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Fernando Matos: 'Eu sobrevivi à covid-19…

Fernando Matos

Eu sobrevivi à covid-19…

Foto: Google Imagens

Com a Benção do Grande Pai e Único, eu sobrevivi à COVID-19. Gostaria muito de dizer essa frase na primeira pessoa do plural: “Nós sobrevivemos à COVID-19”, mas, infelizmente, ainda falta um pouco para gritarmos isso aos quatro cantos do mundo. Principalmente porque ainda falta o entendimento da palavra ‘empatia’. o que me fez lembrar de um acontecido durante o meu trabalho de enfermagem há muito tempo e que repasso para vocês no ‘Contos da Enfermagem’ abaixo. A falta de empatia é um problema global de várias gerações.

Cuidar e Cuidado Nunca é Demais

O que é empatia?

No dicionário, uma das definições diz que ela é a capacidade de se identificar com outra pessoa, de sentir o que ela sente e de querer o que ela quer. Em resumo, poderíamos dizer que ter empatia é se colocar no lugar do outro….*

Essa pandemia (2020/2022) fez-me lembrar de que ter empatia e ser empático são coisas completamente diferentes. No básico, ter empatia é se colocar no lugar da outra pessoa. Isso na pandemia foi assunto de diversas mídias e bate-papos entre pessoas na sociedade. Contudo, essa não é uma palavra nova e ter esse tipo de atitude deveria ser um padrão social, mas não é ou talvez nunca foi.

Lembro-me bem de um ocorrido enquanto eu estava como preceptor de enfermagem de uma turma de graduação em um hospital de grande porte aqui da Cidade do Recife/PE., onde me deparei com situações no mínimo aterrorizantes.

Isso aconteceu há mais de 10 anos, estávamos começando o estágio no setor de Tisiologia com bastantes pacientes  crônicos e já era regra lavar bem as mãos (sempre), manter distanciamento seguro paciente/profissional de saúde, usar máscara apropriada para o setor.

Para quem não sabe o que um setor de Tisiologia: “Parte da Medicina que estuda a tuberculose.” Como todo bom ser humano, o medo faz parte para poder enfrentar certos desafios e os alunos, mesmo temerosos, encararam com êxito o setor acima citado. Era uma ala dividida em setor feminino e setor masculino com duas enfermarias e resolvemos no primeiro dia ficar no setor masculino. Começamos as visitas de enfermagem com estudos dos prontuários, depois seguimos para exames físicos e durante esses procedimentos vimos passar uma jovem bonita, aparentemente saudável, de um corpo bem definido que chamou a atenção de todos os alunos de enfermagem que eu estava acompanhando. Uma das alunas chegou a perguntar: “Professor, o que essa jovem faz aqui nesse setor e sem máscara? Ela não parece estar doente, mas pode ficar, não é?” Respondi de forma afirmativa e uma das técnicas de enfermagem ao ouvir a conversa foi chegando junto e dizendo: “Quem vê cara não vê coração professor, “essa jovem de quem vocês estão falando pode ser bonita, ter um corpo de chamar a atenção, mas é portadora da bactéria que causa a tuberculose e ela também é portadora do vírus do HIV/Aids. O pior é que ela diz em alto e bom som que não vai morrer só e vive fazendo sexo com todos os homens”.

Essa narrativa me deixou perplexo e depois de mostrar minha indignação sobre o assunto perguntei como poderiam fazer sexo em um hospital e ainda por cima doentes? A técnica de enfermagem informou algo muito mais grave: que a noite como é um hospital público e fica muito escuro e sem segurança ‘alguns’ pacientes chegam a fazer o que querem, do sexo, ingerir bebidas alcoólicas até consumir maconha. Como disse acima, isso aconteceu há muito tempo e nos dias atuais fiquei sabendo que a vigilância é mais rigorosa durante as 24 horas, o que dá mais segurança tanto para os pacientes como para os profissionais de saúde que trabalham principalmente no turno da noite.

Então, é de espantar que a falta de ‘empatia’ não é de hoje? Não, até porque escutamos no dias atuais frases como: “Eu estou doente com COVID-19, e daí? Vou continuar minha vida normal”; “Todo mundo vai morrer um dia”, entre outras…

A verdade é que precisamos ter uma educação básica familiar para poder viver bem em comunidade. Como diz bem um ditado antigo: “Costume de casa vai a praça”. Cuidar é uma arte e consegue trazer para nós, profissionais de saúde, satisfação e alegria toda vez que um paciente recebe alta e segue sua vida com a saúde controlada. Ter cuidado, isso requer uma atenção sempre e contínua porque não sabemos o que iremos encontrar nas esquinas do mundo. Lembrando também que nem todo rostinho bonito é um sinal de boa saúde como relatamos no episódio passado no hospital público. Ser empático exige muita atenção em querer ajudar, ter postura empática, criar vínculo que fortaleçam a inteligência de uma relação segura para ambas as partes.

Ninguém vive só e sempre haverá um Ser Superior para julgar todos nós…

*  https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/12/07/empatia-o-que-e-e-como-desenvolver-para-melhorar-suas-relacoes.htm?cmpid=copiaecola

Fernando Matos

Enfermeiro e Poeta Pernambucano

(Direitos reservados ao autor da obra)

Vamos Pensar:

– A empatia bem que poderia ser o alimento espiritual de muita gente… A fome é grande, mas a gratidão é pouca. (Fernando Matos)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sergio Diniz da Costa
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