outubro 12, 2024
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TRÊS CURTAS YANOMAMI SERÃO EXIBIDOS EM VENEZA POR OCASIÃO DO 80º FESTIVAL DE VENEZA

Entre eles, está MÃRI HI – A ÁRVORE DO SONHO, vencedor do É Tudo Verdade, dirigido pelo cineasta Yanomami Morzaniel Ɨramari

MÃRI HI – A ÁRVORE DO SONHO (Crédito de Morzaniel Iramari)
MÃRI HI – A ÁRVORE DO SONHO (Crédito de Morzaniel Iramari)

Materiais:  https://1drv.ms/f/s!AoFIbnq_EvW8iCq5f29Aa3iAbDYc?e=uvqAZM

Por ocasião da 80ª edição do Festival de Veneza que acontece entre 30 de agosto e 9 de setembro, a Isola Edipo, em colaboração com a Mostra Giornate degli Autori reservaram um dia especial para o cinema indígena Yanomami.

Em 4 de setembro, acontecerá o “Eyes of the Forest”, Olhos da Floresta, que exibirá três curtas-metragens Yanomami, na Sala Laguna. Será um dia dedicado ao Primeiro Cineasta Yanomami Morzaniel Ɨramari e ao Cinema Indígena Yanomami no Brasil.

Entre eles, está MÃRI HI – A ÁRVORE DO SONHO, de Morzaniel Ɨramari. Ganhador na categoria Melhor Documentário de Curta-Metragem Nacional, no Festival É Tudo Verdade de 2023, o que já o qualifica como um concorrente ao Oscar na categoria Melhor Documentário em Curta-Metragem, o filme conta com a participação do grande líder e xamã Davi Kopenawa, que nos conduz nessa experiência apresentando o conhecimento dos Yanomami sobre os sonhos.

“Este filme vai ajudar a fazer com que os não-indígenas conheçam o povo Yanomami, conheçam as nossas imagens. Assim todos podem conhecer como nós vivemos na nossa casa e como nós sonhamos, como os xamãs sonham”, explica o cineasta.

Além deste, também fazem parte do evento THUË PIHI KUUWI – UMA MULHER PENSANDO e YURI U XËATIMA THË – A PESCA COM TIMBÓ, ambos de Aida Harika, Roseane Yariana e Edmar Tokorino. Estes são os primeiros filmes dos cineastas e estão entre os primeiros filmes dirigidos por mulheres Yanomami que farão sua estreia em um Festival de Cinema Internacional.

A prática da pesca com timbó, o olhar de uma jovem mulher sobre o trabalho dos xamãs e o conhecimento sobre os sonhos são os temas desses três curtas dirigidos pelos jovens cineastas Yanomami.

O registro dos três filmes foi feito na grande casa coletiva de Watorikɨ, na região do Demini (TIY), produzidos pela Aruac Filmes durante as filmagens do longa-metragem “A Queda do Céu”, filme livremente inspirado na obra homônima de Davi Kopenawa e Bruce Albert, dirigido por Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha. Em 2022, a Aruac organizou junto à Hutukara Associação Yanomami (HAY) e ao Instituto Socioambiental (ISA) uma oficina de montagem audiovisual que ensejou a produção dos três curtas.

MÃRI HI – A ÁRVORE DO SONHO, que fez sua estreia internacional no Sheffield Doc Fest no Reino Unido, deve, segundo o diretor, ajudar os brancos a pensar com os Yanomami sobre a terra e a saúde dos povos originários.

“Nós, Yanomami, somos habitantes da floresta Amazônica. No Brasil, somos quase 30 mil pessoas. A terra-floresta é nossa mãe e cuida do povo Yanomami. Desejamos viver em paz, com alegria e fazendo nossas festas. Os napë pë (brancos, inimigos) gostam de destruir a floresta e pegar as riquezas da terra. Hoje o garimpo ilegal invadiu nosso território, estamos tristes por perder tantos parentes e ver nossas crianças morrendo por doenças. Nosso rio está sujo de lama e mercúrio, mas nosso território é forte por dentro. Com a árvore do sonho, nós sonhamos longe e os xamãs sonham ainda mais longe, conhecem o canto e a dança dos espíritos, o sonho do rio, o sonho do mundo”, explica Morzaniel Ɨramari, que estará presente na Isola Edipo por ocasião do Festival de Cinema de Veneza, no qual, além de apresentar os filmes, promoverá uma masterclass, ao lado dos produtores Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha.

