O canto de tua frieza
Hoje o meu canto é triste
Minha voz está mais fraca
Hoje o meu canto não é nobre,
Nele, está o meu desabafo
Hoje lembrei do dia de solidão
Onde a minha vida inteira passou
A minha memória pulsou no meu coração.
Lembrei que minha canção
Falava sobre nós dois,
E compunha versos tristes
Do antes e do agora… E depois?
Meu canto se tornou em desencanto,
Se tornou choro, se tornou pranto
Pois, a letra da canção lembrava
Meu dia triste, meu dia de solidão.
Hoje canto sem querer cantar,
Vivo, não por querer viver
Pois, a frieza que outrora foi fogo,
Agora se tornou a letra da minha canção.
Paulo Siuves
paulosiuves@yahoo.com.br
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Natural de Contagem/MG, é escritor, poeta, músico e guarda municipal, atuando na Banda de Música da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte como Flautista. É graduado em Estudos Literários pela Faculdade de Letras (FALE) da UFMG. Publicou os livros ‘O Oráculo de Greg Hobsbawn’ (2011), pela editora CBJE, e ‘Soneto e Canções’ (2020), pela Ramos Editora. Além desses, publicou contos e poemas em mais de cinquenta antologias no Brasil e no exterior.