Amor implica probidade
É, provavelmente, um dos sentimentos mais nobre, altruísta, rigoroso e exigente, que importa construir, alimentar, consolidar e preservar, principalmente, quando é verdadeiramente sincero, vivido com entusiasmo, alegria e felicidade total, entre aqueles que se amam, independentemente do estado civil, sem, contudo, se abdicar das convicções mais profundas, princípios, valores e outros emoções que, todavia, não colidam com os superiores desígnios, a que pode conduzir o amor, que, afinal é uma inebriante ventura para os apaixonados.
Quando duas pessoas se amam, ou até mesmo se gostam, verdadeira e incondicionalmente, é óbvio que devem adotar comportamentos recíprocos: de solidariedade, amor e/ou amizade, lealdade, cumplicidade, respeito, confiança mútua e comunhão de objetivos, para conseguirem uma vida feliz a dois, por isso, todos os cuidados serão poucos para garantir uma estabilidade duradoura, numa relação amorosa, ou de amizade, sem reservas nem complexos.
Um amor sincero, e/ou uma amizade verdadeira, entre duas pessoas, que realmente nutrem um desses sentimentos, uma pela outra, devem colocar a respetiva relação no topo das suas prioridades, eliminando tudo o que a possa prejudicar, incluindo, se necessário, determinado tipo de contactos, companhias, convívios, ou simples encontros de alegada cortesia e insinuada boa-educação.
Com efeito, a Probidade é uma arma poderosa para proteger uma relação de amor, ou de amizade, por exemplo, no matrimónio, de tal forma que: tanto a mulher como o homem, devem evitar, ou mesmo afastar-se de certas companhias, ou até de antigos e “prestáveis” amigos, principalmente quando tais pessoas têm um comportamento duvidoso, nos domínios da ética, da moral, da reputação pessoal, profissional e social, no seio da comunidade em que se integram.
O amor, também a amizade, quando verdadeiramente incondicionais, impõem regras, que por vezes originam: dor, mágoa, sofrimento e desilusão, mas também proporcionam imensa felicidade, bem-estar espiritual e uma grande serenidade, por isso, e quando assim é, vale a pena abdicar de certas situações que, determinadas pessoas nos podem causar, levando a um desconforto e comprometimento difíceis de explicar, perante a pessoa que nos ama, ou que gosta de nós e que, retribuímos com idêntica sinceridade e intensidade.
O amor inequívoco de uma mulher para com outra pessoa, como também a amizade, são incompatíveis com determinadas atitudes e situações, com o relacionamento com alegados “amigos” que, no seio da sociedade, e não só, têm uma vida depravada, de pornografia, talvez também de pedofilia, noitadas, prostituição, álcool, drogas e tudo o mais que uma “criatura-bestial”, possa adquirir ao nível dos maus hábitos e vícios. O mesmo vale para o homem casado, quando acompanha uma mulher com aquelas caraterísticas. Seguramente que o fim, a curto ou médio prazos, não poderá ser bom
A sociedade de hoje é extremamente vulnerável e, simultaneamente, exigente e crítica, desde logo com o recurso às redes sociais, onde as pessoas colocam, indiscriminadamente, todo o tipo de imagens, frases, comentários, insinuações, “entrelinhas”, malevolamente direcionadas, atingindo, assim, valores essenciais da dignidade humana.
É possível, atualmente, através de rápidas investigações, ter-se uma ideia dos “gostos” e “preferências” das pessoas, mesmo que elas afirmem o contrário, isto é: quando declaram que o que escrevem, comentam e fotos que inserem, não corresponde ao que realmente elas são; outras dizem que as redes sociais servem para se divertirem, não para revelarem as suas personalidades, princípios, valores e sentimentos.
Então, se assim é, trata-se de pessoas “exibicionistas”, “engraçadinhas”, “levianas” “machistas” ou “feministas”, talvez uma tentativa de afirmação, porém, infelizmente, pela negativa, pelo nível educacional e cultural mais baixo que existe, pela falta de civismo e formação, por uma ausência de um carater reto, o qual implica respeito por quem frequenta tais redes e, principalmente pelos familiares e amigos, porque afirmar que só me “visita no meu perfil quem quiser” é um argumento de quem se julga no direito de divulgar tudo o que lhe apetece, porque as redes sociais são públicas, logo, o acesso é livre.
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
http://nalap.org/Directoria.aspx
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Natural de Venade, uma freguesia portuguesa do concelho de Caminha, é Licenciado em Filosofia – Universidade Católica Portuguesa; Mestre em Filosofia Moderna e Contemporânea – Universidade do Minho – Portugal e pela UNICAMP – Brasil; Doutorado em Filosofia Social e Política: Especialização: Cidadania Luso-Brasileira, pela FATECBA; autor de 14 Antologias próprias: 66 Antologias em coedição em Portugal e no Brasil; mais de 1.050 artigos publicados em vários jornais, sites e blogs; vencedor do III Concurso Internacional de Prosa – Prémio ‘Machado de Assis 2015’, Confraria Cultural Brasil – Portugal – Brasil; Prêmio Fernando Pessoa de Honra e Mérito – Literarte – Associação Internacional de Escritores e Artistas do Brasil’ 2016; Vencedor do “PRÊMIO BURITI 2016”; Vencedor do Troféu Literatura – 2017, ‘ZL – Editora’ – Rio de Janeiro – Brasil, com o Melhor Livro Educacional, ‘Universidade da Vida: Licenciatura para o Sucesso’; Cargos: Presidente do NALAP – Núcleo Acadêmico de Letras e Artes de Lisboa; ; Condecorações: Agraciado com a ‘Comenda das Ciências da Educação, Letras, Cultura e Meio Ambiente Newsmaker, Brasil’ (2017); Título Honorífico de Embaixador da Paz; Título Nobiliárquico de Comendador, condecorado com a ‘Grande Cruz da Ordem Internacional do Mérito do Descobridor do Brasil, Pedro Álvares Cabral’ pela Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística; Doctor Honoris Causa en Literatura” pela Academia Latinoamericana de Literatura Moderna y la Sociedad Académica de Historiadores Latinoamericanos.