DR JOSÉ OTÁVIO VASQUES AYRES – APARELHO PARA AUDIÇÃO – UM GRANDE ALIADO
Quando aparece uma dificuldade auditiva, o que notamos é que a queixa geralmente provem, não do paciente, mas das pessoas que convivem com ele: a pessoa pergunta várias vezes o que foi dito, confunde as palavras e deixa de responder questionamentos. Um grande transtorno com a TV: o alto volume escolhido incomoda a todos.
PRECONCEITO
Um grande problema: Boa parte das pessoas com dificuldade auditiva evita até mesmo procurar um otorrinolaringologista para um diagnóstico. Quando falamos em utilizar um aparelho, escutamos muito frequentemente: “Não, aparelho eu não preciso, não sou surdo”. O primeiro entrave ao uso do aparelho é o preconceito. O uso exporia em público a dificuldade auditiva. Então, esta é a primeira barreira a ser vencida. É preciso deixar o preconceito de lado e verificar as grandes vantagens com o uso.
QUAIS AS CAUSAS DE PERDA DE AUDIÇÃO?
As causas mais comuns são: 1 OUVIDO EXTERNO= A presença de rolha de cerume, infecções, tumores, ou malformações. 2 OUVIDO MÉDIO- Disfunção tubaria (funcionamento inadequado do canal que liga o ouvido ao nariz), infecção , cicatrizes , perfuração timpânica, otosclerose , malformações e tumores. 3-OUVIDO INTERNO- Malformações, alterações circulatórias, lesões pós infecção viral ou bacteriana e presbiacusia (decorrente do envelhecimento) 4- NEUROLÓGICA- Presbiacusia , doenças degenerativas e tumores.
QUANDO ESTÁ INDICADO O USO DE UM APARELHO AUDITIVO?
Quando nos deparamos com uma perda de audição, quando possível, o melhor é solucionar a causa. Em caso de cerume, por exemplo, a remoção já resolve o problema. Em caso de infecção ou catarro no ouvido , tratamento clínico deve resolver . Há quadros, como perfuração timpânica, otite serosa persistente, otosclerose e outros , em que o tratamento cirúrgico resolve o problema.
Quando há perda de audição que não pode ser sanada por tratamento clínico ou cirúrgico (ou seja, é definitiva), estará indicada a colocação de aparelhos auditivos, a partir de perda de grau moderado.
MAS, SE TENHO PERDA, PORÉM CONSIGO ESCUTAR, POR QUE DEVO USAR UM APARELHO AUDITIVO?
Nós realmente ouvimos com o cérebro. O ouvido transforma o som, uma onda mecânica em uma onda elétrica , que é o que o cérebro vai entender. No nosso organismo, o que entra em desuso, atrofia. Quando começamos a ouvir menos, começamos também a perder esta parte cerebral responsável pela audição, sendo esta perda irreversível. Se a demora for muito grande para iniciarmos o uso do aparelho, esta perda cerebral promoverá perda de discriminação, isto quer dizer: Escuta, mas não compreende. Pior ainda, a perda desta região cerebral implica em perda de outras regiões do cérebro, levando a perdas cognitivas. Explicando melhor, ouvindo menos aceleramos os processos degenerativos de muitas áreas cerebrais, acelerando assim as degenerações senis.
POR QUE CONHECEMOS MUITAS PESSOAS QUE NÃO CONSEGUEM UTILIZAR OS APARELHOS?
Podemos ter um ou mais fatores associados 1-Demora para iniciar a protetização. Como o exposto acima: Já ocorreu perda de discriminação: Vai escutar e não vai compreender 2- Uso de aparelho de má qualidade 3- Falta de acompanhamento na adaptação. A pessoa deve ter uma atenção especial para um período de adaptação. Dificilmente a adaptação será imediata.
COMO SABEREI SE NECESSITO USAR APARELHOS AUDITIVOS?
Se houver alguma queixa pessoal ou de pessoas próximas sobre a audição, deverá consultar um otorrinolaringologista. Através da consulta e exames, será avaliado: Se há a perda, qual a causa e qual a possibilidade de tratamento: Se medicamentos, cirurgia ou próteses auditivas. O IMPORTANTE É NÃO ADIAR.
DR JOSÉ OTÁVIO VASQUES AYRES
OTORRINOLARINGOLOGISTA
Fonte de imagem = internet
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.