-1900), Edmund Husserl (1859-1938), Martin Heidegger (1889-1976), Jean Paul Sartre (1905-1980), Bertrand Russel (1872-1970), Ludwig Wittgenstein (1889-1951), Karl Popper (1902-1994). Só para citar alguns com os quais tive contato e me mostraram como ser filósofo e entender o mundo a minha volta. Muitos deles apenas me mostraram essas vertentes e eu conjuguei com as que mais me atraíram e fui formando minha maneira de ver, julgar e agir no mundo.
Por isso, minha trajetória educacional é própria, porque eu fiz uma síntese das grandes teorias e construí a minha maneira, dando ênfase mais na fenomenologia e no existencialismo, no racionalismo e no empirismo. Assim sendo criei minha própria forma de ser filósofo.
Depois de formado em filosofia com todos estes pensadores, ingressei no mestrado em Educação, na UNICAMP. O tema defendido foi prazer na educação no ponto de vista da filosofia, ou seja, o arcabouço teórico que sustentou o texto foi a filosofia. A partir daí, pensei em ser professor e para isso tive que buscar conhecimentos na área específica da educação. Na verdade, foi na prática que aprendi a ser professor e conquistar uma sabedoria pedagógica para as minhas aulas. Isso aconteceu na relação com os alunos, com os colegas professores, nas experiências e nas leituras de métodos e técnicas de ensino. Para ser professor, segundo o meu juízo, é necessário buscar uma formação mais aperfeiçoada e mais densa em conteúdo. Pensando nisso, entrei no doutorado para estudar as questões éticas que sustentam as pesquisas e especificamente na questão social. O título da tese Desafios éticos na pesquisa social me deu um arcabouço teórico bastante eficiente para entender também o processo educacional. Foi isso que me motivou buscar subsídios para melhorar, para mim mesmo, minha forma de ministrar aulas na graduação e na pós-graduação. Ser professor é andar passo a passo no dia-a-dia das aulas desde a preparação até a avaliação do percurso educativo. Em outros termos, ser professor é fazer a transposição da teoria à prática na relação humana, levando-se em conta os princípios éticos na construção de conhecimentos. Enfim, é papel do professor conhecer as teorias complexas e traduzi-las de maneira compreensiva para os alunos. Assim sendo, levar o aluno ao mais complexo do conhecimento de maneira que ele saiba compreender a si mesmo, o mundo e o outro na relação humana.
2- De que maneira a filosofia pode ajudar-nos a lidar com as adversidades?
Entendo que a filosofia nos dá parâmetros de entendimento das sutilizas da vida cotidiana. Entendendo isso podemos viver melhor, porque sabemos que tudo ao nosso redor é construção humana. Digo no sentido de cultura. O homem é um ser que está para o mundo na mesma medida em que o mundo está para ele. O homem foi construindo um mundo para si e para os outros ao seu redor. De maneira que hoje, quando nascemos, somos jogados num mundo forjado pelos nossos antepassados. Por esta razão somos aquilo que o mundo se nos apresentam como possibilidades de vivências pessoais e coletivas. Nesse sentido, filosofar é buscar entendimento do nosso eu, da nossa singularidade, da nossa pessoalidade e, mais que isso, da nossa generalidade enquanto humano.
Somente com a filosofia é possível ter esta visão de mim mesmo, do mundo e do outro como parâmetro existencial. O filosofo ajuda nessa caminhada do exterior para o interior e também do interior de cada um para o mundo exterior. Platão foi feliz em dizer o Mito da Caverna. Com ele podemos entender a situação humana do mundo. Filosofia então é gostar de fazer esse percurso em direção ao desconhecido do homem. O grande desafio da filosofia é poder ajudar o homem a se entender como homem num mundo ao seu redor que ele mesmo criou e que dificulta o entendimento de si mesmo nesse mesmo mundo.
3- O sonho desempenha um importante papel em nossos projetos de vida?
