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Pesquisa sobre a região é apresentada na Universidade de Coimbra

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‘Nhá Quitéria – Comunicação rebelde e memória’ foi apresentada na V Jornadas de Ciências da Comunicação da FLUC (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra), Portugal

Placa indicativa da Rua Nhá Quitéria. Foto por Carlos Carvalho Cavalheiro
Placa indicativa da Rua Nhá Quitéria. Foto por Carlos Carvalho Cavalheiro

Os professores Carlos Carvalho Cavalheiro e Paulo Celso da Silva, de Sorocaba, apresentaram no último dia 26, quinta-feira, a comunicação de pesquisa intitulada ‘Nhá Quitéria – Comunicação rebelde e memória‘ na V Jornadas de Ciências da Comunicação da FLUC (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra), Portugal.

Print da vídeoconferência

A comunicação, feita por videoconferência, tratou da existência de uma rua de Sorocaba denominada de Nhá Quitéria, uma personalidade histórica, ex-escravizada que faleceu na década de 1955 aos 108 anos de idade. Quitéria, cujo nome verdadeiro era Josefa Lopes, trabalhou como domadora de animais xucros, como cobradora de dívidas e outros trabalhos braçais até a sua morte.

Pichação em muro da Rua Nhá Quitéria
Pichação em muro da Rua Nhá Quitéria. Foto por Carlos Carvalho Cavalheiro

Apesar de ter sido ‘homenageada’ com a denominação de rua, a placa oficial, obedecendo a lei que nominou o logradouro, traz apenas a informação ‘mulher centenária’. Uma pichação no mesmo bairro (Vila Barão), no entanto, rivalizou com a placa oficial ao trazer a expressão: “Nhá Quitéria foi a preta fod*”. A última palavra, aparentemente de caráter chulo, representa, entretanto, a expressão de alguém extraordinária, como foi a vida de Nhá Quitéria.

Da comparação com as duas informações nasceu a reflexão do quanto a placa oficial invisibiliza a personagem histórica, escondendo a sua cor de pele, a sua luta pela sobrevivência, o seu nome, a data de nascimento e falecimento. Enquanto isso, a pichação revelou a cor de sua pele e, ainda, o quanto ela teve uma vida que pode ser considerada excepcional.

Por isso, os pesquisadores denominaram a pichação como sendo uma ‘comunicação rebelde’, conceito que vem sendo trabalhado por esses pesquisadores para entender as formas de comunicação que se contrapõem ao status quo e ao discurso hegemônico.
Carlos Carvalho Cavalheiro é doutorando em Comunicação e Cultura pela Uniso (Universidade de Sorocaba) e Paulo Celso da Silva, seu orientador, é professor e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da Uniso (PPGCC).

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Sergio Diniz da Costa
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