O “porquê” das Academias:
ranço estético ou ponto de partida ?
Tai uma boa pergunta !
Num reino, nem muito distante (também não vou dizer onde) li que Academia é
lugar de literatura chique…
Austregésilo Athayde dizia que os jovens torciam o nariz, para na maturidade correrem ao seu encontro.
Sempre dirão que Monteiro Lobato não quis. Ah, também dirão que Carlos Drummond de Andrade fez troça. E eu direi que Machado de Assis foi fundador de uma, e nem se fale que a nossa (brasileira) foi inspirada em outra (a francesa !) que tinha entre seus membros Victor Hugo, que adentrou seus portais aos 29 anos.
Claro, entre os autores anteriormente citados, nem pensaria sobre qual escolher,
porque aos que a trataram com desdém (as Academias…) diria como Mario Quintana
“todos passarão… eu passarinho”, por sinal, também este não conseguiu sua vaga (bem que
tentou).
Haverá os prontos a afirmar: cuidado nesta casa tem José Sarney, Marco Maciel,
Aurélio Lyra Tavares, Fernando Henrique Cardoso; porém, não esqueça “botar fogo” na
Academia iria queimar Guimarães Rosa, Lygia Fagundes Teles, Viriato Correia, etc.. etc..
A nossa, em Cruzeiro, congrega não os melhores, mas os que se disponibilizam em
tentar mudar o estado de ignorância funcional que normalmente atinge parcelas
significativas de nossa população.
Em 18 meses, já lançamos em nossas reuniões, dezenas de autores e suas
respectivas obras; bem como, em nosso espaço já tivemos artistas plásticos, intérpretes,
poetas, contadores de histórias, enfim, inúmeras formas de expressão de cultura, e mais,
realizamos algo inédito na história de nosso município – nossa primeira Feira Literária !
Ambicionamos mais, pois queremos que a juventude tome as rédeas da cultura, e
conduza este garanhão do conhecimento em desabalada carreira rumo a todas as direções.
Sabemos que o dia em que todos tiverem sabedoria e discernimento nosso mundo será
muito melhor !
Assim, neste último sábado demos passo relevante rumo a esta direção, pois
conquistamos o apoio e a força da juventude de um jovem escritor – Vinicius Viana – e
como disse ao mesmo, em sua posse, que o mesmo incendeie com seu vigor e os arroubos
que somente os jovens possuem, as coroadas cabeças de nós, os mais velhos, dando alma
nova e futuro certo a nossa Academia.
Quem mais pode ajudar ? Você quer mesmo saber ? A resposta é simples, não
estamos em nossa Academia para julgar. Nem estamos escolhendo por aqueles que
tecnicamente sabem se expressar no corretíssimo português (mesmo porque até em
“considerados” escritores de renome encontramos vícios e defeitos); e sim, estamos
cooptando os que quiserem escrever uma história, de final feliz, creia, e você poderá se
constituir em um destes personagens.
A não ser que se prenda ainda aos velhos e ultrapassados dogmas, de esquerda ou
direita, de conservador ou liberal, ou ainda de literatura engajada ou de consumo; ou seja,
o do puro preconceito…
Engraçado, será que existe estas coisas num ambiente de cultura ?
Eduardo Cesar Werneck
EU E O O NOVO ACADÊMICO VINICIUS VIANA
A PLATEIA DURANTE A EUNIÃO DE 16/12/2017
OS ACADÊMICOS PLINIO GUARANY E JOÃO DE ASSIS
LANÇAMENTO DO NOVO LIVRO DA ESCRITORA ELAINE BASTOS MAYWORM
SESSÃO DE AUTÓGRAFOS COM O ESCRITOR JOÃO DE ASSIS
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.