Acredito que sonhar é um atributo especificamente humano. Ele sonha com realizações, com conquistas, com poder ser aquilo que ainda não é. Sonhar é visualizar antecipadamente algo a ser conquistado. Quando o homem sonha ele pre-vê realizações futuras. Quando sonha e fica envolvido no processo de buscar, tudo vai convergindo para a realização. Entretanto, sonhar e ficar parado e apenas sonhando com algo inatingível é perda de tempo e de energia e, neste caso, a realização vai ficando cada vez mais longe. Sonhar é preciso, mas mais importante é viabilizar mecanismos para alcançar a realização e materialização daquilo que se sonha ou almeja.
Olhando para mim, vejo que o sonho de ser doutor foi se construindo ao longo da minha vida. Muito cedo empenhei em estudar com afinco para conquistar o melhor para mim mesmo. Trilhei por anos os caminhos escolares; sentei-me nos bancos de escolas, faculdades e universidades, por décadas. Fui conquistando paulatinamente diplomas após diplomas, cursos após cursos, cerificados após certificados até atingir o mais importante na vida de um estudante: o título de doutor.
4- Diante de seu labor em formação do professor, inicial e continuada, o senhor atuou em vários cursos com as disciplinas, ética e metodologias, e também, desenvolveu vários projetos de pesquisas. Qual foi o que mais se destacou? Qual o assunto e a metodologia utilizada?
Desenvolvendo meu trabalho como docente tive oportunidade de vivenciar muitas situações de prazer na relação de ensino-aprendizagem com os alunos. Comecei minha carreira docente, ainda quando estava terminando o curso de filosofia. A primeira experiência foi numa escola estadual na periferia em Campinas. Depois fui para outra escola estadual de periferia em Uberaba MG. Assim que terminei o curso de filosofia fui contratado para lecionar em uma Universidade particular. Lá tive várias experiências enquanto docente. Muitas boas no que diz respeito ao ensino-aprendizado dos alunos, mas também tive algumas experiências não muito significativas do ponto de vista de um verdadeiro processo de ensino-aprendizado. Mas cumpri meu papel da melhor maneira que eu sabia e podia. Entrei, por concurso em uma Universidade Federal onde pude desenvolver outros aspectos como pesquisa, por exemplo que ainda não tinha tido oportunidade.
Participando de comitês, de congressos, de reuniões de estudo fui desenvolvendo o aspecto da pesquisa e da produção acadêmica e científica. Várias pesquisas foram realizadas dentre elas a que mais me produziu efeitos verdadeiramente eficientes foi durante o mestrado e no doutorado. Em ambos os cursos minha produção intelectual e científica chegou a um nível bastante elevado. O momento mais significativo na minha vida acadêmica foi quando ministrei aulas para o mestrado. Outro momento ímpar foi quando assumi o papel de líder de grupo de pesquisa sobre Formação Ética do Professor. Liderar um grupo de pesquisadores foi o ponto alto da minha carreira de professor-pesquisador.
Pesquisei vários temas importantes para a academia: prazer na educação, ética na formação de professores, questões éticas na pesquisa científica. Dentro de cada um desses, várias vertentes e vários temas se coadunaram para a produção intelectual. Quanto aos métodos, também várias vertentes teórico-metodológicas foram utilizadas. Todas com a fundamentação filosófica baseada no existencialismo, na fenomenologia, na ciência positivista (em determinadas pesquisas), no historicismo, no racionalismo, no idealismo, dentre outros.
5- Professor, profissão ou missão?
Há muito que ser professor já não é mais missão ou vocação. Acredito e defendo que ser professor é uma profissão. Envolvido nessa atividade há um salário. Que por si só já dá o tom da conversa. A pessoa que assume esta tarefa de ensinar pode se realizar ou não como atividade profissional. Isso depende do que ela quer para sua vida. Vi na minha jornada, professores que faziam das aulas seus bicos para completar seu salário. Mas vi também professores que tinham e tem essa atividade como escolha pessoal e profissional e se realizam exercendo tal atividade. No mundo atual há várias formas de exercer atividades laborais. Ser professor é uma delas. Se uma pessoa não se sente bem exercendo tal função, há a possibilidade de buscar outras que sejam menos penosas. Isso porque fazer o que não gosta, ou não tem aptidão para fazer é um sacrifício sem limites e quem sofre com isso não é apenas o professor, mas principalmente os alunos. Não é justo sofrer para ministrar aulas sendo que há diversas possibilidades profissionais em aberto no mundo atual.
