
Um bichinho chamado esperança

Confesso que nos últimos tempos estava irritando-me aquelas frases prontas e clichês, tipo: “Quem espera sempre alcança” ou “A esperança é a última que morre”. Pois nada daquilo que eu esperava chegava. Eu pensava: Chega! Quem inventou tais frases foi só pra gente não cometer suicídio. Pra mim, já deu!
Olho a minha volta e, tantos papéis desarrumados e textos pra corrigir, enviar e a vontade é de ir para Nárnia.
Chega de confusão, pessoas desonestas e arrogantes, soberbas, gananciosas a ponto de jogar o seu próximo numa fogueira. Sim, cheguei a conclusão que voltamos a era medieval e estão caçando as bruxas. Escondi minha vassoura porque sei que mais cedo ou mais tarde virão atrás de mim. O crime? Pensar, se expressar…ter opinião muitas vezes é um crime numa sociedade doente. Abrir a boca se tornou um perigo nos dias de hoje!
Respiro fundo…onde foi que eu me perdi mesmo? Onde eu estava? Ah, sim…transformando a mim mesma! Um passo de cada vez, como disse o filósofo Lao Tsé.
Ao pensar nessas coisas percebo o bichinho verde no batente da janela. Uma pequena esperança! O que esse bichinho está querendo me dizer, hein? Lá vai eu buscando respostas em pequenos seres. Simplesmente eu estou aqui e não desisti de você! Está tudo de pé! As promessas, lembra? Seus sonhos, seus projetos, tudo está como deveria estar. Bagunçou um pouco mas, te suporto. Lembra há anos atrás quando eu te disse que iria até o fim nessa tua loucura? Pois estou aqui, Seus sonhos não morreram e, agora estão ainda mais verdinhos, mais brilhantes, mais vivos!
Não desista, não retroceda, se tiver que tomar fôlego tome mas, jamais olhe para trás ou virará uma estátua de sal, assim como a mulher de Ló. Atrás ficam os homens cruéis, os invejosos, os que pensam que são e nada são, os infelizes, os de coração de pedra. Sua missão é seguir em frente! A esperança me disse: Se você parar eu não morro, continuo existindo mas fica impossível você me alcançar. E se você não parar me alcançará e não precisará eu ficar vindo aqui o tempo todo para lhe avisar.
Andreia Caires
- Troféu Mulher de Pedra 2025 - 6 de dezembro de 2025
- O mistério da rua sem saída - 5 de dezembro de 2025
- Uma noite inesquecível em Manhuaçu! - 3 de dezembro de 2025
Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola – NALA, e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre vários titulos: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos, Pesquisador em Artes e Literatura; Pela Academia de Letras de São Pedro da Aldeia, o Título Imortal Monumento Cultural e Título Honra Acadêmica, pela categoria Cultura Nacional e Belas Artes; Prêmio Cidadão de Ouro 2024, concedido por Laude Kämpos. Pelo Movimento Cultivista Brasileiro, o Prêmio Incentivador da Arte e da Cultura,

