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Premiado em diversos Festivais, 'O livro dos prazeres' abre a Premier Brasil do Festival Rio 2021

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Livremente inspirado na obra Clarice Lispector, o filme será exibido no dia do aniversário da escritora, dia 10 de dezembro

Primeiro longa de ficção da diretora Marcela Lordy, “O LIVRO DOS PRAZERES” é uma livre adaptação da obra “Uma Aprendizagem ou Livro dos Prazeres”, de Clarice Lispector, uma das mais importantes escritoras em língua portuguesa do século XX. Uma coprodução Brasil-Argentina, entre bigBonsai, Cinematográfica Marcela, Rizoma Films, República Pureza e Canal Brasil, o filme traz para os tempos atuais a narrativa do livro publicado em 1969. Ele abre a Mostra Première Brasil: competição de longas metragens de ficção, no dia 10 de dezembro, mesmo dia do aniversário de Clarice, que se estivesse viva completaria 101 anos.

O longa fez sua estreia na 44ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, na qual foi um dos três filmes mais vistos pelo público, e, depois, foi exibido no Festival de Vitória, de onde saiu com os prêmios de melhor roteiro, interpretação feminina (Simone Spoladore) e menção honrosa para a fotografia (Mauro Pinheiro Júnior, ABC).

Desde então, o  “O LIVRO DOS PRAZERES” viajou pelo mundo, e foi exibido em diversos festivais, tendo sido premiado no BAFICI (Argentina/2021) – Competição Americana, melhor atriz (Simone Spoladore) e menção honrosa em longa metragem; no 013 Cinecitta International Film Festival Tilburg (Holanda/2021), prêmio do público; e os prêmios de melhor roteiro, melhor atriz e menção honrosa em fotografia no 27º Festival de Vitória;

Este ano, o filme também teve premières no Canadá, na Europa e na Ásia, e no mais recente Festival de Cannes foi distribuído para os Estados Unidos, Israel e Japão. Segundo a revista americana Variety, o filme faz parte da safra de primeiros filmes de uma nova geração de jovens cineastas brasileiras, um dos fenômenos mais interessantes vistos atualmente no cinema da América Latina.

Sobre o filme:

O LIVRO DOS PRAZERES’ acompanha Lóri (Simone Spoladore), uma professora que vive a monotonia de uma rotina de trabalho e relacionamentos furtivos até que conhece Ulisses (Javier Drolas), um professor de filosofia argentino, egocêntrico e provocador. É com ele que Lóri aprende a amar enfrentando sua própria solidão. Uma jornada de investigação íntima, de cara a cara com a angústia e a dor, numa trajetória só possível pelo encontro, troca e aprendizado entre os dois.

O filme é um romance psicológico erótico sobre o ponto de vista de uma mulher contemporânea em busca de conexões afetivas reais”, coloca a diretora Marcela Lordy, que completa, “ Ele fala sobre a autorrealização feminina numa sociedade patriarcal. A vontade de adaptar ‘Uma Aprendizagem ou Livro dos Prazeres’ para o cinema surgiu da minha necessidade de olhar mais de perto para a velocidade com que as relações afetivas se formam e se desfazem nos dias de hoje. Estava morando sozinha pela primeira vez quando me deparei com Lóri e seus desafios existenciais da maturidade. Ao ler o livro, senti que havia algo sagrado ali sobre o amor que ainda precisava ser resgatado”, completa. Algo difícil, não só na literatura da época, mas ainda nos dias de hoje, mais de 50 anos após a publicação do livro.

O “O LIVRO DOS PRAZERES” acompanha Lóri em sua descoberta de si, do outro e do mundo. Um cinema da normalidade, das coisas não-extraordinárias, propondo, no entanto, um olhar extraordinário sobre o cotidiano. Esta narrativa sensorial sugere a possibilidade de uma relação amorosa estável desconstruindo o mito do amor romântico no qual a obrigação de fazer o outro feliz sai do cônjuge e vai para o indivíduo e suas escolhas.

“No momento em que o cinema brasileiro vive um processo de desmonte e asfixia de recursos, o filme rodado no Rio de Janeiro, – em locações presentes no livro como a orla da praia do Leme e a Floresta da Tijuca, – já se torna resistência no cinema autoral.”, diz a diretora. Desde a primeira versão do roteiro, o papel de Lóri já era da atriz Simone Spoladore, com quem Marcela Lordy trabalhou anteriormente no telefilme A Musa Impassível e no curta metragem Sonhos de Lulu. Já o ator argentino Javier Drolas entrou no projeto por seu talento, proximidade com a cultura brasileira e pelo fato do “O LIVRO DOS PRAZERES” ser uma coprodução com a Argentina.