O evento da Isola Edipo por ocasião do Festival de Veneza faz parte do foco anual “Cinema de inclusão entre a visão e a educação”, que está em sua sétima edição. O objetivo da iniciativa deste ano é destacar a visão direta e íntima de cineastas da comunidade Yanomami, uma das populações indígenas mais conhecidas da Amazônia e sua crescente importância no cenário cinematográfico internacional. Um ato político devolvendo à floresta seus olhos, corpos e vozes para conscientizar sobre a situação Yanomami atual e a necessidade urgente de proteger seu território e seu modo de vida.

Nos últimos anos, milhares de garimpeiros ilegais invadiram a Terra Indígena Yanomami em busca de ouro e cassiterita promovendo altos índices de desmatamento e gerando grave insegurança alimentar, violência e a promoção de inúmeras doenças e mortes.

Essa invasão tem gerado um impacto dramático sobre os Yanomami. Como revelado pela reportagem da Sumaúma em janeiro de 2023, pelo menos 570 crianças morreram durante os quatro anos do último governo por doenças que têm tratamento. Apesar das inúmeras denúncias feitas pelos Yanomami nesse período, o governo as ignorou.

No início do ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou a cidade de Boa Vista (RR) e decretou emergência de saúde para o povo yanomami, oficializando a crise humanitária. Neste contexto, a nova produção audiovisual dos Yanomami é também uma convocação para os não-indígenas apoiarem a proteção da terra-floresta.

Os três curtas são uma produção Aruac Filmes com coprodução da Hutukara Associação Yanomami e produção associada da Gata Maior Filmes. Os filmes contam com o apoio institucional do Instituto Socioambiental e apoio de uma rede de fundações e instituições internacionais que trabalham diretamente com a Amazônia Brasileira.


MÃRI HI – A ÁRVORE DO SONHO

Sinopse: Quando as flores da árvore Mãri desabrocham surgem os sonhos. As palavras de um grande xamã conduzem uma experiência onírica através da sinergia entre cinema e sonho Yanomami, apresentando poéticas e ensinamentos dos povos da floresta.


Ficha Técnica

Direção: Morzaniel Ɨramari

Com: Davi Kopenawa Yanomami

Direção de Fotografia e Câmera: Morzaniel Ɨramari

Produtores: Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha

Montagem: Morzaniel Ɨramari, Rodrigo Ribeiro-Andrade, Julia Faraco e Carlos Eduardo Ceccon

Edição de Som: Waldir Xavier

Mixagem de Som: Guilherme Lima de Assis

Som Direto: Marcos Lopes da Silva e Morzaniel Ɨramari

Color Grading e Finalização: Caio Lazaneo

Desenhos Originais: Ehuana Yaira Yanomami

Tradutores: Ana Maria Machado, Richard Duque, Corrado Dalmonego, Marcelo Silva e Morzaniel Ɨramari

Supervisão Geral: Davi Kopenawa Yanomami e Dário Vitório Kopenawa Yanomami

Responsável Formação Audiovisual Yanomami: Marília Garcia Senlle

Produção Executiva: Heloisa Jinzenji

Coordenação de Produção: Margarida Serrano

Coordenação Financeira: Tárik Puggina

Gerente de Projeto: Lisa Gunn

Produtoras de Impacto: Marília Garcia Senlle e Carolina Ribas

Produção: Aruac Filmes

Coprodução: Hutukara Associação Yanomami

Produção: Associada Gata Maior Filmes

Apoio Institucional: ISA – Instituto Socioambiental


THUË PIHI KUUWI – UMA MULHER PENSANDO

Sinopse: Uma mulher yanomami observa um xamã durante o preparo da Yãkoana, alimento dos espíritos. A partir da narrativa de uma jovem mulher indígena, a Yãkoana que alimenta os xapiripë e permite aos xamãs adentrarem o mundo dos espíritos também propõe um encontro de perspectivas e imaginações.

