Afrânio Franco de Oliveira Mello – ATENDIMENTO NÚMEROS 970, 971 E 972
Fagundes, boa tarde.
Envio os arquivos solicitados há apenas quatro dias.
FARIA……………….. 8 páginas e 3 brasões ;
PEREIRA……………20 páginas e 1 brasão e
SOUZA…………….. 40 páginas e 1 brasão e mais 2 em separado.
Abaixo um resumo extraído dos arquivos principais que estão anexados.
Espero que encontre os seus ancestrais.
Abraços
Afrânio Franco de Oliveira Mello
afraniomello@itapetininga.com.br
Rol-Região On Line
“Estas informações estão sendo fornecidas gratuitamente
e serão publicadas na edição virtual do Jornal *ROL – Região
On Line*(www.jornalrol.com.br). A não concordância com essa
publicação deve ser informada imediatamente “.
Faria
sobrenome de origem portuguesa. O uso deste sobrenome é bastante remoto, não se sabendo qual a sua raiz, possivelmente toponímica.
Na segunda metade do séc. XII vivia já um certo João de Faria que foi pai de D. Godinho, o prelado que sucedeu a D. João Peculiar na arquidiocese de Braga e que viria a ser beatificado.
De outros Farias medievais se tem notícia documentada, todos eles pertencentes à nobreza, se bem que nos não seja possível entroncá-los uns aos outros.
Assim, a um Lourenço Faria se faz menção em 1288, nas inquirições de D. Dinis, dizendo-o senhor da Quinta de Onega do Paço. E em 1360, no instrumento de comprovação do casamento de D. Pedro I com D. Inês de Castro, surge como uma das testemunhas um Garcia Martins de Faria, cavaleiro.
O mais famoso de todos eles não deverá ser esquecido: Nuno Gonçalves de Faria, o célebre alcaide-mor do castelo de Faria, que deu a vida para conservação deste em poder dos portugueses.
De origem geográfica, tomado ao julgado de Faria, termo de Barcelos, Portugal (Antenor Nascentes, II, 109). A família Faria é tão antiga que se acha desde o tempo dos romanos na península ibérica. Acham-se os desta família na fundação do reino português. O seu solar, de onde provém o sobrenome, conforme se disse, é o julgado de Faria, termo de Barcelos, no monte de Franqueira. Ainda se vêem as ruínas do castelo que defendeu Gonçalo Nunes de Faria, no tempo de D. Fernando I, rei de Portugal em 1367, contra Pedro Rodrigues Sarmento, adiantado de Galiza, que o tinha sitiado. O mesmo Gonçalo Nunes de Faria viu matar seu pai Nuno Gonçalves de Faria, prisioneiro dos castelhanos, por não querer persuadi-lo a entregar o castelo. Foi Nuno, alcaide do castelo de Fariam senhor de Menhais, junto à Ponte de Lima (Anuário GenealógicoLatino, I, 42; Anuário Genealógico Latino, VI, 253; Baena, II, 65). Brasil: No Rio de Janeiro, entre as mais antigas, registra-se a de Paulo de Faria [c.1586 – 1649,RJ], que deixou geração, a partir de 1616, com Ana da Costa [c.1596 – a.1645] (Rheingantz, II, 17). Rheingantz registra mais 22 famílias com este sobrenome, nos sécs. XVI e XVII, que deixaram numerosa descendência no Rio de Janeiro. Em Pernambuco, entre as mais antigas, está a de Domingos Faria, que deixou geração de seu cas. com MariaGomes. Moradores na freguesia do Cabo, em meados do séc. XVII (Borges da Fonseca, I, 376). Família antiga estabelecida em São Paulo, que tem a mesma origem dafamília