Mostra multimídia de 20 artistas poderá ser visitada gratuitamente até o dia 9 de abril no Espaço Fonte, na Vila Madalena
A inquietação dos dias atuais é o cerne da exposição “Romper a superfície é abrir um rio para dentro”, promovida pelo Hermes Artes Visuais, que será aberta no dia 12 de março, às 11h, no Espaço Fonte, em São Paulo. A mostra multimídia tem entrada gratuita e pode ser visitada até o dia 9 de abril. Com organização de Carla Chaim, Nino Cais e texto crítico da curadora Paloma Durante, reúne trabalhos de 20 artistas, criados especialmente para o evento, que se encontram semanalmente para debater a produção de suas obras e os desafios do cenário artístico.
O Hermes Artes Visuais é um espaço de arte independente que há 11 anos promove, através de cursos, debates, exposições e outras propostas coletivas, o amadurecimento crítico de artistas em diversas fases de sua produção. O coletivo de 20 artistas que integram a mostra se reúne semanalmente há cerca de três anos e desde o ano passado se debruçou sobre a proposta de traduzir em arte a relação do indivíduo com as marcas e cicatrizes deixadas pela instabilidade atual do país e do mundo.
Os artistas vivem em diferentes regiões do Brasil como São Paulo, Bahia e Goiás, entre outras. “A mostra é uma representação dos dilemas, conceitos, provocações que a gente tem, como são essas trocas, como os diálogos se tornam cicatrizes nesses tempos que demandam novas posturas”, apontou Carla Chaim. Segundo ela, toda a discussão converge em representações artísticas de técnicas variadas, como vídeos, fotografias, pinturas, desenhos, sites specifics e performances que vão acontecer no local.
Cada artista produziu de um a três trabalhos para serem exibidos na mostra. As obras estarão à venda. A exposição leva para o público a concretização de um projeto que é ao mesmo tempo individual e coletivo, baseado nas perspectivas de cada artista, mas também resultado das visões conjuntas trabalhadas durante os encontros semanais. “É o processo de criação de cada um, mas também é um processo de criação coletivo, revelando a potência criativa pessoal e global”, resumiu Nino Cais.
De acordo com Carla Chaim, “Romper a superfície é abrir um rio para dentro” busca divulgar os trabalhos dos artistas e também fomentar relações entre o público e as obras. “A arte precisa do artista, precisa da obra de arte e precisa do espectador. Nessa tríade, o trabalho se forma, se potencializa e se transforma”, afirmou. Em 11 anos de atividade, a Hermes Artes Visuais já promoveu mais de 40 exposições, concretizando obras de cerca de 60 artistas que integram o projeto.
Romper a superfície é abrir um rio para dentro
Artistas:
Adriana Amaral – Ribeirão Preto – SP
Ana Rey – Córdoba – Argentina – Vive em São Paulo – SP
André Felipe Cardoso – Goiás – GO
Cassia Cola – Araçatuba – SP – Vive em Ribeirão Preto – SP
Cristina Lisot – Caxias do Sul – RS
Cynthia Loeb – São Paulo – SP
Debora Rayel Eva – Santos – SP – Vive em São Paulo – SP
Guilherme Borsatto – São Paulo – SP
Jota Testi – Barreiras – BA – Vive em Taguatinga – DF
Luana Lins – São Paulo – SP
Luiza Lavorato – Belém – PA – Vive em São Paulo – SP
Marinalva Rosa – Imbé de Minas – MG
Michelle Rosset – São Paulo – SP
Miriam Bratfisch Santiago – Sorocaba – SP – Vive em São Paulo – SP
Patrícia Abbott – Brasília – DF
Simone Dutra – Rio de Janeiro – RJ – Vive em São Paulo – SP
Simone Fontana Reis – São Paulo – SP
Sofia Saleme – São Paulo – SP
Susy Miranda Aziz – São Paulo – SP
Yohana Oizumi – Rubiataba – GO – Vive em São Paulo – SP
Organização:
Carla Chaim e Nino Cais
Texto crítico:
Paloma Durante
Realização:
Hermes Artes Visuais
Produção:
Maria Livman, Niki Nomura e Sofia Saleme
Abertura:
12 de março, das 11h às 18h
Visitação:
De 12 de março até 9 de abril
De quarta à sábado, das 11h às 18h
Entrada gratuita
Local:
Espaço Fonte
Rua Mourato Coelho, 751
Vila Madalena
São Paulo
Patrocínio:
Becks
Sobre Carla Chaim
Artista visual, gestora e orientadora do Hermes Artes Visuais, é mestranda na ECA – USP. Produz trabalhos em diversas mídias, nos quais busca ultrapassar os limites da concepção tradicional do desenho, que aparece como vestígio da ação do corpo sobre um determinado suporte. Carla participou de diversas residências artísticas, entre elas AnnexB, Nova Iorque (2018), e The Banff Centre for the Arts, Canadá (2010). Entre seus projetos atuais, destacam-se a individual Febre, na Galeria Raquel Arnaud, São Paulo (2021); Ella, na Fernando Pradilla Galería, Madri, Espanha (2020), e a instalação da arena/palco para as apresentações de performances em Histórias da Dança, MASP, São Paulo (2020), quando teve sua obra adquirida pelo acervo do museu. Carla Chaim recebeu no Brasil prêmios como CCBB Contemporâneo e FOCO Bradesco ArtRio, ambos em 2015, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Em anos anteriores recebeu Prêmio Funarte de Arte Contemporânea e Prêmio Energias na Arte. Em 2016, Carla foi nomeada para o Future Generation Art Prize, onde, em 2017, apresentou instalações e fotografias no Pinchuk Art Centre, em Kiev, na Ucrânia, e no Palazzo Contarini Polignac, em Veneza, na Itália, em um evento colateral à Bienal de Veneza. Sua obra faz parte de coleções como Ella Fontanals-Cisneros, Miami, USA; Museu de Arte do Rio – MAR, Rio de Janeiro; Pinacoteca do Estado de São Paulo; e Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, Brasília.
