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Edna Froede é a mais nova colunista do Jornal Cultural ROL!

Edna Froede

Professora e psicopedagoga, Edna Froede é também uma navegante das letras!

Edna Froede, natural de Vitória (ES), é professora, psicopedagoga e poetisa.

É acadêmica da FEBACLA – Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e História e da AIAP – Academia Intercontinental de Artistas e Poetas.

Foi agraciada pela FEBACLA com o títulos de Embaixadora da Paz e o título honorífico de Marquesa, e, pela OMDDH – Organização Mundial dos Defensores dos Direitos Humanos, bem como pelo CSAEFH – Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos, com o título Dra. Honoris Causa em Educação e Teologia.

É coautora de 15 antologias e colunista do Internet Jornal.

Edna Froede inaugura sua contribuição no ROL com o poema ‘Aracelis’

ARACELIS

Foto por Edna Froede

Menina doce, oito aninhos… Estudiosa, disciplinada, responsável. Anjo em forma de criança, que tinha na vida e nas pessoas, confiança.

Certa feita, tão amorosa, enquanto aguardava seu ônibus de volta para o seu lar, com um gatinho em seu colinho, demonstrando um pouco do seu muito carinho, pela última vez foi vista.

Araceli, o que lhe aconteceu naquele final de semana e dias que sucederam com seu desaparecimento? Caso que repercutiu por todo o nosso país, de norte a sul, no ano de 1973.

A pergunta era: Onde está Araceli? O que aconteceu com ela? Encontrada foi, desfigurada por soda cáustica, num canto qualquer, jogada em meio a um matagal, nos fundos de um terreno baldio de um hospital.

Araceli, fica o sentimento de dor, a vontade de lhe proteger de tamanha crueldade que um ser humano consegue cometer. Ou vários, vai saber…

Caso arquivado, pessoas poderosas supostamente envolvidas nesse assassinato e que podem ser inocentes, ou não, quem sabe? Só Aquele que tudo vê e que, um dia, eu creio, far-lhe-á justiça.

Porém, Araceli linda, para uma grande causa serviu seu sofrimento: dezoito de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infanto-juvenil.

Embora linda, meiga e inocente, Araceli, você tenha ficado três anos numa fria gaveta, e finalmente foi enterrada, este mundo não foi digno da sua angelical presença.

Sua passagem por aqui, foi um ínfimo fiozinho de raio de sol mas que, der repente, transformou-se num dia tenebroso de tempestade.

Próximo a minha casa , há dois anos, representaram em forma de arte em grafite, você brincando num parquinho, apreciando a natureza, num viaduto. Logo abaixo deste, um belo jardim de verdade, com flores e um lindo gramado para crianças brincarem, como se você ali, estivesse com elas…

Mas para quê? Meu coração chorou ao ver que, na vida real, após eu passar um ano fora, presenciar capins e matos crescendo nos espaços do viaduto, novamente, desfigurando seu rostinho lindo, sua alegria, sua inocência, sua confiança, minha bela criança…

 

 

 

 

 

Sergio Diniz da Costa
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