Domingues Paes (v.s.). Teve princípio no Capitão Diogo Domingues de Faria, sertanista, neto de Pedro Domingues e Clara Fernandes, patriarcas desta famíliaDomingues (v.s.), de São Paulo. Deixou numerosa descendência do seu cas. com Maria Paes (Silva Leme, VIII, 103). Outros Farias procedem de Estevão Sanches de Faria,filho de Manuel da Costa Homem [c.1670-1740] e de Mécia Ribeiro. Deixou geração do seu cas., em 1733, em Parnaíba [SP], com Francisca dos Reis, filha de João Rodrigues da Costa e de Ana dos Reis (Silva Leme, VI, 352). No Espírito Santo, registra-se a família do Cap. Manuel Fernandes Lopes de Faria, fal. antes de 1810, que deixou geração do seu cas. com Maria de Araújo Ramalho. Foram pais de Beatriz e Joana (Rheingantz, TC-2). Em Minas Gerais, encontra-se a família de João Alves de Faria, fal. antes de 1828, que deixou geração do seu cas. com Quitéria dos Santos Ferreira. Foram pais de Antônia, Manoel, Maria, Domingos, Agostinho, Maria e Francelina (Rheingantz, TC-2). No Rio Grande do Sul, registra-se a família de Antônio José Ribeiro de Faria, fal. antes de 1824, cas. com Ana Joaquina de Faria (Rheingantz, TC-24).Sobrenome de uma família originária das ilhas portuguesas, estabelecida no Rio Grande do Sul, para onde foi Manuel Machado de Faria, nasc. por volta de 1705, naFreguesia do Bom Jesus do Rabo de Peixe, Ilha de São Miguel, Arquipélago dos Açores. Filho de Matias da Ponte Pereira e de Sebastiana de Souza. Sobrenome de umafamília originária das ilhas portuguesas, estabelecida no Rio Grande do Sul, para onde foi Manuel de Faria Pinto, nasc. por volta de 1741, na Freguesia de São Sebastião da Câmara dos Lobos, Ilha da Madeira, Portugal. Filho de Faustino de Faria e de Catarina Gomes (ou Gonçalves). Sobrenome de uma família de origem portuguesa, estabelecida no Rio de Janeiro, onde chegou Antonio Alves de Faria, natural de Portugal, 31 anos de idade [em 1887]. Negociante e filho de Antonio Alves de Faria e deMaria da Silva. Casado a 25.04.1887, no Rio de Janeiro, com Maria Adelaide Garcia, natural de Nietheroy, de vinte e seis anos de idade [em 1887], filha de Nicacio Garcia e de Adelaide da Conceição Rocha. Ilha da São Miguel: sobre a história desta família e sua passagem pela Ilha de São Miguel, escreveu no ano de 1717, o padre Antonio Cordeiro, em sua História Insulana das Ilhas a Portugal Sugeytas, Livro V – Da fatal Ilha de S. Miguel, Capítulo XVII – De algus homes famosos, & familias que vieraõ povoar a Ilha de Saõ Miguel; Título VI – Dos Barbosas, Silvas, Tavares, Novaes, Quentaes, Farias, Machados [Antonio Cordeiro – História Insulana, Livro V, Ilha de São Miguel].Brasil: sobrenome de uma família de origem italiana, estabelecida no Brasil, onde chegou, em 19.02.1883, a bordo do vapor Elbe, Michelangelo Faria, natural da Itália, procedente de Genova, católico, 17 anos de idade, com destino à capital do Estado de São Paulo[Hospedaria dos Imigrantes – São Paulo, Livro 001, pág. 096 – 19.02.1883].Sobrenome de uma família de origem portuguesa, estabelecida em São Paulo, procedente dos Açores, em 06.03.1885, a bordo do vapor Leipzig, José de Faria, natural de Portugal, 26 