Clayton Alexandre Zocarato: ‘Escuridão… doce escuridão…’
Amo a escuridão
Que dentro de meu coração
Produz uma paixão
Que se tornou obsessão
Agarro em terços
Que durante as madrugadas
Produzem agrados e rezas
Domiciliados em minha mente
De criança inocente
Que insiste em não crescer
Mas somente a te querer
Como um amanhecer frenético
Revelando tua estética de princesa
Na escuridão da tua ausência
Faz minha consciência
Lembrar
De que tua recordação
Vai estar comigo
Em todos os momentos
Lamento da razão
Tristeza do coração
No terror do teu não – estar
Há lágrimas derramadas
Em velhos lençóis
Que como caracóis lerdos
Fizeram lentamente morada
No meu jardim
E no meu amor
Fruto da tua beleza
Realçada por uma mocidade
Que se perdeu ao longo
De memórias histriônicas
Reinventando histórias
A cada nova escuridão
Em que a noite traz
Novos pensamentos cheios
De lamentos
Aos quais não tenho
Mais teu corpo para me debruçar
E depois de um longo soluçar e chorar
Te amar
Como todos os tolos apaixonados fazem
Abrindo minha mente
Para a mais doce escuridão de teus abraços
Da minha paixão
Silenciada
Por orgulhos
Que se tornaram
Pedregulhos sombrios
Dentro de mim
Escuridão venha até mim
E me dê a paz
De sonhar
Docemente com teu coração
Sem precisar de alguma razão
Para voltar a acordar novamente
Clayton Alexandre Zocarato
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Natural de São Paulo, Capital, possui Licenciatura em História pelo Centro Universitário Central Paulista – Unicep – São Carlos/SP e graduação em Filosofia pelo Centro Universitário Claretiano – Ceuclar – Campus de São José do Rio Preto/SP. Escreve regularmente para o site Recanto das Letras (www.recantodasletras.com.br) usando o pseudônimo ZACCAZ, mesclando poesia surrealista, com haikais e aldravias. É Comendador da Ordem Cultural Beethoven.