Daqui não saio, daqui ninguém me tira!
Como nossa republica é descrita como sendo o país do carnaval, nada melhor para representar essa analogia que uma marchinha “daqui não saio, daqui ninguém me tira” (1949 – Paquito e Romeu Gentil) Os autores com certeza não imaginarão que o título de uma canção inocente seria tão usado no futuro.
Nosso nobre presidente do senado diz que não sairá da cadeira, como se fosse um ser supremo, acima do bem e do mal. A que ponto chegou nossa república? Um cidadão comum não pode descumprir um mandato, ou deixar de receber uma intimação, mas um senador da república, eleito pelo povo paupérrimo de seu pobre estado, ele sim acha que pode.
Parece que em nosso continente existe uma maldição: os governantes e políticos querem se eternizar no poder. Lá na terra dos hermanos a antiga presidente se recusou a entregar a faixa presidencial ao novo eleito, dizendo “se não puder permanecer no poder, não entrego a faixa!”. Pode isso?
Meses atrás ouvimos “daqui não saio, daqui ninguém me tira” também de nossa antiga presidenta. Ora vejam! Isso é nos igualar a países que tem ditadura em lugar de democracia e não queremos retroceder no tempo com certeza.
Os políticos estão realmente saindo do controle, querem voltar aos tempos da brilhantina, usurpam a sociedade em sua dignidade. Até quando iremos conviver com esse cenário grotesco de democracia?
Podemos mudar? Claro que sim! A união de um povo inteiro pode mudar a história. ”A plebe apenas pode fazer tumultos. Para fazer uma revolução, é preciso o povo queira” (Vitor Hugo 1802- 1885).
Assim como Oscar Wilde (1854-1900) um escritor Irlandês disse que: “O descontentamento é o primeiro passo na evolução do homem ou de uma nação” Passemos rapidamente para o segundo passo, a evolução, pois descontentamento já chegou ao limite.
Ah! O nobre senador: não é que ele conseguiu ficar?! Nem a alta corte pode com ele.
Que poder!
Sônyah Moreira – sonyah.moreira@gmail.com
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.