Sobre os calendários: a sutil arte da reflexão sobre o término dos ciclos
INTRODUÇÃO
Na atualidade existem aproximadamente 40 calendários em uso no mundo.
Eles são classificados em três tipos:
1 – Solares: baseados no movimento da Terra em torno do Sol (exemplo: calendário cristão);
2 – Lunares: baseados no movimento da Lua (exemplo: calendário islâmico);
3 – Lunisolares: os anos estão relacionados com o movimento da Terra em torno do Sol e os meses com os movimentos da Lua em torno da Terra (exemplo: calendário hebreu).
Nós humanos seríamos capazes de viver sem marcar o tempo? Temos sim, necessidades psicológicas de marcar o tempo, destarte como na prática, é mais simples vivermos marcando o tempo. Marcamos o tempo tomando por base um evento físico que se repete de uma mesma forma, em um mesmo intervalo de tempo. Usamos então, esse intervalo como padrão.
O QUE É UM CALENDÁRIO?
Podemos afirmar que um calendário é um conjunto de unidade de tempo (dias, meses, estações, ano), organizado com o objetivo de medir e registrar eventos ao longo de ‘grandes períodos’.
Desde a Pré-História, os homens se preocupavam em marcar o tempo. Na Europa, há 20.000 anos, caçadores escavavam orifícios e riscavam traços em pedaços de ossos e madeira para contar os dias.
Há 4000 anos, na Babilônia, havia um calendário com um ano de doze meses lunares que se alternavam em 29 e 30 dias, num total de 354 dias .
Os Egípcios inicialmente fizeram um calendário baseado nos ciclos lunares, porém depois notaram que quando o Sol aproximava-se da “Estrela do Cão” (Sírius), estava próximo do Nilo inundar. Notaram que isso acontecia em ciclos de 365 dias. Com base nesse conhecimento, fizeram um calendário com um ano de 365 dias, possivelmente inaugurado em 4.236 a. C . Essa é a primeira data registrada na história.
Quando Cabral chegou no Brasil, encontrou os nossos índios medindo o tempo pelos ciclos lunares.
Em geral, os calendários se baseiam nos ciclos do Sol e/ou da Lua . O calendário dos maias é exceção (2000 a 1500 a.C). Além do Sol e da Lua, baseavam-se também no planeta Vênus.
CALENDÁRIOS CRISTÃOS
Os calendários cristãos possuem anos de 365 ou 366 dias, divididos em 12 meses que não estão relacionados ao movimento da Lua.
Paralelamente a esse sistema, flui o conceito de ‘semana’, em que os dias estão agrupados em conjuntos de sete, que vão se sucedendo sem manter relação direta com a Lua, o Sol ou qualquer outro astro. Possivelmente, o conceito de semana surgiu da necessidade religiosa de se homenagear cada uma das sete divindades astronômicas então conhecidas (Sol, Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno), com um dia diferente para cada.
São dois os calendários cristãos ainda em uso no mundo.
O calendário juliano foi proposto por Sosígenes, astrônomo, e introduzido por Júlio César em 45 a.C.. Foi usado pelas igrejas e países cristãos até o século XVI, quando começou a ser trocado pelo calendário gregoriano. Alguns países, como a Grécia e a Rússia, o usaram até o século passado. Ainda é usado por algumas igrejas ortodoxas, entre elas a Igreja Russa.
O calendário gregoriano foi proposto por Aloysius Lilius, astrônomo, de Nápoles, e adotado pelo Papa Gregório XIII, seguindo instruções do Concílio de Trento (1545-1563). A diferença entre esses dois calendários está na duração considerada do ano (365, 25 dias no Juliano e 365/2425 dias no gregoriano) e nas regras para recuperação do dia perdido, acumulado durante os anos, devido à fração de dias na duração do ano considerada.
Note que, atualmente, sabemos ser a duração do ano tropical de 365/242190 dias. Devido às diferenças entre as durações do ano consideradas nesses dois calendários e a duração verificada, o ano tropical se defasa de 1 dia a cada 128 anos no calendário juliano, e a cada 3.300 anos no calendário gregoriano.
O calendário juliano estava 10 dias atrasado em relação ao ano tropical quando o calendário gregoriano foi decretado. Por isso, constou da bula papal que 10 dias do mês de outubro deveriam ser ‘pulados’, passando o calendário do dia 4 de outubro imediatamente para o dia 15. Os dias 5 a 14 de outubro de 1582 não constam da história daqueles países que, imediatamente, adotaram o novo calendário (Portugal, Espanha, Itália e Polônia).
CALENDÁRIO GREGORIANO
No calendário gregoriano, o ano é considerado como sendo de 365 + 97/400 dias (365/2425 dias). Assim sendo, neste calendário, existem 97 anos de 366 dias (que chamamos de bissextos), em cada período de 400 anos.
