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Sônyah Moreira: 'Fundo do baú…"

Fundo do baú…

 

Sonia Moreira
Sonia Moreira

Baú de lembranças, isso mesmo saudades, do que? Nossa de tantas coisas, mais vamos nos lembrar de algumas, pra começar, quando a gente não tinha celular, lembra? A gente avisava exatamente onde estaríamos caso houvesse a necessidade de nos encontrar, é e ninguém morria engraçado isso. Vamos lá! Como funcionava essa coisa de sair sem esse dispositivo eletrônico, que é de uma utilidade impressionante, obviamente se bem usado, eu não sei se de uma maneira geral algumas pessoas sobreviveria sem isso hoje. Nossa  as pessoas não se falam mais, veja, aquela conversa olho no olho, ou escrever uma carta de amor com uma poesia, é tudo mensagem pela internet, e quanto tempo o celular se popularizou? Vejamos! No mundo há exatos 30 anos, em terras tupiniquins, na década de 90, e só era pra conversar fora de casa, ou do escritório, de tamanho enorme, era chique ter um celular, reservado apenas para quem se cadastrava para entrar em uma fila, pagar uma conta alta, e detalhe sem praticamente usar, a bateria durava apenas 2 horas. O distinto vovô dos celulares atuais pesava quase meio quilo, exatos 348 gramas, era muito grande. Mais a saudade vai longe. Lembrando de mais coisas que não tínhamos, a gente pergunta como nós sobrevivemos? Se voltarmos mais alguns anos, para ouvir música, só na vitrola disco de vinil, epa! Esse aí ta voltando, é que agora descobriram que o som é melhor do que dos CDs, bom se ouvir com coração nostálgico, é sim, e as fitas cassetes, televisão colorida só apareceu por aqui na década de 70, tirarmos fotografia com uma Polaroid, nossa que luxo! Sabe aquela que saia a foto na horinha? Que moderno e rápido pra ver o resultado, e se você saiu bem na foto! Hoje, fotografa e em segundos ta nas redes sociais quase imediatamente, os chamados “Selfies” modernidade e chato pra caramba! A saudade vai longe, acredito que éramos mais românticos, a vida andava mais devagar, as coisas eram mais duradouras, outro dia, estava lembrando como era um administrativo de uma empresa de médio porte, na contabilidade, pra não ter muitos funcionários, era coisa de uns 50 funcionários mais ou menos, também tudo feito a caneta e a máquina de escrever, e o financeiro? Nossa não existia internet, pagamentos só em dinheiro ou cheque, e detalhe na fila, que não eram grandes como hoje, que apesar da evolução, parece que complicou mais a nossa vida, e se falarmos em gasto com papel. Vejam! Se as pessoas desse mundo sumissem hoje do planeta e daqui uns anos a Terra for descoberta novamente por outra espécie de seres, acredito que eles imaginariam que aqui existia uma fábrica de papel gigantesca, tamanho a quantidade que se gasta hoje, sabe por que estou dizendo isso?  Quando da chegada da tecnologia, ouvia-se que não precisaríamos mais de papéis, veja um exemplo disso! As notas fiscais tinham no máximo quatro vias, hoje eletrônica, a distinta senhora é impressa no mínimo seis vezes. Agora a desculpa,” é melhor garantir uma a mais, vai que peça eu já tenho” Percebe o descalabro, logo que saiu à nota fiscal eletrônica alguns bancos para financiamento de veículos, por exemplo, ainda pediam que fossem autenticadas em cartório, loucura total, de uns tempos pra cá  se conformaram pode enviar por fax mesmo, não riam isso é verídico.

E os carros não tinham airbags, nem cinto de segurança, encosto de cabeça, pra que? E por ai vai. Brincar era normal pra criança, ficar sujo com cordão de cascão no pescoço normalíssimo, não havia criança obesa nem com colesterol alto, pudera gastava toda a energia subindo em árvores, andando de carrinho de rolimã, correndo e fazendo todo tipo de traquinagem.

Na escola quem estudava passava de ano, quem não aprendia repetia e tinha chance de aprender no ano seguinte, e ninguém ia pra psicólogo por ficar frustrado, traumatizado, despersonalizado se é que exista essa palavra.

A gente ria dos tombos e machucados, sem traumas, podia brincar de mocinho e bandido sem se preocupar se isso nos influenciaria em nossas escolhas do certo e errado.

A nostalgia vai longe, e sempre pergunto como sobrevivemos até aqui, o legal da história é o seguinte, nós humanos jamais seremos substituídos por máquinas, a capacidade de amar, odiar e se adaptar é inerente ao ser humano, somente nós achamos tangentes, mudamos rapidamente o rumo, encontramos saída, portanto, que venha a modernidade, e com ela avanços na medicina, uso consciente do meio ambiente, e coisas que possam melhorar nossas vidas terrenas. Nós precisamos sempre estar se adaptando a novas situações, mais uma coisa é certa jamais deixaremos de olhar o passado com saudades, afinal tudo começou lá atrás.

Vai por mim, vamos viver de acordo com a época curtir as modernidades com a mesma alegria de outrora, para não nos tornamos obsoletos, e prontos para substituição.

O novo, o velho, tudo junto e misturado numa harmoniosa vivencia universal!

 

 

Sônyah Moreira – sonyah.moreira@gmail.com

Helio Rubens
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