novembro 26, 2024
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INFORMAÇÕES SOBRE AS FAMILIA SILVA, SILVA PINTO E PINTO

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O leitor do ROL pediu e o genealogista Afrânio Mello respondeu:

 

Caro Nelson,

Pesquisando o SOBRENOME composto SILVA PINTO , cuja família saiu de Porto Feliz e veio para Itapetininga
em 1820, não encontrei nada no que tenho: Pedro Taques , Nobreza Brasileira , Nobiliarquia Brasileira, Genealogia
Paulistana , com referências a esse sobrenome.

Na Genalogia SILVA , que segue para você, com 35 (trinta e cinco) páginas e diversos 3 belos brasões, tem uma
parte destinada aos SILVA PINTO com origem mineira. Lendo todo o capítulo não encontrei essa referência e muito
menos a data de 1820.

Em relação ao sobrenome PINTO , o arquivo tenho e envio para você , tem 20 páginas e cinco brasões e, igualmente,
dentro dele não encontrei as informações que busca.

De qualquer forma os arquivos em separado do SILVA e PINTO , seguem para o seu arquivo.

Grande abraço

Afrânio Franco de Oliveira Mello
IHGGI / ROL – Região On Line

SILVA, nome luso-espanhol de raízes toponímicas, foi extraído da torre em honra desta designação, junto de Valença. A linhagem que o adotou como sobrenome é de remotas e nobres origens, pois que anteriores à fundação da Nacionalidade e derivada da Casa Real de Leão. O sobrenome é de origem geográfica, pelo menos, para os que não são de sangue azul. Os Silva nobres são descendentes dos Silvio Romanos.
João Ruiz de Sá, a propósito dos Silva diz: “ Forão seus progenitores / rreys Dalva, donde vyeram / os irmãos que nõ couberão / nu soo rreyno dous senhores” o mesmo João Ruiz de Sá, no ofertório, ao Conde de Porto Alegre, da epístola de Dido e Enéias diz “ Eneas de quem a gente / dos de Sylvia he descendente / como é outra parte digno. “
Obs: escrita em português arcaico.

Virigilio na Eneida VI, 763-6, se refere a Silvio, filho póstumo de Enéias com lavinia, crescido e educado nas florestas. Tito Livio dá versão diferente. Apresenta Silvio como filho de Ascânto e por acaso nascido numa floresta.
Da palavra “Silva”, nome comum a vários arbustos. Procede esta famílias dos Silvios Romanos que viveram na Espanha, no tempo em que os Romanos a conquistaram. Seu solar é a torre de Silva, junto ao rio Minho, Portugal. Descendem de Paio Guterre, os Silva de Portugal, no tempo de Dom Afonso Henriques, 1º rei de Portugal, falecido em 1185, e que era filho de Dom Guterre Aldiretee, descendente dos reis de Leão e companheiro do Conde Dom Henrique de Borgonha.
No Império Romano, o nome era um apelido que designava os habitantes das cidades provenientes da selva. No século I a.C., quando os romanos invadiram a Península Ibérica, muitos lusitanos acabaram incorporando a alcunha. Quinze séculos depois, quando chegaram ao Brasil, grande parte deles tinha o sobrenome Silva. Sua difusão acabou sendo incrementada pelos escravos, que chegavam aqui apenas com um nome, escolhido por padres durante as viagens nos navios negreiros. Com a abolição da escravatura, eles passaram a se registrar com o sobrenome dos seus antigos donos.