Com roteiro da também argentina Josefina Trotta, em parceria com a própria diretora Marcela Lordy, e com produção de Deborah Osborn e Marcela Lordy, “O LIVRO DOS PRAZERES” conta com a fotografia de Mauro Pinheiro, direção de arte de Iolanda Teixeira, montagem da argentina Rosário Suárez e trilha sonora original de Edson Secco. O longa tem participação especial da artista plástica Letícia Ramos criando os intertítulos do filme em 16mm, do artista visual Pedro Cezar Ferreira nas aquarelas e do fotógrafo Wladimir Fontes, que criou a imagem do pinhole e fotos still que aparecem ao longo do filme. A distribuição no Brasil é da Vitrine Filmes.

FICHA TÉCNICA

Direção: Marcela Lordy

Elenco: Simone Spoladore (Lóri), Javier Drolas (Ulisses), Felipe Rocha (Davi), Gabriel Stauffer (Carlos), Martha Nowill (Luciana) e Teo Almeida (Otto)

Participação Especial: Leandra Leal, Julia leal Youssef e Ana Carbatti

Produção: Deborah Osborn, Marcela Lordy, Felipe Briso e Gilberto Topczewski

Coprodução: Hernán Musaluppi, Natacha Cervi e Marcello Ludwig Maia

Produtoras Associadas: Camila Nunes, Simone Spoladore

Roteiro: Josefina Trotta e Marcela Lordy

Direção de Fotografia: Mauro Pinheiro Jr, ABC

Montagem: Rosário Suárez, SAE

Desenho de Som e Música Original: Edson Secco

Direção de Som: Federico Billordo

Direção de Arte: Iolanda Teixeira

Produção Executiva: Marcello Ludwig Maia, Deborah Osborn, Camila Nunes e Rocío Scenna

Direção de Produção: Manuela Duque

Assistência de Direção: Renata Braz

Produção de Elenco: Marcela Altberg e Gustavo Chantada

Preparação elenco: Tomás Rezende

Empresas Produtoras: bigBonsai e Cinematográfica Marcela

Empresas Coprodutoras: Rizoma, República Pureza e Canal Brasil

Distribuidora: Vitrine Filmes

SOBRE CLARICE LISPECTOR

Reconhecida pela crítica literária brasileira e estrangeira como uma das maiores escritoras do século XX, Clarice Lispector mudou os rumos da narrativa moderna com uma escrita singular, passando por diversos gêneros, do conto ao romance, da crônica à dramaturgia, da entrevista à correspondência e, também, pelas páginas femininas.

Clarice nasceu em 1920, na Ucrânia, então uma das repúblicas da extinta União Soviética. De família judia, chegou ao Brasil com os pais e mais duas irmãs em 1922, sendo posteriormente naturalizada brasileira. Morou primeiro em Maceió e depois em Recife, onde passou a infância. Perdeu a mãe em 1930 e, cinco anos depois, o pai mudou-se com as filhas para o Rio de Janeiro. No Rio, Clarice formou-se em Direito, trabalhou como jornalista e iniciou sua carreira literária com o romance Perto do coração selvagem, em 1943. Viveu muitos anos no exterior, em função do casamento com o diplomata Maury Gurgel Valente, com quem teve dois filhos, Pedro e Paulo. Clarice morreu em 9 de dezembro de 1977, no Rio de Janeiro, um dia antes de completar 57 anos.

Em 1998, a Rocco adquiriu os direitos de publicação da obra de Clarice Lispector, relançando todos os seus livros, inclusive os textos infantis e infantojuvenis, em um projeto especial que incluiu padronização gráfica e rigorosa revisão dos textos, baseada na primeira edição de cada título. Em 2020, ano de seu centenário, a editora lançou novas edições de sua obra com capas ilustradas com pinturas feitas por Clarice e projeto gráfico do premiado designer Victor Burton, além do aguardado “Todas as cartas”, obra que reúne correspondências da escritora. Em 2021, Clarice ganhou uma nova biografia de autoria da professora Teresa Montero – “À procura da própria coisa” traz informações e fotos inéditas e se torna a biografia mais completa até o momento sobre a escritora. Além disso, no dia 10 de dezembro, quando Clarice completaria 101 anos, será lançado um box comemorativo reunindo todos os 18 livros.