Ficha Técnica

Direção: Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Yanomami

Com: Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Yanomami

Direção de Fotografia e Câmera: Roseane Yariana Yanomami

Produtores: Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha

Montagem: Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami, Carlos Eduardo Ceccon, Julia Faraco e Rodrigo Ribeiro-Andrade

Edição de Som: Waldir Xavier

Mixagem: Guilherme Lima de Assis

Som Direto: Marcos Lopes da Silva

Color Grading: Cassiana Umetsu e Marcelo Brandt

Tradutores: Ana Maria Machado, Richard Duque, Corrado Dalmonego, Marcelo Silva e Morzaniel Ɨramari Yanomami

Supervisão Geral: Davi Kopenawa Yanomami e Dário Vitório Kopenawa Yanomami

Responsável Formação Audiovisual Yanomami: Marília Garcia Senlle

Produção Executiva: Heloisa Jinzenji

Coordenação de Produção: Margarida Serrano

Coordenação Financeira: Tárik Puggina

Gerente de Projeto: Lisa Gunn

Produtoras de Impacto: Marília Garcia Senlle e Carolina Ribas

Produção: Aruac Filmes

Coprodução: Hutukara Associação Yanomami

Produção Associada: Gata Maior Filmes

Apoio Institucional:  ISA – Instituto Socioambiental


YURI U XËATIMA THË – A PESCA COM TIMBÓ

Sinopse: Dois jovens realizadores Yanomami descrevem o processo de pesca com timbó, cipó tradicionalmente empregado para atordoar os peixes. O encontro de vozes e perspectivas sugere o reencantamento das imagens como forma de contar histórias.

Ficha Técnica

Direção: Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Yanomami

Com: Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Yanomami

Direção de Fotografia e Câmera: Roseane Yariana Yanomami

Produtores: Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha

Montagem: Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami, Carlos Eduardo Ceccon, Julia Faraco e Rodrigo Ribeiro-Andrade

Edição de Som: Waldir Xavier

Mixagem: Guilherme Lima de Assis

Som Direto: Marcos Lopes da Silva

Color Grading: Cassiana Umetsu e Marcelo Brandt

Tradutores: Ana Maria Machado, Richard Duque, Corrado Dalmonego, Marcelo Silva e Morzaniel Ɨramari Yanomami

Supervisão Geral: Davi Kopenawa Yanomami e Dário Vitório Kopenawa Yanomami

Responsável Formação Audiovisual Yanomami: Marília Garcia Senlle

Produção Executiva: Heloisa Jinzenji

Coordenação de Produção: Margarida Serrano

Coordenação Financeira: Tárik Puggina

Gerente de Projeto: Lisa Gunn

Produtoras de Impacto: Marília Garcia Senlle e Carolina Ribas

Produção: Aruac Filmes

Coprodução: Hutukara Associação Yanomami

Produção Associada: Gata Maior Filmes

Apoio:  ISA – Instituto Socioambiental


Sobre Morzaniel Ɨramari

Morzaniel Ɨramari é um cineasta Yanomami, nascido em 1980 na aldeia Watorikɨ, região do Demini da TI Yanomami, no estado do Amazonas, Brasil. Trabalhou como Coordenador de Comunicação na Hutukara Associação Yanomami (Boa Vista) e foi formado em 2010 no projeto Pontos de Cultura Indígena – Vídeo nas Aldeias.

Trabalha como intérprete, tradutor, cineasta e documentarista. Seus filmes circularam por diversos festivais e mostras no Brasil e no Mundo. Em 2010, dirigiu o curta “Casa dos Espíritos”, vencedor do prêmio de Melhor Filme, segundo o júri popular, na Mostra Aldeia SP, em 2014.

Em 2014, dirigiu o filme longa-metragem “Urihi Haromatimapë – Curadores da Terra-floresta”, que ganhou o prêmio de Melhor Filme na Mostra Competitiva do Festival Forumdoc.BH. No seu mais recente filme “Mãri hi – A Árvore do Sonho” (2023), Morzaniel assina a direção e montagem e foi filmado com o grande xamã, líder indígena Yanomami e presidente da Hutukara Associação Yanomami Davi Kopenawa Yanomami e produzido pelos diretores Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha.


