José Louro: Poema ‘Mel’
Em dias de calor, em dias de paixão
E da mais louca volúpia perdes-te
perdes-te loucamente nos seios que te afagam
na paixão que te incendeia e que te enlouquece
Em dias de paixão quando confrontado com a dama de copas percebes que não podes resistir, percebes que não podes parar, percebes que te resta apenas ceder ao desejo, à paixão e ao mais puro tesão
Ah como adoras que o fogo do desejo chame por ti!
Ah como desejes que a paixão te sopre ao ouvido e te peça
Que puxes do isqueiro do desejo, sem medos, sem pudores
Mas sempre, mas sempre com o cálice do fogo e com o licor do amor. E nesses momentos não te esqueças
Não te esqueças de degustar cada cálice de desejo
Cada cálice de amor, cada cálice de paixão como se fosse o último. Deixa-te levar por dias, por tardes, por noites únicas sem medos e sem pudores. Deixa-te. Deixa-te. Deixa-te levar e saboreia o mel da vida.
Jose Manuel Monteiro Louro
09-08-2024
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Natural de Cova da Piedade, em Almada, Portugal, é licenciado em Relações Internacionais pela Universidade Autónoma de Lisboa (UAL); pós-graduado em Ciência Política pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) e pós-Graduado em Gestão das Autarquias Locais, pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG). Valores como o Humanismo, a cidadania e a liberdade são parte da sua essência, pelo que a sua poesia reflete esses valores. José Louro tem como referências poéticas Fernando Pessoa, Miguel Torga, Natália Correia, Herberto Hélder, Miguel Gomes Coelho, Eduardo Roseira, entre outros. Na prosa, tem como referências principais Eça de Queiroz, Herman Hesse, Ernst Junger, Fernando Namora, George Orwell, Aldous Huxley, entre muitos outros.