outubro 05, 2024
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Jorge Paunovic: 'Educar, respeitar, servir e cooperar'

Jorge Paunovic: ‘Educar, respeitar, servir e cooperar’

Quando eu cursava o antigo grupo escolar, tinha aulas de educação moral social e cívica, além, é claro, de todos os dias os alunos entrarem em fila para a sala de aula depois de cantar o hino nacional perfilado e em sinal de respeito.
Na sala de aula só podíamos nos dirigir à professora quando solicitados em relação a perguntas sobre a matéria e manter o silêncio durante a aula era obrigatório.
Havia reuniões dos pais com os professores e o boletim com as notas escolares era assinado pelos nossos pais ou responsáveis, assim eles acompanhavam a nossa vida escolar. Tínhamos obrigações escolares como lição de casa, estudar para as provas e efetuar trabalhos e pesquisas.
O professor era respeitado, o aluno indisciplinado poderia ser advertido, suspenso ou expulso da escola e de acordo com a sua dedicação, poderia passar de ano ou ser obrigado a repetir o mesmo ano.
As coisas com o passar do tempo foram consideradas ‘ultrapassadas’ e novas formas de ensino foram introduzidas.
A velha cartilha “Caminho Suave” foi substituída pelo ensino dirigido e alguns especialistas modernistas eram favoráveis ao ensino em que o aluno deixasse de decorar e passasse a pensar.
Naquele tempo, para aqueles que tinham que trabalhar, havia o curso noturno e as escolas, embora poucas, eram concorridas e não havia desistências e com muito custo muitos terminaram a escolaridade com louvor.
Com a modernidade e com o passar dos anos foram-se introduzindo novas ideias, técnicas de ensino e finalmente chegou-se a conclusão de que havia uma grande evasão escolar e para combate-la criaram o ensino continuado e assim não haveria repetência o aluno e serviria como um incentivo a mais para frequentar a sala de aula, além, é claro, da diminuição das matérias escolares, pois tínhamos aula de ginastica, música, artes e algumas matérias como educação mortal social e cívica que foram retirados para deixar o currículo escolar melhorado.
Assim pensou-se em eliminar a evasão escolar e como resultado, temos uma nova classe de alunos: os analfabetos funcionais, aqueles que não entendem aquilo que leram.
Ora, se a cartilha ‘caminho suave’ foi eliminada para que através do estudo dirigido, o aluno participasse mais do ensino, questionasse e raciocinasse, então o que deu errado?
Hoje vemos baderna, quebra-quebra e agitação nas ruas, com grupos fazendo reivindicações a todo gosto, tumultuando a vida daqueles que querem trabalhar. São greves legítimas, porém sem sentido e o princípio de autoridade foi deixado de lado.
Os professores já não mandam na escola. Os cidadãos de bem vivem trancados atrás de grades e muros altos, temendo pela sua segurança. Os presídios lotados e em constantes rebeliões pelo país afora.
Na política deixamos de ter homens públicos e com espírito público. A ética e a moral foram extintas e no lugar delas o lema é levar vantagem.
Se a polícia age para impor a ordem, é chamada de violenta; se não age, é considerada omissa.
Onde foram parar nossos valores?
Vivemos em uma democracia e sob a égide de uma Constituição Cidadã, onde estão prescritos direitos que todo cidadão conhece, entretanto no capitulo dos deveres raros são aqueles que os seguem.
Em todos os países a coerção é necessária para que haja a paz e a ordem; entretanto no Brasil a coerção funciona bem quando se trata da cobrança de taxas e impostos.
Será que não está na hora de nos preocuparmos mais com a ética e a moral e principalmente com o civismo e a cidadania?
Temos o lema positivista de “Ordem e Progresso” inscrito em nossa bandeira nacional.
Afinal, quando voltaremos a segui-lo?
Cabe a cada um de nós responder essas e outras questões.
E a educação de fato liberta?
Helio Rubens
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