anos de idade, com destino a Fortaleza, Estado do Ceará [Hospedaria dos Imigrantes – São Paulo, Livro 002, pág. 146 – 06.03.1885]. Trouxe em sua companhia, a esposa, Hermelinda de Faria, natural de Portugal, 25 anos de idade [Hospedaria dos Imigrantes – São Paulo, Livro 002, pág. 146 – 06.03.1885]. Sobrenome de uma família de origem portuguesa, estabelecida no Brasil, onde chegou, em 06.04.1883, a bordo do vapor Petrópolis, Antonio Bernardo de Faria, natural de Portugal, procedente de Lisboa, católico, 41 anos de idade, com destino a Mogi-Guaçu, Estado de São Paulo – mandado vir pela empresa Fonseca & Cia. No documento original, osobrenome do imigrante está abreviado. Veio em companhia de sua esposa, Senhorinha Faria, natural de Portugal, procedente de Lisboa, católica, 35 anos de idade, e dos filhos: 1. Maria, natural de Portugal, procedente de Lisboa, 11 anos de idade; 2. Serafina, natural de Portugal, procedente de Lisboa, 6 anos de idade; 3. Emilia, natural de Portugal, procedente de Lisboa, 11 anos de idade [Hospedaria dos Imigrantes – São Paulo, Livro 001, pág. 111 – 06.04.1883]. Sobrenome de uma família de origemportuguesa, estabelecida no Brasil, onde chegou, em 12.08.1883, a bordo do vapor Patagonia, Manoel de Faria, natural de Portugal, procedente de Lisboa, católico, 30 anos de idade, com destino a Mogi-Guaçu, Estado de São Paulo [Hospedaria dos Imigrantes – São Paulo, Livro 001, pág. 143 – 12.09.1883]. Sobrenome de uma família de origemportuguesa, estabelecida no Brasil, onde chegou, em 04.12.1883, a bordo do vapor Tamar, José Francisco Faria, natural de Portugal, procedente de Lisboa, 23 anos deidade, com destino a Rio Claro, Estado de São Paulo [Hospedaria dos Imigrantes – São Paulo, Livro 001, pág. 178 – 04.12.1883]. Sobrenome de uma família de origemportuguesa, estabelecida no Brasil, onde chegou, em 20.02.1884, José de Faria, natural de Portugal, 22 anos de idade, com destino à capital do Estado de São Paulo [Hospedaria dos Imigrantes – São Paulo, Livro 002, pág. 017 – 20.02.1884]. Sobrenome de uma família de origem portuguesa, estabelecida no Brasil, onde chegou, em 20.02.1884, Antonio Manoel de Faria, natural de Portugal, 34 anos de idade, com destino à capital do Estado de São Paulo [Hospedaria dos Imigrantes – São Paulo, Livro 002, pág. 017 – 20.02.1884].
================================================================================================
Pereira
sobrenome de origem luso-espanhola. Linhagem das mais nobres de Portugal, embora o apelido esteja muito vulgarizado. Pretendem os genealogistas que ela provém de Dom Mendo, irmão de Desidério, último rei dos Longobardos, o qual veio da Itália com poderosa armada para conquistar o reino da Galiza e ser seu soberano, intento que se frustou por causa de uma grande tempestade no cabo de Piorno, salvando-se só cinco cavaleiros, com os quais, no ano de 740, aportou à Galiza. Reinava então Dom Afonso I em Leão, a quem ficou a servir, e na Espanha, casou com a condessa Dona Joana Romais, que alguns dizem não chegou a receber, filha do Infante Dom Romão Bermudes, irmão legítimo do Rei de Leão, dom Fruela I, como escrevem.