Sobre Nino Cais
Artista visual e orientador no Hermes Artes Visuais, faz uso de elementos da vida cotidiana associados à imagem do corpo humano, muitas vezes do próprio artista, sobrepondo essas figuras em colagens, vídeos, fotografias, desenhos e objetos tridimensionais. Nino Cais fez exposições individuais como: Poema a Dois/Cartas Queimadas, na Fonte, em São Paulo (2021); A Fábrica do Corpo Humano, Casa Triângulo, São Paulo (2020); Don’t Turn of the Light, Fridman Gallery, Nova York, EUA (2018); Ópera do Vento, Casa Triângulo, São Paulo (2017); Central Galeria, São Paulo; e Gachi Prieto Gallery, Buenos Aires, Argentina (2015). Exposições coletivas selecionadas: Coleção Sartori – A arte contemporânea habita Antônio Prado, curadoria de Paulo Herkenhoff, MARGS – Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre (2022); Táticas do Desaparecimento, Paço das Artes, São Paulo (2021); Transbordar: Transgressões do bordado na Arte, SESC Pinheiros, São Paulo (2020); Pinacoteca: Acervo, Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo (2020); Against, Again: Art Under Attack in Brasil, Anya and Andrew Shiva Gallery, Johnfoy College, Nova York, EUA (2020); O que meu corpo sabe: Fotografias em fricção no EAV Parque Lage e Memória Coleção Parque Lage, EAV Parque Lage, Rio de Janeiro (2019); Waving and Wavering, Maryland Art Place, Baltimore, EUA (2018); Ação e Reação, Casa do Brasil, Setor Cultural da Embaixada do Brasil, Madri, Espanha (2018); Queermuseu – cartografias da diferença na arte da brasileira, Santander Cultural, Porto Alegre (2017). Foi premiado em Mapeado no Rumos Artes Visuais, São Paulo; Prêmio Aquisitivo, Acervo MARP, Ribeirão Preto; Destaque, Bolsa Iberê Camargo, Porto Alegre; Prêmio de Artes Plásticas Marcantônio Vilaça, FUNARTE, São Paulo. Sua obra está em coleções públicas como Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro; Museu de Arte Moderna de São Paulo; Pinacoteca do Estado de São Paulo; Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo; entre outras.
Sobre o Hermes Artes Visuais
Espaço independente que, desde 2011, tem atuado na lacuna existente entre a formação e o mercado. Por meio de cursos, debates, exposições, propostas coletivas, residências artísticas e dos grupos de acompanhamento de projetos, tem buscado promover o amadurecimento crítico do artista, em um espaço onde práticas teóricas estão vinculadas à produção artística. Dirigido pela artista Carla Chaim, o Hermes se tornou um ambiente para compartilhar conhecimentos e experiências em diferentes níveis e configurações, proporcionando vivências, estímulos e formação complementar para os artistas, além de ser uma plataforma capaz de impulsionar e intensificar a arte na vida das pessoas: ampliando o olhar e tornando-o mais crítico e sensível. Atualmente, o Hermes atua com três grupos regulares de Acompanhamento de projetos, orientados pelos artistas Carla Chaim, Marcelo Amorim e Nino Cais. Com isso, recebe semanalmente cerca de 50 artistas frequentadores do espaço. Além dos grupos regulares, há uma programação de falas, cursos e oficinas, sempre voltados para a produção contemporânea.
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Verônica Kelly Moreira Coelho, natural de Caratinga/ MG, é mais conhecida no meio cultural e acadêmico como Verônica Moreira. Autora dos livros ‘Jardim das Amoreiras’ e ‘Vekinha Em… O Mistério do Coco’. Baronesa da Augustissima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente. Acadêmica Internacional e Comendadora da FEBACLA – Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências Letras e Artes e Delegada Cultural. Acadêmica Correspondente da ACL- Academia Cruzeirense de Letras. Acadêmica da ACL- Academia Caxambuense de letras. Acadêmica Internacional da AILB. Acadêmica Efetiva da ACL- Academia Caratinguense de Letras. Acadêmica Fundadora da AICLAB e Diretora de Cultura. Embaixadora da paz pela OMDDH. Editora Setorial de Eventos e colunista do Jornal Cultural ROL e colunista da Revista Internacional The Bard. Coautora de várias antologias e coorganizadora das seguintes antologias: homenagem ao Bicentenário do romancista e filosofo russo Fiódor Dostoiévski, Tributo aos Grandes Nomes da Literatura Universal e Antologia ROLiana. Instagram: @baronesa.veronicamoreira