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Constelação Familiar

Nas Entrevistas ROLianas, o constelador e raizeiro mineiro Herivelton Moreira aborda sobre a terapia da constelação familiar

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Herivelton Moreira da Costa

Herivelton Moreira da Costa, natural de Contagem (MG), é jornalista de formação há 42 anos. Há 25, se tornou raizeiro e, em 2021, formou-se como pós-graduado em Direito Sistêmico pelo Verbo Jurídico, o que lhe dá o certificado de Constelador Sistêmico em Família empresarial. Além das constelações familiares, fez curso de Eneagrama – A Sabedoria da Personalidade em todas as etapas com o Grupo Alma, de Governador Valadares, e um curso de especialização sobre os Instintos Humanos, com o Instituto Eneagrama Shalom – Iesh.

Nesta entrevista, os leitores vão conhecer o motivo pelo qual Herivelton Moreira se tornou constelador; a formação necessária para ser um constelador; o que é a constelação familiar; a relação com a metodologia do psicodrama e da técnica de esculturas familiares da psicóloga norte-americana Virginia Satir e… muito mais!

JCR – Herivelton, quando você conheceu a constelação familiar e por qual motivo você se tornou um constelador familiar?

H.M. – Foi em Governador Valadares dentro do curso de formação em Eneagrama. Na palestra final fiz uma constelação e representei um pai. Foi aí que a ficha caiu.


JCR – O que é necessário para uma pessoa ser um constelador familiar?

H.M. – Existem cursos, como eu fiz, com certificação junto ao MEC. Esse é o lado formal. No entanto, acredito que a ‘limpeza’ do coração do julgamento dos pais e todas as pessoas é fundamental para ser um bom constelador.

Bert Hellinger
Bert Hellinger
https://commons.wikimedia.org/
wiki/File:Bert_Hellinger.jpg

JCR – O que é constelação familiar? Onde, quando e por quem foi iniciada essa abordagem terapêutica?

H.M. – Já existiam o psicodrama e a terapia familiar nos EUA. Bert Hellinger estuda essas duas formas de terapia e participa, na década de 1980. Ele percebe algo além do que os outros percebiam, as três leis sistêmicas e desenvolve as Constelações Familiares.

JCR – A constelação familiar guarda alguma relação com a metodologia do psicodrama e da técnica de esculturas familiares da psicóloga norte-americana Virginia Satir?

H.M. – Sim, a diferença, como abordo em meu livro ‘O Que é Constelação Familiar’, é que Bert Hellinger tinha formação teológica, como ex-padre; assim, ele percebe as três leis sistêmicas nas relações familiares: Pertencimento, Hierarquia e Equilíbrio. A sua grande contribuição foi essa.

JCR – A constelação familiar pode substituir outras terapias conhecidas pelos psicólogos ?

H.M. – Não. As terapias são complementares.


JCR – Quais são as questões abordadas na Constelação Familiar?

H.M. – Todos os conflitos familiares. Não há uma fórmula. No livro de entrevistas da jornalista alemã Gabriele Tem Hovel, Bert Hellinger deixa bem claro que não formou uma escola: a vida é fenomenológica, ou seja, cada caso é um caso.


JCR – Quais são os preceitos fundamentais da Constelação Familiar?

H.M. – Toda a vida é sistêmica, ou seja, nenhuma solução individual será satisfatória. Meditação é bom. Oração é bom. Exercício físico em bom. Respiração é bom. Mas, para se solucionar conflitos é preciso aplica a lei de causa e efeito. Se meu trauma é com minha mãe ela precisa estar presente, seja pessoalmente ou em representação.


JCR – Qualquer pessoa pode ser constelada, ou há alguma exceção quanto a determinados problemas de saúde?

H.M. – Qualquer pessoa pode, mas tecnicamente falando se pede um curso de pós-graduação para ter reconhecimento do MEC. Assim, a pós é para quem tem um curso universitário. No entanto, a leitura do Campo Morfogenético é um talento que independe de cursos ou diplomas.


JCR – A constelação familiar é aplicada presencialmente e virtualmente, com a presença de outras pessoas, que representam os entes familiares, e até mesmo individualmente. Essa forma de constelação afeta os resultados?