Deste Dom Mendo foi filho Dom Froia Mendes, bom cavaleiro, que se casou com Dona Grixivera Álvares das Astúrias, de quem teve Dom Bermudo Frojaz, que sucedeu nas terras de Trastamara a seu pai, foi conde e casado com Dona Aldonça Rodrigues, sua prima, filha de Dom Rodrigo Romais, conde de Monterroso, irmão de sua avó Dona Joana Romais. Deles nasceu, entre outros, Dom Rodrigo Forjaz de Trastâmara, que não foi Conde, guerreiro valoroso que combateu os Mouros no tempo de Dom Fernando, Rei de Leão, e que, na ocasião em que este monarca repartiu os reinos pelos filhos, seguiu o partido de Dom Garcia, Rei da Galiza e de Portugal, com quem esteve na batalha de Águas de Maias, onde ficou muito ferido. Prendeu, assim mesmo, na batalha de Santarém, o rei Dom Sancho, que entregou a seu irmão Dom Garcia, e, depois da entrega, morreu. De sua mulher, Dona Moninha Gonçalves, filha de Dom Gonçalo Mendes da Maia e de sua mulher, houve Dona Froia Bermudes, que sucedeu ao pai na sua casa e se recebeu com Dona Elvira Gonçalves, filha de Gonçalo Munhoz de Vila Lobos, o Despinhado, de quem teve Dom Rodrigo Frojaz de Trastamara. Este sucedeu em todas as terras paternas, achou-se na batalha das Navas de Tolosa com o rei Dom Afonso VII, prestou grandes serviços ao rei D. Fernando, tomou Sevilha e, por seu conselho, este príncipe se apossou de muitos lugares dos Mouros. Por se malquistar com Diogo Lopes de Biscaia, passou a França, onde o Rei o fez do seu conselho e lhe deu vários empregos.
Sabendo o rei Dom Fernando o grande apreço em que o tinha o rei de França o chamou para junto de si e lhe fez muitas mercês e concedeu honras. Foi casado com Dona Urraca Rodrigues de Castro, filha de Dom Rodrigo Fernandes de Castro, o Calvo, rico-homem, senhor da casa de Castro, e da condessa Dona Estevainha Pires da Trava. Nasceu deste matrimônio, entre outros, Dom Gonçalo Rodrigues de Palmeira, rico-homem, que por diferenças que teve com seu sobrinho Dom Álvaro Pires de Castro, ao tempo do Rei D. Fernando, o Santo, a quem serviu, veio para Portugal, onde reinava Dom Sancho I, que lhe deu por seus serviços o couto de Palmeira, na província de Entre Douro e Minho, perto do rio Ave, e em virtude deste senhorio se chamou Palmeira. Gonçalo Rodrigues, em 1177, com a confirmação de seus filhos Fernão Gonçalves e Gonçalo Gonçalves, doou o mencionado couto aos cônegos de Landim, que nele fizeram uma grande quinta. Foi muito pundonoroso, pelo que, dizendo-lhe Dom Guterre de Castro que mentira no que afirmara a seu sobrinho Dom Álvaro acerca da partilha dos bens que haviam conquistado e costumavam dividir com os soldados, lhe deu tamanho golpe de espada num ombro que o partiu de alto a baixo, até a cintura.
Recebeu-se Dom Gonçalo Rodrigues duas vezes: a primeira com Dona Froilhe Afonso, filha do conde Dom Afonso de Cela Nova, irmão de São Rosendo, da qual teve filhos, e, entre eles, Dom Rui Gonçalves Pereira; e a segunda com Dona Urraca Viegas, viúva do Conde Dom Vasco Sanches e filha de Dom Egas Moniz de Riba de Douro, aio do Rei Dom Afonso Henriques, e de sua mulher, Dona Tereza Afonso, de cujo matrimônio também ficou geração. Dom Rui Gonçalves Pereira foi rico-homem e tomou o apelido de uma quinta que possuiu junto do rio Ave, no couto de Palmeira, freguesia de São Pedro Fins, onde houve uma torre de que existiam ruínas no princípio do século passado. Esteve com seu pai em muitas batalhas e teve o castelo de Lanhoso. Casou a primeira vez com Dona Inês Sanches, que se enamorou de um frade do mosteiro de Bouro, a qual estava então no castelo de Lanhoso e aí meteu o dito frade. Dom Rui Gonçalves, que estava fora do castelo, ao saber do sucesso, voltou a ele, fechou-lhe as portas, deixando dentro tudo que lá se achava, inclusive o frade, criados e animais, e deitou-lhe fogo. Como algumas pessoas o censurassem, dizendo-lhe que os criados poderiam morrer inocentes, ele respondeu-lhes que havia dezessete dias que o frade se encontrava dentro do castelo, porquanto era impossível ignorarem-no durante tanto tempo e que a todos julgava cúmplices, pois nenhum o avisara do sucedido. Recebeu, em segundas núpcias, Dona Sancha Henriques de Portocarreiro, filha de Dom Henrique Fernandes Magro, segundo senhor do couto de Portocarreiro, por sua mulher, Dona Ouroana Reimondes de Portocarreiro. Deste casamento houve filhos, pelos quais se propagou o apelido Pereira, que cede perdeu a preposição indicativa da origem geográfica. O ramo primogênito dos Pereiras deu a Casa dos Senhores e Condes da Feira, enquanto o secundogénito, com duas bastardias, deu o Condestável Dom Nuno Álvares Pereira, pelo que o seu sangue veio a misturar-se com o de todas as famílias reais europeias.
