Intitulado ‘Histórias da Filantropia Negra que Transformam Comunidades’, e-book está disponível para download gratuito no site da instituição
O Fundo Agbara, primeiro Fundo Filantrópico de Mulheres Negras na América Latina, está lançando o e-book “Histórias da Filantropia Negra que Transformam Comunidades”, que apresenta cases de instituições que já receberam aporte do Fundo e seguem impactando vidas em seus territórios de atuação.
O lançamento, que ocorreu hoje em evento aberto ao público na cidade de São Paulo, faz parte de uma série de eventos e atividades promovidas em setembro, o “Mês da Filantropia que Transforma”, e que estão sendo idealizadas pela Rede Comuá. Faça o download gratuito do e-book pelo site da instituição.
Para Aline Odara, Diretora Executiva do Fundo Agbara, o lançamento reforça a agenda da instituição. “Democratizar o campo da filantropia e dar espaço e protagonismo para iniciativas comunitárias de mulheres negras, que são profundamente comprometidas com a Justiça Social é o nosso objetivo”, diz ela.
Segundo Graciela Hopstein, diretora executiva da Rede Comuá, a programação ao longo do mês e o lançamento do e-book é um importante passo para projeção do que tem sido feito na filantropia no Brasil.
“O trabalho do Fundo Agbara, que integra a Rede Comuá, demonstra como apoiar mulheres negras em seu protagonismo e mostra como a transformação comunitária contribui para a justiça socioambiental”.
Um dos casos apresentados no e-book é a Revista Aquenda, fundada em 2017 na capital paulista.
O grupo nasceu com a intenção de criar e implementar projetos para a inclusão e o empoderamento da comunidade LGBTQIAPN+ e de mulheres afro indígenas periféricas.
Com o apoio do Fundo, centenas de pessoas já foram capacitadas pela organização, que fomenta empreendedores nas áreas de moda, corte e costura, marketing e comunicação, oferecendo qualificações alinhadas à indústria cultural e economia criativa.
Até dezembro de 2023, a organização tem como meta ampliar em 35% o atendimento a pessoas LGBTQIAPN+ e mulheres afroindígenas.
Com isso, pretende expandir os seus projetos locais, estabelecendo colaborações com programas governamentais de aceleração e parcerias com instituições de ensino e educação.
Um dos focos centrais é potencializar a formação de empreendedores por meio do curso de Transmutação Têxtil, que engloba o ensino de corte e costura e incentiva abordagens criativas por meio do reaproveitamento de materiais.
Já no estado da Bahia, o Coletivo Guerreiras Sem Teto, na cidade de Simões Filho, e o Instituto Rainhas do Mar, em Santo Amaro, são outras iniciativas que receberam o apoio do Fundo Agbara e têm impactado positivamente a vida de centenas de pessoas.
O Coletivo Guerreiras Sem-Teto, que surgiu a partir do Movimento Sem Teto da Bahia (MSTB), foi formado em 2005 para enfrentar conflitos cotidianos e combater a violência contra as mulheres.
Entre as suas ações se destacam a Marcha das Guerreiras Sem-Teto e a criação da cooperativa Guerreira Zeferina, visando geração de renda e a autonomia de mulheres periféricas.
Com foco na luta por moradia digna, fortalecimento do trabalho de base e formação política, o MSTB concentra suas atividades na Região Metropolitana de Salvador, bem como em algumas cidades do interior do estado.
O Coletivo também investe na educação para geração de renda por meio de cooperativas e empreendedorismo feminino, além de criar espaços educativos e culturais nas ocupações, promovendo debates, feiras de saúde, escolas comunitárias e hortas coletivas.
Em Santo Amaro, o Instituto Rainhas do Mar visa erradicar as vulnerabilidades sociais e conscientizar a população de seu potencial transformador.
Com atuação na região do Recôncavo Baiano, priorizando a comunidade pesqueira e quilombola de Acupe, a organização dedica esforços para cuidar do meio ambiente e fortalecer o desenvolvimento socioeconômico, estimulando a autonomia comunitária.
O Instituto Rainhas do Mar oferece orientações sobre direitos urbanísticos e ambientais, além de auxílio na elaboração de planos e projetos populares. O diferencial do Instituto é a conexão profunda com o seu público alvo, que é o protagonista, já que a organização é concebida por pessoas que vivem nas próprias comunidades, o que resulta em um entendimento genuíno de suas necessidades.
Por fim, a obra fortalece a trajetória de instituições que, com o aporte financeiro do Fundo Agbara, puderam ampliar a sua prática filantrópica em seus territórios. Estas organizações adotaram estratégias que vão além da ajuda ou assistência, atuando na transformação das estruturas que perpetuam desigualdades. Faça o download gratuito do e-book pelo site da instituição.
SERVIÇO
Lançamento e-book: Histórias da Filantropia Negra que Transformam Comunidades
Download gratuito pelo site da instituição
Sobre o Fundo Agbara
O Fundo Agbara é o primeiro Fundo Filantrópico de Mulheres Negras para Justiça Racial da América Latina, cuja missão é lutar por dignidade humana, equidade racial e de gênero, por meio da promoção de acesso a direitos econômicos para o público-alvo: mulheres negras individuais, coletivos e organizações de mulheres negras, oferecendo capacitação técnica e política sobre raça, gênero/feminismo e meio ambiente, além de apoio financeiro.
Desde a sua criação, o já captou mais de R$ 3 milhões, impactando diretamente a vida de mais de 2.500 mulheres negras.
Além disso, apoiou financeiramente 197 iniciativas, realizando 159 ações desde 2020 até agosto de 2023.
Entre essas ações, destacam-se programas formativos, transferências de renda, formações livres, consultorias, jornadas anti-racistas e o Festival Agbara da Mulher Negra.
Voltar: https://www.jornalrol.com.br
Facebook: https://facebook.com/JCulturalRol/
- A força dos ipês: mais que uma reparação - 21 de novembro de 2024
- Membrana, de Maurício Limeira - 20 de novembro de 2024
- Parte de mim vai embora - 19 de novembro de 2024
Lílian Oliveira Henriques, mais conhecida no meio lítero-cultural como Lee Oliveira, é Tecnóloga em Processos Gerenciais, artesã, poetisa e bookstagram, forma de consumo do objeto livro a partir da comunidade literária da rede social Instagram. Proprietária do Instagram @o.que.li, onde escreve resenhas de livros de autores nacionais e/ou independentes, dando luz a essas obras tão importantes para Literatura Brasileira e que, às vezes, não são valorizadas. Acadêmica da FEBACLA, onde ocupa a cadeira 242, tendo por patrona Elizabeth II, entidade pela qual foi
agraciada com as seguintes medalhas: – Medalha de Mérito Acadêmico
– Medalha Mérito Mulher Virtuosa – Medalha alusiva a 10 anos da FEBACLA – Acadêmica Internacional – Medalha Tributo a Chiquinha Gonzaga
– Destaque Cultural Febacliano 2022 – Comenda Sete Maravilhas do Mundo Moderno. É coautora das antologias ‘Um brinde de Natal’ e ‘Rimas, Versos e Bardos’.