Élcio Mário Pinto: ‘Um apelo pelo vínculo’
Preocupo-me quando constato que crianças e jovens, em nossos bairros, pouco se preocupam com a mínima limpeza do ambiente em comum.
Preocupo-me quando vejo, em crianças e jovens, a desconsideração em relação à rua, a calçada da própria casa e aos espaços compartilhados pelos vizinhos.
Enfim, preocupo-me com crianças e jovens que não aprenderam a valorizar a convivência, o bom trato, as boas palavras e um cumprimento de bom dia, por exemplo. Ser educado não é estar fora de moda!
Será que nossos trabalhos e nossa vida, acontecendo nas escolas, igrejas e instituições, de modo generalizado, não conseguiram convencer crianças e jovens de que é necessário cuidar do que é coletivo?
Se a resposta for não, então, temos que voltar à prancheta! Isto quer dizer, temos que voltar às escolas, igrejas e instituições para repensá-las, reorganizá-las e reconduzi-las de modo que as gerações entendam, não para fazer provas ou ter aprovado um comportamento de alguns minutos. Mas, que as gerações aprendam a zelar das coisas da convivência: a rua, a calçada, a frente da casa, o prédio público, os espaços coletivos, os ambientes compartilhados, enfim, aquilo que oferece uma outra forma de ver e viver no mundo: para além do “meu”, o que é NOSSO!
Às instituições sociais, civis e religiosas, particularmente, cabem o foco privilegiado de ensinar que o amor e o respeito precisam ultrapassar os limites de suas paredes, de seus escritos e de suas ideias particularizadas.
E o vínculo, em que momento participa dessa convivência?
O vínculo é a própria convivência, vencendo o silêncio que separa as pessoas quando escolhem olhar para uma tela acesa e não para a Natureza viva e pulsante que nos cerca. O vínculo é a vida, breve e passageira, mas é o que temos e por ela precisamos aprender: minha saúde depende da saúde coletiva que também depende da minha. Finalmente, vínculo é tudo o que nos une, das igrejas às escolas para nossas casas, ruas e calçadas. Em todas elas, muita gente será alcançada pela nossa crença numa convivência de limpeza e higiene, de boa educação e de valorização do que nos é comum, de tudo o que deve nos unir.
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola – NALA, e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre vários titulos: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos, Pesquisador em Artes e Literatura; Pela Academia de Letras de São Pedro da Aldeia, o Título Imortal Monumento Cultural e Título Honra Acadêmica, pela categoria Cultura Nacional e Belas Artes; Prêmio Cidadão de Ouro 2024, concedido por Laude Kämpos. Pelo Movimento Cultivista Brasileiro, o Prêmio Incentivador da Arte e da Cultura,