================================================================================================
Sousa, Souza
sobrenome de origem portuguesa. Nome de raízes toponímicas tirado da terra de Sousa, designou primeiramente a linhagem deste nome, cujas origens documentadas datam de épocas anteriores à Nacionalidade, vindo posteriormente a ser apelido da família em que tal linhagem veio a transformar-se.
Tendo recaído em senhora os dois principais ramos desta família, as duas damas da família, Dona Maria Pais, chefe da linha primogênita, e Dona Inês Lourenço, a secundogênita, vieram a casar respectivamente com Dom Afonso Dinis, filho bastardo legitimado de Dom Afonso III, e com Dom Martim Afonso, meio-irmão daquele.
De Dona Maria Pais e Dom Afonso nasceria a linha de Sousas dita de Arronches, por terem detido este senhorio, hoje chefiada pelos Duques de Lafões
De Dona Inês e Dom Afonso descenderiam dos Sousas ditos do Prado, por terem tido o senhorio desta vila, ou Chichorros, da alcunha daquele Dom Martim.
Sobrenome de origem geográfica. Rio e Povoação de Portugal. Cortesão tirou, com dúvida, da baixa latinidade Sousa, Saucia, ou Socia. Sousa [forma documentadano ano de 924], Souza [com z], Socia [documentado em 1088]. Leite de Vasconcelos tirou do latim saza, seixos, o que traz dificuldades fonéticas. Outros derivam de Salsa, donde Souza, Sousa, o que não apresenta dificuldade fonética. Cortesão faz diferença entre Sousa, nome do rio, e Souza, nome da povoação, derivando aquele de saza e este de Socia (Antenor Nascentes, II,286). Uma das mais antigas e ilustres famílias de Portugal. Felgueiras Gayo, em seu Nobiliário das Famílias de Portugal (Tomo XXIX), usando o Nobiliário do Cazal do Paço, principia esta antiquíssima família em Dom Sueiro Belfaguer, Cavaleiro antigo godo, que floresceu nos primeiros anos do século VIII, ou pelos anos de 800. Foi filho, segundo melhores opiniões, de Don Fayão Theodo ou Theodosio (que foi bisneto em varonia de Flavio Egica, Rei da Espanha) e de sua esposa Sona Soeira, filha de D. Soeiro, Príncipe Godo. Informa ser a mais antiga família que se encontra na Espanha Portuguesa, e por automazia, a mais antiga Portuguesa. O primeiro Solar que teve esta Família foi na Comarca de Vila Real entre o Rio Tua e Tamega, em a terra chamada Panoyas, nome que lhe ficou de uma Cidade assim chamada pelos romanos, situada junto ao lugar de Val de Nogueiras, em cujas ruínas se encontrão descrições com letras romanas. O segundo Solar desta Família, de onde se tirou o sobrenome, fica em Entre Douro e Minho, no contorno do Concelho de Rio Tamaga, denominado = a terra de Souza = regada do Rio Souza, que nascendo por cima do Mosteiro beneditino de Pombeiro, recebe outras águas, e corre até se encorporar com o Rio Douro, muito abaixo de ambos os rios, sendo o Tamega o último que recebe duas léguas antes da Cidade do Porto. O sobrenome Souza não teve princípios senão muito depois de principiar esta família, conforme vimos, em Dom Sueiro Balfaguer, que deixou numerosa e ilustre descendência do seu casamento com D. Munia = ou Menaya = Ribeiro, descendente dos Condes de Coimbra, e por varonia, descendente de Sizebuto, filho de Witissa, penúltimo rei godo. Foram quarto avós de Dom Gomes Echigues , que floresceu pelos anos de 1030. Homem de muito valor, que combateu em