“Os conteúdos apresentados em livros e outros encadernados devem refletir o trabalho da escola, não só a vontade particular deste ou daquele educador.”
Na 1ª parte, eu dizia da distância entre os leitores nas escolas de educação básica, crianças e adolescentes, em relação aos escritores dos textos utilizados pela escola com seus alunos.
Ficou a provocação aos leitores do ROL: e a preparação do ambiente escolar para acolher seus visitantes, escritores, poetas e outros que lá estejam para conversar com os estudantes?
Pensemos a respeito: quando recebemos uma visita em casa, lá vamos preparar os ambientes e oferecer o que temos de melhor em comes e bebes, além dos espaços prontos para mostrar e demonstrar nossa hospitalidade.
Do mesmo modo, em eventos e apresentações, independentemente do lugar e dos envolvidos, sua organização requer um mínimo de preparação. Os responsáveis então, desdobram-se para oferecer, aos que serão recebidos, tudo o que tiverem de melhor, afinal, quando preparamos a recepção, valorizamos o evento, o(a) convidado(a) e a nós mesmos.
Voltando para a escola, desde o portão, passando pelas salas de aulas, corredores e outros espaços educativos, a sala da secretaria, da direção e da coordenação pedagógica, tudo, tudo deve ser pensado para que o ensino e a convivência aconteçam do melhor modo possível.
É aqui que os problemas aparecem: qual é o horário disponível? E a rotina, precisa ser mudada? Estão todos cientes, na escola, de que no ambiente preparado deve acontecer o que valoriza todos os trabalhos realizados e que estes devem estar em sintonia com a apresentação? As eventuais diferenças e vontades por algum tipo de poder já foram pensadas e conversadas para que sejam superadas?
Note-se que se não é possível oferecer comes e bebes, esclareça-se sem qualquer problema. Quem se propõe, voluntariamente, entenderá sobre as dificuldades da escola pública quando não há recursos financeiros para tais gastos. Esta situação não será impedimento para que o trabalho aconteça. Mais importante do que oferecer uma mesa farta é oferecer uma recepção que valorize o que está para acontecer, ainda que somente água possa ser oferecida.
Os conteúdos apresentados em livros e outros encadernados devem refletir o trabalho da escola, não só a vontade particular deste ou daquele educador. Mas sem dúvida, que a mudança benéfica para toda a rotina escolar pode começar com o empenho e a dedicação de um(a) só educador(a).
Toda a organização escolar, como entidade viva, deve envolver-se e promover seus estudantes nos contatos com escritores e poetas, autores e visitantes, palestrantes e voluntários, que se ofereçam na contribuição pela melhor educação desejada. Então, retome-se o que foi escrito na 1ª parte: fazer contatos, convidar e oferecer espaço para a apresentação e conversar com os estudantes, a começar pelas crianças. Para tal realização, preparar o ambiente, envolver estudantes e profissionais, alterar a rotina escolar e oferecer às crianças e jovens novos horizontes possíveis, afinal, o mundo externo à escola não para enquanto as aulas acontecem.
Vamos juntos, promover a abertura de mentes e corações que a Educação tanto requer de nossa espécie.
Se não nascemos sabendo, podemos saber mais e melhor. É o que faremos!
ÉLCIO MÁRIO PINTO – elcioescritor@gmail.com
01/11/2017
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente o título de Conde; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Doutor Honoris Causa em Literatura, Ciências Sociais e Comunicação Social. Prêmio Cidadão de Ouro 2024