novembro 22, 2024
A força dos ipês: mais que uma reparação
O reconhecimento que não alimenta professores…
Conversa de bêbados
Membrana, de Maurício Limeira
Vernissage de exposição artística
Dia da Bandeira
Marota mente
Últimas Notícias
A força dos ipês: mais que uma reparação O reconhecimento que não alimenta professores… Conversa de bêbados Membrana, de Maurício Limeira Vernissage de exposição artística Dia da Bandeira Marota mente

Jairo Valio: 'O sertanejo'

image_pdfimage_print

Olha o céu sem nuvens./ Implora por chuvas que escasseiam,/ E roga a Deus que elas venham,/ Mesmo que poucas para matar a sede,/ Do gado que morre,/ Das plantas que secam,/ Dos filhos que choram.”

 

Os Retirantes – Portinari

O sertanejo

Olha o céu sem nuvens.

Implora por chuvas que escasseiam,

E roga a Deus que elas venham,

Mesmo que poucas para matar a sede,

Do gado que morre,

Das plantas que secam,

Dos filhos que choram.

O barreiro quase secou,

E na longa caminhada,

A mulher valente,

Trouxa na cabeça,

Sem outra alternativa

Escolhe a água suja,

Que leva para a simples morada.

 

A terra seca vai se partindo,

No lugar onde tinha abundância,

De peixes nadando,

Mas que agora nada mais resta,

À não ser poças tão sujas,

De água barrenta,

Que serve para cozinhar a escassa comida,

E mitigar a sede da criança sofrida.

 

Sertanejo forte que roça o capim,

E a enxada levanta a poeira,

Da terra ressequida sedenta de água,

Aguardando a chuva que se esconde,

Pois as nuvens nem aparecem,

E o milho ralo não vinga com suas espigas,

Sem forças para brotar do caule.

 

Sergio Diniz da Costa
Últimos posts por Sergio Diniz da Costa (exibir todos)
PHP Code Snippets Powered By : XYZScripts.com
Social media & sharing icons powered by UltimatelySocial
Pular para o conteúdo