Santarém, onde, com sua lança, deteve o Rei de Castela D. Sancho, e o venceu. Foi Governador de toda a Comarca de Entre Douro e Minho, por nomeação do Rei D. Fernando, pelos anos de 1050. Comprou o Lugar de Felgueiras, junto a Pombeiro, a Payo Moniz, pelo preço de dois bons cavalos, em 04.1039. Fundou o Mosteiro de Pombeiro, de religiosos beneditinos, pelos anos de 1040. Achava-se em Guimarães pelos anos de 1052. Próximo as terras de Pombeiro, estava o Solar de Souza. Deixou numerosa descendência do seu cas. com D. Gontrode Moniz, filha de Dom Munio Fernandes de Touro [filho do Rei D. Fernando de Castela]. Por este casamento, a família Souza entrou para o sangue Real de Navarra, de quem descendem os Reis de Castela e Portugal. Entre os filhos deste último nobre cavaleiro, registra-se Dom Egas Gomes de Souza, que foi o primeiro que usou este apelido Souza, na forma de nome de família, por ser nascido, criado e, depois, Senhor das terras de Souza, Solar dessa família. Foi, ainda, Senhor de Novella e Felgueiras. Governador de toda a Comarca de Entre Douro e Minho. Sendo Capitão-General, venceu em batalha, com muito valor, ao Rei de Tunes, junto a Beja, e que lhe valeu o acrescento aos Bastões de Aragão = antiga composição de suas Armas, as quatro luas crescentes que o rei de Tunes trazia nas suas bandeiras. Deste descendem todas os Souzas, de Portugal e Brasil – salvo para àquelas famílias que em algum tempo adotaram este sobrenome, por apadrinhagem, etc. Deixou numerosa descendência, por onde passa a corre o sobrenome Souza, por seu cas. com Dona Flamula = ou Gontinha = Góes, filha de Dom Gonçalo Trastamires da Maia e de Dona Mécia Roiz. Entre os descendentes deste casal, de interesse para o Brasil, registram-se: I – a sexta neta, Ignez Lourenço de Souza, que deixou numerosa descendência do seu cas. com Martim Afonso Chichorro, filho bastardo do Rei D. Afonso III [1248-1279], de Portugal. Foram os patriarcas da importante família Souza Chichorro, que deu diversos membros que tiveram importante atuação no Brasil; II – o décimo segundo neto, Damião de Souza de Menezes, que serviu no Brasil e em Portugal nas guerras passadas que tiveram com Castela. Capitão Mor e Governador do Castelo de Salvaterra, junto do Rio Minho, defronte de Monção, quando os portugueses o ganharam aos galegos. Capitão Mor de Aveiros. Fidalgo da Casa Real. Comendador de Cabanellas na Ordem de Cristo. Com geração; III – o décimo segundo neto, Martim Affonso de Souza [1500 – 21.07.1564, Lisboa], Senhor de Prado e Alcaide Mor de Bragança. Por ordem do Rei D. João III, veio com uma armada ao Brasil a descobrir o Rio da Prata, deixando ao seu arbítrio as disposições daquela conquista por Carta passada em Lisboa, datada de 28.09.1532. Chegando ao Brasil, bateu de frente com uns navios corsários franceses, que andavam nestes mares, tomando uns, e expulsando outros. Foi o 1.º Donatário da Capitania de São Vicente. 12.