Os anos bissextos são determinados pelas seguintes regras:
1 – Todo ano divisível por 4 é bissexto;
2 – Todo ano divisível por 100 não é bissexto;
3 – Todo ano divisível por 400 é bissexto.
O item 3 prevalece em relação ao item 2, que por sua vez prevalece em relação ao item 1.
Os anos são formados por meses, constituídos por 30 ou 31 dias, com exceção de fevereiro, constituído por 29 dias nos anos bissextos e 28 nos demais anos.
DATA ORIGEM
Uma vez estabelecido como será um determinado calendário, surge outra questão: quando cairá o primeiro dia do mesmo?! Afinal, a que dia da história corresponderia o dia primeiro de janeiro do ano um?
O calendário cristão surgiu no ano 532 da nossa era. Estávamos no ano 248 da era diocleciana (os anos eram julianos e estavam sendo contados a partir de um decreto de Diocleciano), quando Dionysius Exiguus, um calculista do papa (era ele quem fazia os ‘complicados’ cálculos para a determinação da Páscoa), sugeriu que a contagem dos anos tivesse início no ano do nascimento de Cristo; não são conhecidos os cálculos, provas, etc. que Dionysius teve para fixar o nascimento de Cristo (erradamente) 532 anos atrás, no dia que passou a ser 25 de dezembro do ano um.
O início da era cristã ficou sendo, desta maneira, 359 dias antes daquele que Dionysius presumiu ser o dia do nascimento de Cristo.
Atualmente, o Calendário mais usado no mundo é o calendário Gregoriano. Ele é o calendário solar pelo qual contamos os anos, meses, semanas e dias, e tem como base as estações do ano.
Foi criado na Europa em 1582, por iniciativa do Papa Gregório XIII. Este calendário surgiu com o escopo de corrigir o calendário juliano.
ORIGEM DO NOME
A palavra calendário vem do Latim ‘calendarium’, que significa ‘livro das calendas’. Este era o livro utilizado para contar os dias das festividades religiosas, marcadas no início de cada mês lunar na Roma Antiga.
O calendário é chamado gregoriano em homenagem ao Papa Gregório XIII, seu criador; ele é o utilizado no Brasil e na maioria dos países.
Ex positis, concluímos que o tempo está passando depressa, e urge que façamos mudanças em nossas vidas. A reflexão diária, necessária se faz. Partindo da premissa de que ‘amanhã será sempre um dia melhor’ (ditado popular), sentimos que precisamos aprender a fechar os nossos ciclos e renovar nossas vidas; isto se faz necessário, para que o novo entre em nossas vidas. Os dias estão sendo difíceis e tristes, então é bom saber que teremos um novo ciclo; isso nos enche de alegrias e esperanças.
Quando temos a certeza de que podemos começar de novo, simbolicamente podemos dizer que a vida está nos proporcionando oportunidade para ser feliz.
Não é por acaso que temos diferentes calendários no mundo; muitas formas de contar o tempo; independente deles, o conceito de reinício é universal.
Hoje é UM NOVO DIA, é hora de renovarmos esperanças, ajustarmos pendências, fazermos um balanço da vida, e, com clareza, refletirmos sobre aprendizagens, erros e entrarmos 2022 sem pendências.
Fechar o ciclo! É importante.
Perdoar é preciso.
Ler é importante.
A prece consciente é importante.
Mas é imprescindível que sejamos felizes.
Sandra Vasconcelos
sandraluzalbits@gmail.com
Fontes: WIKPEDIA, A enciclopédia livre.
‘Pílulas inspiradoras do bem’, MELO, Ricardo.
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Natural de Teresópolis (RJ), é poetisa, escritora e Educadora Infantil. É Acadêmica da ACILBRAS, da AIL e da FEBACLA; é Acadêmica Correspondente da Academia Caxambuense de Letras e da Academia de Letras de Teófilo Otoni, e Membro Efetivo da Sociedade Brasileira dos Poetas Aldravianistas (SBPA). Também pertence à ALB e a ABC, ambas virtuais. Recebeu Menção Honrosa no I Concurso de Poesia Junina e obteve o 9º lugar no XXXIV Concurso de Poesia Brasil dos Reis, (Ateneu Angrense de Letras e Artes). Foi homenageada com a Comenda Acadêmica Láurea Qualidade Ouro, a mais alta comenda da FEBACLA – Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes e com o Prêmio Cidade São Pedro de Aldeia de Literatura. Participou de dezenas de Antologias Poéticas. No início de 2019 lançou seu primeiro livro solo, ‘Alma de Poeta’ (Editora Areia Dourada), que recebeu o Troféu Monteiro Lobato como o melhor livro de poesia, no evento ‘Melhores do ano 2019’ (LITERARTE), e recentemente, lançou seu segundo , ‘Simplesmente Poemas’, com o selo AIL.