Sobre Aida Harika, Edmar Tokorino e Roseane Yariana Yanomami

Aida Harika e Edmar Tokorino são dois cineastas Yanomami que residem na aldeia de Watorikɨ, Demini, Terra Indígena Yanomami, localizada na Amazônia Brasileira. Ambos cineastas fazem parte do coletivo de comunicadores Yanomami criado em 2018 pela Hutukara Associação Yanomami com apoio do Instituto Socioambiental (ISA).

Com objetivo de fortalecer a comunicação da Hutukara e desenvolver estratégias de fortalecimento dos conhecimentos tradicionais entre os jovens, cujo interesse por celulares e tecnologias não indígenas é crescente, criou-se um grupo de seis jovens de três regiões da TI Yanomami – Watorikɨ, Missão Catrimani e Novo Demini, para receberem formação de audiovisual.

Desde 2021, Aida e Edmar participaram de diversas oficinas onde produziram boletins de áudio, fotografias, vídeos feitos com celulares e curtas-metragens. “Thuë pihi kuuwi – Uma Uma Mulher Pensando” e “Yuri u xëatima thë – A Pesca com Timbó” são seus primeiros curtas-metragens nos quais assinam em conjunto a direção e montagem. Roseane Yariana Yanomami fez parte do primeiro grupo de jovens escolhidos pela diretoria da Hutukara Associação Yanomami para participar das oficinas de formação em audiovisual, em 2018. Ela é moradora da aldeia Buriti, região do Demini, e é filha de Joseca Mokahesi, artista reconhecido internacionalmente por seus desenhos.


Sobre a Aruac Filmes

A Aruac Filmes, produtora brasileira, fundada em 2002, vem, desde o início de sua trajetória, desenvolvendo projetos para diversos segmentos de expressão artística e audiovisual. Com foco na qualidade, tanto na apresentação como nos conteúdos artísticos, a Aruac alinha criação autoral visando ampla comunicação com o público.

Com uma longa e consistente atuação no mercado audiovisual, teve seus filmes distribuídos comercialmente em cinemas do Brasil e outros países. Além dos principais festivais de cinema do Brasil, teve seus filmes selecionados em festivais internacionais renomados, como Cannes (França), Berlinale (Alemanha), Veneza (Itália), Telluride (EUA), IDFA e Rotterdam (Holanda), Sundance (EUA), BAFICI (Argentina), Locarno (Suíça), New Directors/New Movies, MoMA, e Tribeca (EUA), Guadalajara (México), Barcelona (Espanha), CPH:DOX (Dinamarca), Havana (Cuba), Montreal (Canadá), DMZ Docs (Coreia do Sul), Doc NY (EUA) e recebido diversos prêmios ao longo dessa trajetória, entre eles o prêmio de “L’oeil d’Or” (Olho de Ouro) de melhor documentário no Festival de Cannes de 2016.

Seus filmes também estão presentes nas principais plataformas de streaming, como Netflix, Amazon Prime Video, Dafilms e GloboPlay. Em produção para TV, já realizou séries e programas em parceria com o Canal Brasil, Canal Curta!, GloboNews, TV SESC e CineBrasil TV.

Paralelamente à produção audiovisual, a Aruac vem nos últimos anos investindo na área de teatro e performance, cujos trabalhos foram apresentados nos festivais de teatro mais prestigiados do Brasil e em diversos países europeus na França, Portugal, Alemanha, Suíça e Áustria.

Atualmente a Aruac está trabalhando em dois longas-metragens: ‘A Queda do Céu’, filme baseado na obra literária homônima do xamã e líder Yanomami Davi Kopenawa, e do antropólogo francês Bruce Albert e com direção de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha. E ‘Elza’, filme que acompanha os últimos 8 anos da vida e carreira de Elza Soares dirigido por Eryk Rocha e coproduzido com Globofilmes e Maria Farinha Filmes.



Sobre os produtores

Gabriela Carneiro da Cunha

Gabriela Carneiro da Cunha é uma artista brasileira que atua nas áreas de performance, direção, pesquisa e ativismo artístico ambiental. É sócia da Aruac Filmes, produtora independente de cinema, e idealizadora do Projeto Margens – Nos Rios, Buiúnas e Vaga-lumes, projeto multilíngue dedicado à criação artística a partir da escuta do testemunho de rios brasileiros em situação de catástrofe.