Talvez por muitos professores gostarem e fazerem um trabalho docente de qualidade que há uma pequena confusão com os outros termos vocação ou missão. Quando falo isso, sem sombra de dúvida, estou me referindo à religiosidade ou espiritualidade que está arraigada em uma parcela da história da educação. Tanto é que são encaradas como chamamento por um ser que está fora desse mundo. Eu não gosto e nunca gostei de entender minha profissão de professor como vocação e nem missão. Fui professor por profissão, por escolher ser e exercer tal atividade remunerada. Realizei-me como pessoa exercendo esta atividade com prazer.
6- Há um código deontológico para o professor?
Verifiquei ao longa das minhas pesquisas que não há um código deontológico sobre a profissão de professor de maneira geral. O que existe são normas internas em cada instituição de ensino. Um código demandaria uma organização e sistematização da atividade docente em todos os níveis. Como se fosse uma constituição ética da profissão. Várias vertentes podemos indicar para justificar a não existência desse código.
Uma crítica que ouvi certa vez me fez pensar bastante no que é a profissão professor. “Exercer a profissão de professor é para qualquer um, mesmo aqueles que não tem minimamente formação para o magistério. Pressupõe que só por ter feito um curso superior já está suficientemente preparado para ministrar aulas”. Penso que se for assim, não há necessidade de código deontológico, porque pode entrar, porque a porta está aberta a qualquer forasteiro que se atreva a ocupar essa função.
Vi ao longo da minha vida muitos profissionais excelentes nas suas áreas de formação: médicos, engenheiros, enfermeiros, advogados, para citar alguns, que não tiveram e não tem a mínima formação pedagógica e que assumem aulas nas mais diferentes universidades. Não gostam de ministrar aulas, mas não saem porque o magistério é entendido como apenas bico financeiro.
Vi também profissionais competentes na sua área de formação com desejo de acertar e procurar capacitação para ministrar da melhor maneira possível suas aulas. Esses se saíram bem e gostavam do que faziam além de serem elogiados pelos alunos.
Diante disso, vejo uma dificuldade muito grande em estabelecer um único código para todos os profissionais professores. Talvez por isso, ainda não teve quem se atrevesse a elaborar o chamado Código de Ética do Professor.
7- Na sua trajetória docente, suas aulas eram diferenciadas. Como eram desenvolvidas essas metodologias?
Sempre pautei minha atividade docente como algo exercido com prazer, por prazer e pelo prazer. Eu tinha que me sentir bem, ao mesmo tempo em que os alunos também se sentissem bem. Um aprendizado requer envolvimento dos lados: o professor e o aluno intermediado pelo conteúdo e os métodos. Assim, eu me preparava com carinho e vontade de acertar. Nunca entrei em sala de aula sem saber o que eu ia fazer. Em muitos casos, ao longo da aula tive que usar de minha criatividade, minha sensibilidade, minha sabedoria pedagógica para o processo de ensino e modificar a estratégia programada. Perceber que pode fazer de outra forma era o que eu sempre carregava comigo. Ter uma carta na manga era meu lema nas minhas aulas. Fazer diferente. Inovar. Inventar. Ousar eram meus pontos fortes. Acho que por isso me realizei como professor por onde passei. Eu gostava de ensinar e sentia alegria quando o conteúdo era compreendido pelos alunos e que o método utilizado fez com que a teoria chegasse à vida do aluno. Ensinar pressupõe que o aluno leve tais conteúdos estudados ou apreendidos para sua vida cotidiana. Cabe essa tarefa ao professor. Essa empatia é necessária para que haja um aprendizado significativo.
