Não deixe para o fim
Não é novidade para ninguém que, no Brasil, a cultura e a inteligência são frequentemente deixadas de lado em detrimento de outras prioridades; prioridades estas que, na grande maioria das vezes, são extremamente válidas e importantes, basta dar uma olhadinha na conhecida ‘pirâmide das necessidades’, de Maslow. Muitas pessoas optam por adiar a busca por conhecimento até a aposentadoria, momento em que supostamente têm mais tempo livre e disposição para se dedicarem à atividades culturais e intelectuais. No entanto, essa mentalidade é extremamente prejudicial tanto para o indivíduo quanto para a sociedade como um todo
A busca pelo conhecimento deve ser uma prioridade em todas as fases da vida, e não apenas após a aposentadoria, quando, muitas vezes, já estamos caminhando para o fim de nossa jornada terrena. O conhecimento não apenas enriquece a mente e a alma, mas também é um fator essencial para o desenvolvimento humano e social. É através do conhecimento que se pode desenvolver novas habilidades, encontrar soluções criativas para problemas complexos e entender melhor o mundo em que vivemos.
Além disso, a busca pelo conhecimento não deve ser vista como uma tarefa tediosa e obrigatória, mas sim como uma fonte de prazer e satisfação pessoal. A cultura e a inteligência podem trazer inúmeras alegrias e experiências gratificantes, como a descoberta de novos livros, filmes, músicas e outras formas de arte, que tanto nos instrui, quanto nos diverte.
Infelizmente, a cultura e a inteligência ainda são vistas como coisas secundárias em nossa sociedade, o que pode levar à uma série de consequências negativas. Uma população que não valoriza a cultura e a inteligência tende a ser menos crítica e menos engajada, o que pode levar à uma sociedade mais apática e desinteressada.
Além disso, a falta de investimento em cultura e educação pode levar à uma sociedade menos desenvolvida, com menos oportunidades de emprego e inovação. Sem um investimento adequado em cultura e educação, um país corre o risco de ficar para trás em relação aos seus concorrentes internacionais.
Portanto, é essencial que a cultura e a inteligência sejam valorizadas e incentivadas em todas as fases da vida. Os indivíduos devem buscar o conhecimento e a cultura como uma fonte de enriquecimento pessoal e social, e a sociedade como um todo deve investir em educação e cultura para garantir um futuro mais próspero e desenvolvido. Afinal, a busca pelo conhecimento não deve ser vista como uma tarefa para ser adiada para a aposentadoria, mas sim como uma missão constante e vital para uma vida plena e realizada. Uma vida capaz de impactar as pessoas à sua volta, através da ação cultural, e da demonstração de saber e de amor pela cultura e pelo conhecimento, levando outras pessoas a terem essa mesma paixão.
Wanderson R. Monteiro
dudu.slimpac2017@hotmail.com
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Natural de São Sebastião do Anta – MG, é bacharel em Teologia pelo Instituto Cristão de Pesquisas (ICP) e, atualmente, está cursando Pedagogia. Na área literária, é Acadêmico Correspondente da FEBACLA e autor de quase 500 publicações em jornais de várias partes do Brasil, dentre as quais: Uma meta importante para uma Sociedade em constante mudança; A verdadeira crise que assola o Brasil; De queda em queda; O homem da ‘democracia’; Conflito de gerações; As forças que regem o mundo; O eterno ‘vir a ser’ no mundo globalizado; Cativar para ensinar: Teoria freudiana no processo educacional; A base da Teoria ‘Mackinder-Dugin’ e As epidemias e suas razões – segundo Yuaval Noah Harari. Wanderson tem publicações em livros e revista, tais como: Resiliências Literárias. Organização: José Geraldo Batista e Walber Gonçalves de Souza. FUNEC Editora, 2021 e Revista Literária Prosa e Verso – Organização: Eugênio Maria Gomes. UNEC, 2017. E nos anos 2016, 2017 e 2018 recebeu o Prêmio ‘Marilene Godinho’ de Literatura (contos e crônicas).