SOBRE A DIRETORA

Marcela lordy é diretora, roteirista e produtora. Graduada em cinema na FAAP, estudou direção de atores na EICTV, em cuba, e trabalhou com importantes autores do cinema brasileiro. Sua produção transita entre o cinema, a televisão e as artes visuais como revelam seus filmes ‘Sonhos de Lulu’ (2009), ‘A Musa Impassível’ (2010), ‘Aluga-se’, ‘Ouvir o Rio: uma escultura sonora de Cildo Meireles’ (2012) e ‘Ser O Que Se É’ (2018) premiados em diversos festivais mundo afora. Em 2012, fundou a Cinematográfica Marcela, uma produtora independente, de caráter cultural, com a finalidade de coproduzir os filmes de sua autoria. Professora, júri e parte da comissão de seleção de festivais e editais, em 2022 lança ‘O Livro dos Prazeres’, seu 1º longa-metragem de ficção. Segundo a revista americana Variety, o filme faz parte da safra de primeiros filmes de uma nova geração de jovens cineastas brasileiras que é um dos fenômenos mais interessantes vistos atualmente no cinema da América Latina.

Filmografia

:: O Amor e a Peste, 2021, Brasil, 60’, ficção, Hd

:: O Livro Dos Prazeres, 2020, Brasil, 1h40, Ficção, Dcp

:: Ser O Que Se É, 2018, Brasil, 7′, Ficção, Hd

:: Aluga-se, 2012, Brasil, 15’, Ficção, Dcp

:: Ouvir O Rio, 2011, Brasil, 79’, Documentário, Dcp

:: A Musa Impassível, 2010, Brasil, 52′, Ficção, Hd

:: Sonhos De Lulu, 2009, Brasil, 15’, Ficção, Hd

www.marcelalordy.com

SOBRE A PRODUÇÃO

“O LIVRO DOS PRAZERES” é uma coprodução internacional entre o Brasil e a Argentina. O filme é o primeiro longa-metragem de ficção da bigBonsai, que já possui vasta experiência na produção de documentários, conteúdo para marcas e programas de TV e da Cinematográfica Marcela, produtora criada pela diretora para coproduzir os filmes de sua autoria. A Rizoma Films é uma das mais importantes produtoras argentinas da atualidade, sendo responsável por filmes de forte repercussão internacional como “Medianeras” (Gustavo Taretto) e “Whisky” (Pablo Stoll e Juan Pablo Rebella). Já a coprodutora carioca República Pureza é conhecida como uma das mais importantes produtoras de cinema autoral do país. O filme também conta com a coprodução do Canal Brasil.

DISTRIBUIÇÃO / VITRINE FILMES:

A Vitrine Filmes, em dez anos de atuação, já distribuiu mais de 160 filmes e alcançou mais de quatro milhões de espectadores. Entre seus maiores sucessos estão ‘O Som ao Redor’, ‘Aquarius’ e ‘Bacurau’ de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. Outros destaques são ‘A Vida Invisível’, de Karim Aïnouz, representante brasileiro do Oscar 2020, ‘Hoje Eu Quero Voltar Sozinho’, de Daniel Ribeiro, e ‘O Filme da Minha Vida’, de Selton Mello. Entre os documentários, a distribuidora lançou ‘Divinas Divas’, dirigido por Leandra Leal e ‘O Processo’, de Maria Augusta Ramos, que entrou para a lista dos 10 documentários mais vistos da história do cinema nacional.

Além do cinema nacional, a Vitrine Filmes vem expandindo o seu catálogo internacional ao longo dos anos, tendo sido responsável pelo lançamento dos sucessos “O Farol”, de Robert Eggers, indicado ao Oscar de Melhor Fotografia; “Você Não Estava Aqui”, dirigido por Ken Loach, e premiado com o Oscar de Melhor Filme Internacional 2021: ‘DRUK – Mais uma rodada’, de Thomas Vinterberg.

Em 2021, a Vitrine Filmes apresenta mais novidades, começando a atuar diretamente na produção audiovisual e também na capacitação de profissionais, com o programa de formação Vitrine Lab. Entre as estreias deste ano estão a Sessão Vitrine edição especial de 10 anos com lançamento coletivo de quatro longas, entre eles “A Torre”, de Sérgio Borges, “Entre Nós, um Segredo”, de Beatriz Seigner e Toumani Kouyaté, “Chão”, de Camila Freitas e “Desvio”, de Arthur Lins; o novo documentário sobre o impeachment da Dilma, “Alvorada”, de Anna Muylaert e Lô Politi; “First Cow”, da diretora Kelly Reichardt; “O Livro dos Prazeres”, de Marcela Lordy e muitos outros títulos.

SALES / M_APPEAL:

Fundada em 2008, a m-appeal é uma sales company bem estabelecida no mercado internacional. Com uma curadoria cuidadosa de cerca de 8 filmes por ano, se concentra principalmente em filmes internacionais de art-house, cinema de gênero, e também tem um interesse particular pelo cinema queer. De mãos dadas com os cineastas, a sales pretende cultivar novos talentos e desenvolver artistas ilustres. Posicionando estrategicamente cada lançamento, possibilita visibilidade através de sua network extensa e uma forte exposição em festivais.

Veronica Moreira
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