H.M. – Não. Nossos traumas, que são identificados numa constelação familiar, vêm por ondas eletromagnéticas de amor, que formam o nosso Campo Morfogenético. As ondas ultrapassam fronteiras e o material. Portanto, você pode fazer presencial, por reunião em vídeo ou apenas numa ligação de telefone. São ondas de amor.


JCR – Durante uma constelação familiar, que sensações pode desencadear na pessoa constelada? E, após uma sessão, a pessoa constelada pode sentir algum efeito desagradável, ou eventualmente danoso?

H.M. – Todas. Segundo experiência da dupla fenda, realizada por Thomas Young em 1800, somos seres atômicos e nos comportamentos como matéria e ondas eletromagnéticas de amor. Isso acontece, no entanto, quando apenas sentimos e não quando racionalizamos. As emoções provocam vibrações no corpo e elas são variáveis. Numa constelação podemos sentir dores, calores, náuseas, vômitos, aceleração do coração etc. Cada emoção vai indicar um caminho investigativo do inconsciente. Somos treinados para isso. Após as constelações podemos sim ter reações de depuração, limpeza das mágoas, raiva etc. 


JCR – Quantas sessões são necessárias para uma pessoa sentir uma mudança totalmente benéfica, em relação ao problema que a levou à constelação?

H.M. – Isso não existe. Depende de cada pessoa e sua aceitação. Tem pessoas que podem não se conformar com o que descobrem e preferem ficar no sofrimento.


JCR – Quais resultados benéficos você tem constatado de sua prática com a Constelação Familiar?

H.M. –    Eu tinha raiva de meu pai e mãe, por motivos diferentes, mas pelo uso do julgamento. Hoje estou livre disso.


JCR – Você é raizeiro. O tratamento à base de chá de ervas é um complemento da constelação familiar?

H.M. – Sim, mas no meu caso as constelações passaram a ser um complemento. As plantas não curam, elas recuperam o corpo. As causas de 99% das doenças são emocionais. As plantas não podem curar uma emoção.


JCR – O que é eneagrama? E qual a sua aplicabilidade em relação à constelação familiar?

H.M. – Eneagrama é o estudo da personalidade, que foi criado pelo padre Evágrio Pônticus em 352 depois de Cristo. A sabedoria foi desenvolvida ao longo dos séculos e acredito que as constelações sejam uma extensão dessa sabedoria. Ela mostra que todas as personalidades nascem de traumas com a mãe, o pai ou os dois. Na prática pode conhecer nossas sombras e assim nos encaminhar para a nossa luz.


JCR – Apesar de a Constelação Familiar ser uma terapia que tem ganhado cada vez mais adeptos, e, inclusive, adotada pelo SUS – Sistema Único de Saúde, e pelo Poder Judiciário, nas tentativas de acordo na área do Direito de Família, vem sendo  acusada de pseudociência e rejeitada pelo Conselho Federal de Medicina, pelo Conselho Federal dos Psicólogos e cientistas, a exemplo do Diretor Científico do IQC – Instituto Questão de Ciência, Dr. Marcelo Yamashita. Como você vê essa rejeição da ciência?

H.M. – Tudo o que é novo provoca receio e medo. Quando Bert Hellinger desenvolveu as constelações eram foram proibidas em diversas cidades alemãs, como Hamburgo, por exemplo. Alguns anos depois a cidade de Hamburgo não só a liberou como a incorporou aos serviços públicos. Acredito que é uma fase. Vai passar. Assim como outros sábios, como Platão, Aristóteles e Sócrates, Bert Hellinger só será compreendido dentro de uns 100 anos.


JCR – Dentre as críticas à constelação familiar, destaca-se que a terapia é contrária às noções atuais da Psicologia, em temas como composição familiar, gênero e sexualidade. De que forma você contradiz essa afirmação?

H.M. – De forma alguma. Sou parceiro de psicólogos. O que acontece é que a psicologia deve e vai acabar se adaptando às constelações, pois elas respondem melhor à lei de Causa e Efeito.


JCR – Suas considerações finais aos leitores do Jornal Cultural ROL.

H.M. – Gratidão pelo espaço e espero constelar um dia o Jornal ROL. Sabia que é possível? As empresas são o reflexo de nós e nós o reflexo de nosso sistema familiar. Até mais.

Contato com o entrevistado: +55 31 99668 6512

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Sergio Diniz da Costa
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