novembro 25, 2024
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Sônyah Moreira: 'Vamos ser piratas?

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Os piratas reais eram sanguinários, seres sem piedade e  nem escrúpulos, as histórias eram brutais, saqueavam navios e colônias ao longo das costas marítimas de toda a Europa.”

 

Em todos os reinos e épocas existem histórias de piratas, claro que sem os romances  de contos de fadas.

Os piratas reais eram sanguinários, seres sem piedade e  nem escrúpulos, as histórias eram brutais, saqueavam navios e colônias ao longo das costas marítimas de toda a Europa.

Na Grécia antiga, Homero foi o primeiro a usar o termo em sua Odisseia; os piratas eram aqueles que roubavam mar a fora; porém, atualmente o termo designa qualquer pessoa que transgrida as leis.

A verdade é que os piratas fazem parte do imaginário das pessoas, romanceá-los e  imaginá-los valentes e intrépidos guerreiros, isso faz parte da  fantasia  e dos sonhos.

Esta crônica  quer ir  mais além: quer olhar para a psique de cada um e propor uma dúvida: será que no fundo todos nós não queremos ser um pouco pirata?

A sociedade, de uma maneira velada, dita as regras de todo o comportamento; precisamos estar sempre dentro das normas e costumes e transgredir as leis é sumariamente condenável.

Ser um pouco pirata talvez nos fizesse mais leves, com menos culpas. À  medida que avançamos na evolução, o Estado  coloca mais controle em nossas vontades e desejos e  tudo se torna politicamente incorreto.

Será que as transgressões não seriam uma forma de liberdade?

Vejam! Não estou fazendo apologia a  crimes bárbaros,  o que quero é  destacar a liberdade de ser você mesmo, sem etiquetas, sem máscaras, errar de vez em quando!

Esta utopia em fazer tudo sempre certo é estressante e humanamente impossível. Percebo que  tudo caminha para a robotização dos seres humanos. A tecnologia está acabando com a ‘ginga’, não interagimos mais, tudo é virtual, e milimetricamente calculado.

Vamos ser um pouco  piratas? Sair do quadrado, não seguir  tantas  regras ditadas por uma sociedade hipócrita?

Quem sabe não levar a vida tão a sério, se permitir errar, navegar por mares desconhecidos ao sabor das ondas!

Oh! Oh! Oh! E com uma garrafa de Rum!

 

Sônyah Moreira   sonyah.moreira@gmail.com

Sergio Diniz da Costa
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