8-Um filósofo clássico de sua preferência. Um contemporâneo.
Muitos são os filósofos que me marcaram e que me deram sustentáculo para minha forma de fazer filosofia.
Na Antiguidade Clássica, gosto de Sócrates, Platão, Aristóteles.
Na Idade Média gosto de Santo Agostinho, Santo Tomás de Aquino. Na idade Moderna, Descartes, Maquiavel.
Na Idade Contemporânea: Sartre, Mealeau-Ponty, Husserl, Heideger e na atualidade estou buscando o que me atrai…quem sabe um dia eu o encontre.
9- Quantos livros o senhor escreveu? Quais temas?
Até este momento eu consegui colocar minhas ideias em 10 livros publicados e uma dissertação de mestrado (que não fora publicado) e uma tese de doutorado (ainda não publicada). Portanto doze produção na forma de livro. Aí estão eles:
1. Metodologia Científica: uma introdução; 2. Metodologia cientifica: o projeto de pesquisa passo a passo; 3. Metodologia Científica: construção e apresentação de trabalhos acadêmicos, científicos e de projeto de pesquisa; 4. Metodologia Científica: desafios e caminhos; 5. Desafios da pesquisa; Formação ética do Professor; 6. Avaliação na Educação Superior; 7. Lazer e Esporte no Século XXI; 8. Família: conjuntura, Organização e Desenvolvimento; 9. Pressupostos éticos para a educação; 10. Memórias de um Doutor: desafios e conquistas e um professor nascido na roça. Alguns desses eu escrevi como único autor, outros participei como autor de capítulos, outros como organizador.
Vários artigos publicados em revistas nacionais e internacionais sobre temas: Educação, Ética, Filosofia, Conhecimentos, Corpo e Corporeidade, Metodologia da pesquisa.
10-Há algum livro no prelo?
No prelo propriamente dito não, mas há um livro na fase de correções e outro iniciado. Ambos com foco diferente de tudo que eu escrevi até agora. Eles são romances inspirados na minha própria experiência. Não é autobiografia, mas descrição de situações imaginadas a partir de alguns fatos e pessoas com as quais eu tive contato em algum momento da minha vida. Embora seja uma literatura fictícia é inicialmente inspirada na vida real. O primeiro já tem um título provisório: Amar até matar ou morrer. O Segundo ainda não tem título porque está no início da elaboração.
12-Deixe uma mensagem para os leitores do Jornal Rol.
A Mensagem mais importante é aquela que vem ao encontro da essência do ser humano. Esta é que precisa ser resgatada no mais profundo emaranhado existencial. Buscar a felicidade a todo custo não é mais importante do que buscar a felicidade com os outros. Ser feliz sozinho é egoísmo. Felicidade pressupõe relação com o outro. Em muitos casos ser altruísta não compensa, mas ter alteridade e viver ou pelo menos sentir-se na pele, na alma do outro é mais importante. Para isso, faz-se necessário encontrar a todo custo o valor mais profundo do ser humano: o humano arraigado em cada um. Os valores mais íntimos que levam em conta as dimensões existenciais, singulares e pessoais de cada um. Para isso, o interesse pessoal e coletivo precisa dar lugar ao sentido e o significado pessoal e coletivo. Parecem ser antagônicos na sua essência. Então, faz-se necessário dar sentido à vida, ao amor, à fraternidade, à comunidade, de maneira que a alteridade seja o ponto de referência de todos os valores humanos mais essenciais. Ser ser humano no mais profundo e largo sentido do entendimento de si mesmo, do outro e do mundo.
Muito obrigada pela sua participação.
Abraço
Magna Aspásia Fontenelle
Ref. Bibliográfica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia
- ALB/Uberaba celebra seu 6º aniversário - 13 de outubro de 2024
- Dia Nacional do Escritor: 25 de julho - 28 de julho de 2024
- Tonhão, o Indiozinho Apinajé, de José Humberto Henriques - 30 de outubro de 2023