Paulo Siuves: Poema ‘Acordes’
Quase nada
Mudou de tom.
Além das melodias suaves
Que, reverberando pelo vento,
Oferecem seu encanto.
As cordas não esqueceram
O toque leve dos dedos
Que deslizavam em harmonia,
Buscando a perfeição de cada nota.
Assim como o toque em minha pele
Ainda me faz estremecer quando lembro.
Ah! O som da velha canção
E a vibração das cordas dançando.
Ficaram gravadas na memória
Ressoando no meu peito.
Lembranças que ecoam
Como um acorde, num compasso…
Nossas almas consonantes
Pareciam tão bem afinadas.
Notas unidas pela harmonia
Presas num refrão clichê.
Felicidade que vibra,
Marcada pelo compasso
De um insistente metrônomo
Que não consigo ignorar.
Como o som daquele dia…
Lembranças que ficam ecoando,
Indefinidamente
Paulo Siuves
Contatos com o autor
- Almas e verdades - 11 de novembro de 2024
- Acordes - 21 de outubro de 2024
- A canção que nunca chega ao fim - 28 de setembro de 2024
Natural de Contagem/MG, é escritor, poeta, músico e guarda municipal, atuando na Banda de Música da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte como Flautista. É graduado em Estudos Literários pela Faculdade de Letras (FALE) da UFMG. Publicou os livros ‘O Oráculo de Greg Hobsbawn’ (2011), pela editora CBJE, e ‘Soneto e Canções’ (2020), pela Ramos Editora. Além desses, publicou contos e poemas em mais de cinquenta antologias no Brasil e no exterior.
Bom dia meu amigo! Tenho muito orgulho de ter um amigo e irmão azul marinho poeta de grande gabarito!