SILVIA PINTO, importante família de abastados proprietários rurais estabelecida em Minas Gerais, ramo da família Rezende, procedente do Capitão Elias Antônio da Silva Rezende, nascido por volta de 1771. Filho do Capitão José Antônio da Silva e de Maria Helena de Jesus; neto materno de João Rezende Costa, patriarca da família Rezende (v.s.), de Minas Gerais. Deixou numerosa descendência do seu cas., c.1800, com Ana de Jesus Góes e Lara (SL, IV, 499), filha do Capitão Francisco Pinto Rodrigues e de Ana Maria Bernardes de Góes. Estabeleceram-se em Lagoa Dourada (MG). Entre os descendentes do casal, registram-se: I – o filho, Protásio Antônio da Silva Pinto [1801, Lagoa Dourada, MG – ?], de quem descende um dos ramos da família Monteiro da Silva (v.s.), de Minas Gerais; II – o filho, Cap. Gervásio Antônio da Silva Pinto [1801, Lagoa Dourada – ?], gêmeo de Protásio, de quem descende outro ramo dos Monteiro da Silva (v.s.), de Minas Gerais; III – o filho, José Antônio da Silva Pinto, barão de Bertioga – detalhes adiante; e IV – o neto, Dr. Astolfo Pio da Silva Pinto [1842-1892], de quem descende o terceiro ramo dos Monteiro da Silva (v.s.), de Minas Gerais; Na região norte-fluminense, registra-se a família de Antônio Joaquim da Silva Pinto, fazendeiro em Campos, que foi agraciado com o título de barão de S. Fidélis [10.07.1867]. Recebeu Brasão de Armas – detalhes adiante. Linha Ilegítima: O barão de Bertioga, citado acima e adiante, deixou geração de uma união com Ana Florisbela Cândida de Oliveira, natural de “Olhos d’Água”, freguesia de Brumado, MG. Uma de suas filhas, Rita Ubaldina de Rezende, ficou marcada pela crueldade com os escravos. Nobreza Titular: José Antônio da Silva Pinto [- 05.05.1870, Juiz de Fora, MG], filho do patriarca, citado acima. Abastado proprietário e fazendeiro em Juiz de Fora. Comendador da Ordem da Rosa e fazendeiro em Matias Barbosa, MG. Muito caritativo e esmoler. Exerceu diversos cargos inclusive o de vereador à Câmara Municipal de Juiz de Fora [1853-1856]. A mesma Câmara, em 25.04.1866, deliberou que fosse prestado ao barão de Bertioga um voto de reconhecimento pelos serviços humanitários de alta caridade que prestou aos enfermos pobres e aos presos da cadeia (Laurênio Lago, Acréscimos e Retificações, 98). Foi agraciado com o título [Dec. 16.05.1861] de barão de Bertioga. Casado com Maria José Miquelina da Silva [- 1863], baronesa de Bertioga, filha de Francisco Santiago e de Clara Maria de Barbosa. Os barões de Bertioga, em 18.11.1859, fizeram doação dos terrenos para construção da Santa Casa de Misericórdia da cidade de Juiz de Fora, havendo legado vários bens à mesma instituição. Brasil Heráldico: Antônio Joaquim da Silva Pinto, barão de S. Fidélis – citado acima. Brasão de Armas datado de 25.05.1868. Registrado no Cartório da Nobreza, Livro VI, fls. 99: escudo esquartelado: no 1.º, em campo de goles, 5 crescentes de lua de ouro, postos em aspa; no 2.º, de goles, 2 canas de açúcar de ouro, postas em santor; no 3.º, de prata, um leão rompente de goles, armado de azul; e no 4.º, faixado de 6 peças de ouro e azul. Coroa de barão. Timbre: um leão de prata com um crescente de lua na espádua esquerda (Sanches Baena, II, 194)

PINTO, sobrenome de origem latina, pois existem famílias em Portugal, Espanha, Itália e França. Tratando-se de outro nome derivado de alcunha, e, ainda por cima, de alcunha assaz vulgarizada nos primeiros séculos da nossa nacionalidade, são em grande número os Pintos que se nos deparam ao estudarmos as mais remotas gerações dos Livros Velhos de Linhagens.
Tal sobrenome só vem a fixar-se e, portanto, a tomar características de um apelido na linha de descendência de D. Egas Mendes, dos «de Gundar», casado com Dona Maior Pais Pinto, filha de Paio Soares Pinto, que morou na Terra da Feira.
Deste casal nasceram dois filhos, Rui Viegas Pinto e Pedro Viegas Pinto, cuja descendência usou o apelido. Mas é do primeiro, que viveu nos reinados de Dom Afonso Henriques e Dom Sancho I, no século XII, que descende Vasco Garcês Pinto de cujo casamento com D. Urraca Vasques provêm os desta linhagem.
Aliados com linhagens como as dos «de Sousa», «da Maia», «de Baião» e outras, os Pintos puderam manter uma situação social preponderante no decurso de inúmeras gerações.
Dizem alguns autores antigos, que o apelido foi motivado por um cavaleiro sair de uma batalha contra os mouros tão ensangüentado que o rei ao vê-lo, terá dito: “como vindes pinto”.

ADM
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