O escopo deste projeto já incluiu peças de teatro, como “Guerrilha ou Para a Terra Não Há Desaparecidos” (2015) e “Altamira 2042” (2019), longas e curtas-metragens documentais, publicações, debates, oficinas, a rede Buiunas – uma rede entre mulheres , rios e arte.

O “Altamira 2042” integrou a programação de importantes festivais e espaços teatrais, como Wiener Festwochen, Festival D’automne à Paris, International Summer – Festival Kampnagel Hamburg, Baltic Circle, Holland Festival, Théâtre Vidy-Lausanne, Centre Georges Pompidou e outros.

No cinema, atua como diretora, produtora, roteirista e assistente de direção. Destacando trabalhos como o longa-metragem “Edna” (2021), produzido pela Aruac Filmes que estreou no prestigiado festival suíço Visions du Réel e circulou em mais de 50 festivais ao redor do mundo como Telluride, Doc NY, RIDM, Porto Postdoc e recebeu vários prêmios no Chile, França, Itália, México, Argentina, Turquia e Brasil.

Atuou nos filmes “Anna” de Heitor Dhalia, nos filmes de Eryk Rocha “Noite Ardente” e “Jardins” e “O Duelo”, de Marcos Jorge. Recebeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival do Rio por seu trabalho no longa “Anna”.

Atualmente, Gabriela prepara seu próximo trabalho no teatro com o Rio Tapajós, que estreará em 2024 com coprodução do Teatro Vidy, enquanto dirige e produz, em parceria com Eryk Rocha, o filme “A Queda do Céu”, produzido pela Aruac Filmes, coproduzido pela Hutukara Associação Yanomami e é uma coprodução entre Brasil e Itália.

O filme é baseado na obra homônima do xamã Yanomami Davi Kopenawa e do antropólogo Bruce Albert. Junto com Eryk Rocha, é produtora dos curtas-metragens MÃRI HI – A ÁRVORE DO SONHOYURI U XËATIMA THË – A PESCA COM TIMBÓ e THUË PIHI KUUWI – UMA MULHER PENSANDO, que desde o ínicio de 2023 circulam no circuito de prestigiados festivais de cinema no Brasil e no mundo,



Eryk Rocha

Cineasta nascido no Brasil em 1978 e fundador da Aruac Filmes, produtora independente de cinema brasileiro. Formou-se em 2002 na escola de cinema de Los Baños, Cuba, onde dirigiu seu primeiro longa-metragem: “Rocha que Voa”.

O filme teve sua estreia internacional no Festival de Cinema de Veneza na Competição Internacional Orizzonti e foi selecionado para Rotterdam, Locarno e outros importantes festivais, ganhando os prêmios de Melhor Filme no Brasil, Argentina e Cuba. Suas outras obras – entre as quais “Transeunte” (2011), “Jards” (2013); “Campo de Jogo” (2016); “Breve Miragem do Sol” (2019); “Edna” (2021) – ganharam inúmeros prêmios em festivais de cinema de prestígio, como Cannes, Telluride, Sundance, New Directors/New Films MoMa, Documentary Quinzena, Locarno, Visions du Réel, CPH:DOX, Fid Marseille, BFI London, RIDM Montreal, Havana, Guadalajara, BAFICI e Amsterdã.

“Cinema Novo” (2016), seu sétimo longa-metragem, recebeu o L’Oeil d’Or de Melhor Documentário no Festival de Cannes. Seus filmes foram distribuídos nacional e internacionalmente em salas de cinema e canais de televisão, bem como nas principais plataformas de streaming como Netflix, Globoplay e Amazon Prime. Parte de sua obra foi adquirida pelo MoMA e integrada ao acervo permanente do museu.

Atualmente, Eryk Rocha está trabalhando no longa-metragem “A Queda do Céu”, codirigido com Gabriela Carneiro da Cunha. O filme é produzido pela Aruac Filmes, coproduzido pela Hutukara Associação Yanomami e é uma coprodução entre Brasil e Itália. Paralelamente, Rocha está trabalhando no longa-metragem ‘Elza’, que acompanha os últimos 8 anos de vida e carreira da grande cantora Elza Soares.



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Sergio Diniz da Costa
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