novembro 22, 2024
A força dos ipês: mais que uma reparação
O reconhecimento que não alimenta professores…
Conversa de bêbados
Membrana, de Maurício Limeira
Vernissage de exposição artística
Dia da Bandeira
Marota mente
Últimas Notícias
A força dos ipês: mais que uma reparação O reconhecimento que não alimenta professores… Conversa de bêbados Membrana, de Maurício Limeira Vernissage de exposição artística Dia da Bandeira Marota mente

O leitor participa: Cassiano Ricardo Miranda, de Sorocaba (SP), com o poema: 'Lavorando de clássico a clássico…'

image_pdfimage_print

“Plantei uma muda de poesia/ E, ao mesmo tempo e bem perto dela,/ Plantei uma semente de mudança…”

 

Lavorando de clássico a clássico…

Plantei uma muda de poesia

E, ao mesmo tempo e bem perto dela,

Plantei uma semente de mudança…

.

Depois de alguns dias,

A primeira, claro que um pouco mais viçosa,

Começou a poetizar e a crescer…

A segunda, ainda sob os mantos da terra,

Começou a crescer e a se revelar uma nova muda…

.

A primeira muda (poesia), já adolescente,

E a segunda muda (mudança), já saltando da infância

Para uma nova adolescência que alcança

Uma das últimas fases da adolescência da primeira…

.

 

De repente a segunda muda abraça a anterior e atual,

A adolescência mais jovem alcança

E abraça a adolescência menos jovem,

E ambas descobrem que, de mudas em comum,

Tinham apenas a biologia terrena,

Mas, de mudas, caladas, não tinham nada,

Pois eram e ainda são inquietas, pulsantes,

Comunicativas e sempre atuais, derradeiras e jovens:

Percebem que nem toda poesia é absoluta ou eterna,

Que nem todo passado é retrógrado ou estéril,

E que nem toda atualização ou mudança

São uma proposta daninha…

.

Assim a poesia e a mudança

Encontram-se e caminham juntas,

Ora unindo e confrontando tradições,

Ora produzindo e conciliando resultados clássicos,

Abertos e ávidos a novas plantações e interações!!!

.

Assim brota, primeiro, a poesia singela,

E brota, em seguida, a mudança…

E ambas se abraçam e se confrontam,

Dão sempre um jeito de se realinharem

E tornarem o solo sempre fértil

Para as gerações artísticas atuais,

Ora meio experientes, ora recém-nascidas,

E para a posteridade poética, sempre mutável,

Passo a passo, de interação em interação,

De revolução em revolução,

De clássico a clássico…

.

Cassiano Ricardo Miranda (Sorocaba/SP, 30/03/2018).

Sergio Diniz da Costa
Últimos posts por Sergio Diniz da Costa (exibir todos)
PHP Code Snippets Powered By : XYZScripts.com
Social media & sharing icons powered by UltimatelySocial
Pular para o conteúdo