Faço versos como quem sonha
Faço versos como quem sonha,
Vagueando qual trovador
Numa pracinha risonha,
Clamando a canção de amor.
Falo a língua do poeta,
A arte e a ciência intuitiva
Que, a mentira, manieta
Como uma jura votiva.
Faço versos do campanário,
Vislumbrando uma nova era,
Faço verso qual visionário,
Faço versos pra primavera.
Jesus disse “Ame o inimigo
Também”. Não é com arma à mão
Mandando um ser pro jazigo
Que procede um bom cristão.
Arma não convence, penso,
Um Deus que nos deu a razão,
Mandou guardar o bom senso
E agir, sim, com o coração.
Bem-vindas sejam orações,
O mundo precisa é disto,
Que venham as reflexões
Que prezam a vida, persisto.
Anos, décadas passarão,
E novas gerações vão vir,
Netos, bisnetos trarão,
Além de flores, bom povir.
Vão ler na história passada
Refregas, guerra fraticida.
Mas vão trazer alimentada
A chama eterna da vida.
E vão ver suas crianças
Porem na ponta dos mastros
A bandeira da esperança
E uma rosa de alabastro.
Antônio Fernandes do Rêgo
aferego@yahoo.com.br
- Os óculos dos poetas - 14 de setembro de 2024
- HQs com mistura de realidade e ficção - 13 de setembro de 2024
- 9.º Concurso Literário ‘Cidade do Penedo de Poesia e Conto’ - 13 de setembro de 2024