º Governador da Índia [1542-1545], onde conseguiu gloriosos sucessos no mar e na terra. «Martim Afonso de Sousa, comandante da expedição guarda costa e colonizadora que viera em 1530, recebeu 100 léguas de costa e sertão ilimitado, concessão essa dividida em duas partes: a primeira, ao Norte, entre os rios Macaé e o Curapacé ou Uqueriquerê, ao N. de Sebastião, com 55 léguas ou 379 kms de extensão, onde começava o lote de 10 léguas concedido a Pero Lopes de Sousa» (Oliveira Dias, Formação Territorial do Brasil, 82). «A segunda parte da concesão feita a Martim Afonso de Sousa, ao Sul, começava no rio S. Vicente (Bertioga), limite meridional do lote de seu irmão Pero Lopes de Sousa, e acabava na Ilha do Mel, à entrada da baía de Paranaguá. Media 45 léguas ou 260 kms. Foral de 6 de outubro de 1534.» (Oliveira Dias, Formação Territorial do Brasil, 87). Primo legítimo Tomé de Souza, Governador Geral do Brasil, e irmão de Pero Lopes de Souza, donatário de Itamaracá. «Martim Affonso amigo, Eu ElRey vos envio muito saudar; Vi as cartas, que me escrevestes por João de Sousa, e por elle soube da vossa chegada a essa terra do Brazil, e como hieis correndo a Costa, caminho do Rio da Prata, e assim, do que passastes com as Naos Francesas dos Cossairos, que tomastes, e tudo o que nisso fizestes, vos agradeço muito, e foi taõ bem feito, como se de vós esperava, e saõ certo, que a vontade que tendes para me servir, a Naos, qu qua mandaste quisera, que ficara antes láa com todos, os que nella vinhão, daquei em diante quando outras taes Naos de Cossairos achardes tereis com ellas, e com a gente dellas a maneira, que por outra Provisão vos escrevo.» [Trecho de uma Carta do Rei D. João III a Martim Afonso de Souza, datada de Lisboa, 28.09.1532]. Com geração; IV – o décimo segundo neto, Pero Lopes de Souza [- c.1542], Senhor de juro e herdade para si, e todos seus filhos, netos, herdeiros, sucessores, assim descendentes, como transversais e colaterais, da Capitania de Itamaracá e de Santo Amaro [Brasil], por mercê do Rei D. João III, em Évora, 01.09.1534, contendo 80 léguas de terra na Costa do Brasil com jurisdição Cível e Crime com Alcaidarias mores de todas as vilas e povoações das ditas terras. Faleceu vindo da Índia. «Este trecho [Itamaracá] corresponde ao terceiro lote das terras concedidas àquele capitão e compreendia a ilha do mesmo nome e as terras que lhe ficavam fronteiras, separadas do continente pelo canal de S. Cruz. Media a capitania 30 léguas de testada ou 125 kms, limitando ao N. com a baía da Traição no litoral paraibano, e ao S. com a foz do rio Igaraçú, término das terras de Duarte Coelho. Carta de doação de 1.º de setembro de 1534 e foral de 6 de outubro de 1534. […] Na falta de herdeiro direto Pelo Lopes d
e Sousa, por seu falecimento, Itamaracá passou ao conde de Monsanto, D. Álvaro Pires de Castro e Sousa» (Oliveira Dias, Formação Territorial do Brasil, 49). No mesmo ano da doação, 1534, foi por Capitão de uma das naus da Armada que foi a Tunes, de que era General Antônio de Saldanha, com o infante D. Luiz.
================================================================================================
From: Fagundes Brasil
Sent: Friday, January 26, 2018 6:01 PM
Subject: “O que posso fazer é enviar os arquivos dos SOBRENOMES PEREIRA E SOUZA e você verificar se o seu trisavô José Custódio Pereira de Souza consta do mesmo”.
Boa tarde senhor Afrânio Franco.Estou à espera pelo envio dos arquivos,grato.
- Como o jornalista Helio Rubens vê as coisas - 9 de janeiro de 2024
- Como o jornalista Helio Rubens vê o mundo - 27 de dezembro de 2023
- Como o jornalista Helio Rubens vê o mundo - 22 de dezembro de 2023
É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.