novembro 21, 2024
A força dos ipês: mais que uma reparação
O reconhecimento que não alimenta professores…
Conversa de bêbados
Membrana, de Maurício Limeira
Vernissage de exposição artística
Dia da Bandeira
Marota mente
Últimas Notícias
A força dos ipês: mais que uma reparação O reconhecimento que não alimenta professores… Conversa de bêbados Membrana, de Maurício Limeira Vernissage de exposição artística Dia da Bandeira Marota mente

Salto recebe, no dia 16 de maio, às 20h, na Sala Palma de Ouro, o novo espetáculo 'Cão Sem Plumas', da Cia. de Dança Deborah Colker

image_pdfimage_print

A Cia. de Dança Deborah Colker, responsável pela abertura das Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, apresentará pela primeira vez, em Salto, o espetáculo ‘Cão Sem Plumas’, através do Circuito Cultural Paulista 

 

A Sala Palma de Ouro recebe no dia 16 de maio, às 20h, o novo espetáculo “Cão Sem Plumas”, da Cia de Dança Deborah Colker, responsável pela abertura das Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. A estreia nacional está marcada para junho, mas o trabalho da companhia será apresentado pela primeira vez, com entrada franca, através do Circuito Cultural Paulista e apoio da Prefeitura de Salto, por meio da Secretaria da Cultura.

Bailarinos cobertos de lama num espetáculo que trata da miséria e da destruição da natureza. É o que se verá em Cão Sem Plumas. E é novo de fato: a coreógrafa jamais fizera nada sequer semelhante nos 23 anos de sua companhia – que conta, desde 1995, com o patrocínio da Petrobras. O poema homônimo, publicado em 1950 e um dos mais importantes da obra de João Cabral de Melo Neto (1920-1999), leva Deborah e seu grupo ao meio da pobreza e da riqueza do Estado de Pernambuco, no Nordeste brasileiro. Um ambiente bem distante da Rússia de Tatyana (2011) e da França de Belle (2014), os últimos balés da companhia.

Na criação de Cão Sem Plumas, Deborah conta com a parceria do cineasta pernambucano Cláudio Assis, diretor de filmes marcantes como Amarelo Manga, Febre do Rato e Big Jato. Imagens captadas por ele serão projetadas durante o espetáculo – não como pano de fundo, mas como parte fundamental da narrativa.

Outros artistas de Pernambuco têm presença decisiva no projeto, como os músicos Jorge dü Peixe, do grupo Nação Zumbi, e Lirinha. Eles são responsáveis pela trilha sonora – ao lado de Berna Ceppas, habitual parceiro da coreógrafa – e interpretam trechos do poema. “O espetáculo é pernambucano, mas não é regionalista”, ressalta Deborah, que tem como influências Josué de Castro, autor de “Geografia da Fome” e “Homens e Caranguejos”, e o cantor e compositor Chico Science (1966-1997), criador do movimento mangue beat e que pregava a mistura do local com o universal.

No balé, aparecem personagens que são fundamentais para este trabalho de Deborah: os homens-caranguejo, pessoas que vivem e trabalham em torno do mangue no Estado de Pernambuco. Ainda o espetáculo representará, por meio dos bailarinos, a riqueza da fauna como as garças e aves.

No poema O Cão sem Plumas, João Cabral tem como protagonista o Capibaribe, rio que começa no semiárido pernambucano e chega ao Recife. Em quatro partes, o poema acompanha a sujeira das águas, a miséria da população ribeirinha, a desigualdade social, mas também a capacidade que homens e rio têm de se manter vivos, espessos – adjetivo muito usado pelo autor.  A expressão “cão sem plumas” diz respeito ao rio e aos homens que dependem dele. Conhecido por seu rigor e pela aversão a sentimentalismos, Cabral utiliza a imagem para retratar com mais força o que é o Capibaribe e a luta das pessoas pela vida.

A Cia de Dança Deborah Colker desenvolveu trabalhos com repercussão internacional, como “O Ovo”, realizado em 2009 para o Cirque du Soleil; e a abertura das Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. A Companhia consegue uma estabilidade rara no cenário cultural e por conta deste apoio mantém todo o seu repertório em circulação.

Serviço 

Sala da Palma de Ouro

Centro de Educação e Cultura “Anselmo Duarte”

Rua: Prudente de Moraes, 508 – Centro – (11) 4602.8693

Pré-estreia: “Cão sem plumas”

16 de maio – às 20h

Entrada Franca. Classificação Livre

Duração: 1h10 minutos

 

Informações Técnicas

Criação, Coreografia e Direção: DEBORAH COLKER

Direção Executiva: JOÃO ELIAS

Direção Cinematográfica e Dramaturgia: CLAUDIO ASSIS

Direção de Arte e Cenografia: GRINGO CARDIA

Direção Musical: JORGE DÜ PEIXE e BERNA CEPPAS

Participação especial LIRINHA

Desenho de Luz: JORGINHO DE CARVALHO

Figurinos: CLÁUDIA KOPKE

Sergio Diniz da Costa
Últimos posts por Sergio Diniz da Costa (exibir todos)
PHP Code Snippets Powered By : XYZScripts.com
Social media & sharing icons powered by UltimatelySocial
Pular para o conteúdo